terça-feira, 26 de novembro de 2019

mais HUMOR revoltado




quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Desafios que um Gerente de Projetos costuma enfrentar!!!


O gerenciamento de projetos é um campo de trabalho abrangente e complexo que requer prática, habilidades, conhecimentos e experiência extensivos. Apesar da infinidade de recursos, certificações e consultoria especializada disponíveis hoje, o gerenciamento de projetos continua a ocupar seu lugar como uma das profissões mais desafiadoras.


Um estudo da PricewaterhouseCoopers publicado em 2012, que analisou 10.640 projetos de 200 empresas em 30 países e em vários setores, descobriu que apenas 2,5% das empresas concluíram com êxito 100% de seus projetos. As razões por trás desse fenômeno podem ser muitas e, embora estruturas como o gerenciamento ágil de projetos tenham prometido simplificar esse campo em grande medida (sendo tal promessa nem sempre cumprida), os gerentes de projetos continuam enfrentando problemas e obstáculos diariamente.
Cada projeto é exclusivo com referência ao escopo, objetivos ou requisitos do cliente, e não existe um modelo comum para facilitar o ciclo de vida do desenvolvimento do projeto. Embora os problemas enfrentados por cada projeto possam ser diferentes, há alguns problemas que são encontrados com mais frequência do que outros. Vejamos então cinco dos principais problemas enfrentados pelos gerentes de projeto no seu trabalho:

Objetivos pouco claros
Um estudo do PMI mostra que 37% das falhas do projeto se devem à falta de objetivos e metas claramente definidos para medir o progresso. O processo de definição de metas de curto e longo prazo para um projeto precisa ser eficiente e bem pensado. A ausência de metas claramente definidas não apenas abre caminho para confusão e falta de comunicação desnecessárias, mas também pode levar à falta de marcos importantes. Marcos ajudam a medir o progresso de sua equipe e do projeto. Sem ter um conjunto de metas adequadamente definido em mãos, o gerente de projetos provavelmente perderá a noção de onde o projeto está indo em termos de custo e tempo.

Comunicação inadequada
Segundo a Deloitte, 32% dos profissionais citam as comunicações inadequadas como uma das maiores barreiras para a implementação bem-sucedida de tecnologia. Não é segredo que a falta de comunicação pode ter um impacto terrível em qualquer colaboração de projeto e equipe. Quando se trata especificamente de gerenciamento de projetos, a comunicação precisa ser oportuna e transparente. É vital que todos na equipe saibam como está o andamento do projeto, incluindo questões como riscos predominantes e requisitos do cliente. Segundo o PMI, para cada US$ 1 bilhão gasto em um projeto, a organização arrisca US$ 135 milhões. Além disso, outra pesquisa indica que cerca de 56% dessa despesa (US$ 75 milhões desses US$ 135 milhões) estão em risco devido a comunicações ineficazes.

Estimativas de Custo Incorretas
Um dos desafios mais comuns do gerenciamento de projetos é a falha em estimar os custos corretamente. Você sabia que um estudo da Liquid Planner concluiu que gerenciar custos de projetos era o principal problema enfrentado pelos gerentes de projetos de manufatura em 2017 (49,5%)? A estimativa incorreta de custos pode levar a complicações surpreendentes em qualquer ciclo de vida do desenvolvimento do projeto. Um projeto gira em torno de várias entidades, cada uma incorrendo em uma quantia significativa de despesas, como equipamentos, software, recursos humanos, consultoria e outros custos indiretos não planejados. Não é de admirar que, de acordo com um estudo da Deloitte, 22% dos profissionais considerem as questões orçamentárias como um obstáculo importante para a implementação de projetos. Por esse motivo, é absolutamente essencial adotar uma ferramenta de gerenciamento de projetos que possa calcular, projetar e ajudar a monitorar com eficiência os custos do projeto ao longo do caminho.

Má Gestão de Riscos
O mau gerenciamento de riscos é um dos desafios mais comuns do gerenciamento de projetos. De acordo com James Lam em Enterprise Risk Management: From Incentives to Controls, os riscos estratégicos são responsáveis ​​por cerca de 60% das principais perdas de capitalização de mercado. Ele também acrescentou que os riscos operacionais contribuem com 30% e os riscos financeiros com cerca de 10% para essa queda.
Em qualquer nível, os gerentes e equipes de projeto precisam estar em constante busca de possíveis riscos e planejar para evitar ou mitigar o impacto desses riscos. John A. Wheeler, diretor de pesquisa da Gartner, afirma que apenas 25% das empresas vêem o gerenciamento de riscos como uma importante ferramenta estratégica. Esta pesquisa indica a extrema necessidade de adotar estratégias de gerenciamento de riscos. Com a implantação de um software eficaz de gerenciamento de riscos, as equipes e gerentes de gerenciamento de projetos podem obter um controle significativo dos projetos por meio da identificação oportuna de riscos e alinhamento da estratégia.

