sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Técnicas Fundamentais de Gestão de Projetos – Parte 4

 

Veremos nesse post o gráfico de Gantt, que pertence ao grupo das principais técnicas de gestão de projetos. Esta técnica foi inicialmente criada em 1896 pelo polonês Karol Adamiecki com foco em apresentar processos interdependentes. Adamiecki batizou sua técnica de harmonograma (“hamonograf”). A história segue até 1910, ano em que Henry Gantt, em uma conferência sobre engenharia industrial, apresentou um gráfico - baseado na criação de Adamiecki - que passou a ser chamado de gráfico de Gantt. 

O mais surpreendente dessa técnica é que continua sendo amplamente utilizada até os dias de hoje. 

Um gráfico de Gantt é uma representação visual, com barras horizontais, usado para mostrar as tarefas do projeto e o tempo necessário para concluir cada uma dessas tarefas. É uma técnica que considera três componentes: as tarefas de um projeto, a data de início de cada tarefa e a data de término de cada tarefa. 

Assim sendo, cada tarefa é representada por uma barra, cujo comprimento representa a duração da tarefa. O gráfico também pode incluir marcos do projeto, como a data de início e a data de conclusão de fases consideradas importantes. Além disso, as dependências entre as tarefas são destacadas, permitindo que o gerente de projeto identifique as relações críticas entre as mesmas. 

Para elaborar o gráfico de Gantt de um projeto recomenda-se seguir os seguintes passos: 

Identificar as tarefas do projeto – as tarefas do projeto devem ser identificadas uma vez que estão diretamente relacionadas ao escopo do projeto. Estas tarefas são necessárias para produzir as entregas identificadas na estrutura analítica do projeto.   

Fazer o sequenciamento das tarefas – para tanto são identificadas e documentadas as dependências entre as tarefas do projeto. Portanto, é necessário saber que tarefa será feita primeiro, em seguida a próxima e assim sucessivamente, até o encerramento. É necessário considerar que há tarefas que são executadas de forma seriada, enquanto outras são executadas em paralelo. Ao término do sequenciamento é criado o diagrama de rede que mostrará a sequência lógica das tarefas do projeto com a visualização das dependências. 

Estimar os recursos para executar as tarefas – nesse processo são estimadas as quantidades de recursos e seus tipos, o que significa, em outras palavras, atribuir pessoas, máquinas, equipamentos, materiais, etc, para que uma tarefa seja devidamente executada. A estimativa de recursos deverá ser feita para todas as tarefas do cronograma. Estimar recursos envolve estimar a alocação de recursos humanos e materiais, incluindo tipos e quantidades, para cada tarefa do projeto. Geralmente, esse processo ocorre de forma coordenada com as estimativas de custo. 

Estimar as durações das tarefas – nesse passo são estimados os números de períodos de trabalho – como, por exemplo, horas, dias e meses – que serão necessários para concluir cada uma das tarefas do cronograma. Isso significa que para cada tarefa deverá ser feita uma estimativa de duração. As estimativas de duração devem ser feitas por pessoal experiente, que possua dados históricos de outros projetos, e conheça a natureza e as particularidades das atividades que estão sendo estimadas. Se tal conhecimento especializado não está disponível, as estimativas serão incertas e arriscadas. 

Desenvolver do cronograma – nesse passo são estudadas as possíveis sequências de tarefas, levando em conta as durações das tarefas, os recursos necessários e as restrições (financeiras, de recursos, outras) para desenvolver o cronograma do projeto. O cronograma deverá conter todas as tarefas planejadas e inclusas na lista de tarefas, considerando suas durações e organizadas, por data de início e fim, conforme estabelecido no seqüenciamento (mostrado no diagrama de rede) dessas tarefas. 


O cronograma é uma ferramenta essencial para o controle do andamento do projeto. De um modo geral, o controle do projeto tem como meta comparar o planejado e o executado e, se necessário, implementar ações corretivas. Dessa forma, todas as mudanças deverão ser monitoradas em função de atrasos (tarefas concluídas mais tarde) ou avanços (tarefas concluídas mais cedo) no seu andamento. Se tais mudanças ocorrerem, deverão gerar uma atualização na linha de base do cronograma. 

Os gráficos de Gantt são normalmente criados em uma ferramenta de software como, por exemplo, o MS Project (produto comercial da empresa Microsoft) ou o Project Libre (programa gratuito que pode ser baixado na Internet). Isso torna mais fácil fazer atualizações que poderão ser necessárias à medida que o projeto avança no tempo.

Os gráficos de Gantt são úteis para rastrear o progresso de um projeto, garantindo que o gerente de projetos possa concluí-lo dentro do orçamento e no prazo. Esses gráficos são ótimos para visualizar o cronograma de um projeto e identificar quaisquer dependências. É uma ferramenta fundamental de gerenciamento de projetos que pode ser usada junto com a maioria das técnicas, especialmente para projetos com muitas dependências. No entanto, pode não ser correto usar esta técnica em projetos que adotem abordagens ágeis como, por exemplo, o Scrum.   

Para mais informações acesse: 

H12SServiços Educacionais: Passo a Passo para Elaborar o Cronograma com o ProjectLibre – Parte 1

H12SServiços Educacionais: Passo a Passo para Elaborar o Cronograma com o ProjectLibre – Parte 2 

H12S Serviços Educacionais: Técnicas de Compressão do Cronograma 

H12S Serviços Educacionais: Elaborando o Cronograma do Projeto com o MS Project 

H12SServiços Educacionais: MS Project – Passo à Passo – Parte 1

H12S Serviços Educacionais: MS Project - Passo à Passo - Parte 2 

H12SServiços Educacionais: Um Roteiro para Usar o Open Proj - Introdução

H12SServiços Educacionais: Um Roteiro para Usar o Open Proj –Salvando a Linha Basedo Projeto

 

 

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