Prazos Não Realistas
Uma pesquisa realizada pela Wellingtone indicou que, no Reino Unido, somente 37% das equipes conseguiam concluir seus projetos no prazo com mais frequencia do que experimentavam atrasar seus projetos. Além disso, de acordo com a Liquid Planner, o cumprimento dos prazos foi o segundo maior problema enfrentado pelos gerentes de projeto na área de produção (45,8%), tornando-o um dos desafios mais comuns de gerenciamento de projetos enfrentados atualmente.




Bem, é isso aí, até a próxima.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Facebook: Uma Empresa do Mal!!!


Os problemas causados pela empresa norte-americana Facebook, de Mark Zuckerberg, a levaram a virar alvo de processos na Justiça de vários países, inclusive no Brasil. A lista de pessoas reclamando da gigante das redes sociais também não é pequena. A empresa foi condenada a pagar milhões em multas. Além disso, através do jeito Zuckerberg de ser, o Facebook fez vários pedidos de desculpas.  Mas será mesmo que o Facebook é uma empresa do mal?



Em matéria de dezembro de 2018, o jornal britânico The Guardian apontava para os problemas do Facebook com a privacidade do usuário:
• Uma pessoa apresentou uma denuncia em março/2018 que tratava da coleta indevida de dados pessoas do Facebook pela empresa Cambridge Analytica, envolvendo 50 milhões de pessoas, com o propósito de direcionar os usuários a anúncios políticos. Após cinco dias de silêncio, Mark Zuckerberg pediu desculpas pelos "erros" de sua empresa.
Um bug em junho/2018 causou uma falha que tornou publicas as postagens de 14 milhões de usuários que deveriam ser privados. Erin Egan, diretor de privacidade do Facebook, pediu desculpas pelo "erro" e disse que a empresa havia corrigido a falha.
• Hackers conseguiram acessar e roubar informações pessoais em milhões de contas afetadas por uma violação de segurança. O Facebook acreditava inicialmente que 50 milhões de usuários tinham sido afetados por esse ataque que dava aos hackers o controle dessas contas.
• Mark Zuckerberg enfrentou acusações em um processo movido pela empresa de software Six4Three em maio/2018 de que ele "armava" (permitia com um esquema fraudulento) a capacidade de acessar dados do usuário. A empresa rejeitou todas essas alegações e fez repetidas moções para que o caso fosse julgado improcedente. Foi nesse mesmo processo que o parlamento do Reino Unido obteve documentos de uma ação extraordinária (correndo em um tribunal da California/EUA) que responsabilizava o Facebook e Zuckerberg. Os documentos tinham sido selados por esse tribunal da Califórnia, e os advogados do Facebook e o juiz do caso criticaram a equipe jurídica da Six4Three por entregar os tais documentos confidenciais.
Acontece que esses documentos revelaram que a equipe do Facebook discutiu a venda de acesso aos dados do usuário para anunciantes em 2012 antes de decidir restringir esse acesso dois anos depois.  Os documentos também levaram o Facebook a finalmente concordar com uma audiência em frente à Câmara dos Comuns (Reino Unido), realizada em novembro. O Facebook enviou um representante, o ex-deputado liberal democrata Richard Allan. Durante horas de interrogatório, foi revelado que um engenheiro havia avisado a empresa em 2014 que usuários aparentemente baseados na Rússia estavam coletando grandes quantidades de dados todos os dias. Um porta-voz da empresa posteriormente comentou que o assunto foi investigado adequadamente e considerado não violação de dados. 
• Em março/2018, os usuários perceberam que a empresa havia coletado mensagens de texto e registros de chamadas telefônicas por meio de aplicativos para smartphone sem o consentimento deles. O Facebook emitiu imediatamente uma “verificação de fatos”, alegando que “as pessoas têm que concordar expressamente em usar esse recurso” e “o upload dessas informações sempre foi aceito apenas”. Mas a "verificação de fatos" não reconheceu que algumas telas de notificação anteriores não avisavam aos usuários que o histórico de chamadas e texto seria enviado.

• Isso levou a uma ação coletiva alegando que, ao fazer isso, o Facebook “apresenta vários erros, incluindo invasão de privacidade, monitoramento indevido e possíveis ataques a comunicações privilegiadas”. O Facebook disse que pede permissão dos usuários para ativar o recurso que dá acesso aos registros de chamadas. 
• O Facebook disse que parou de conceder aos desenvolvedores de aplicativos terceiros acesso aos dados dos usuários em 2015. Mas o Wall Street Journal informou em junho que a empresa continuava compartilhando os dados dos usuários com os desenvolvedores de terceiros, mesmo após a data em que os executivos alegaram que a prática pararia. Os funcionários do Facebook confirmaram esta reportagem. 

Mais recentemente, em outubro de 2019, matéria publicada pelo jornal The Washington Post, dizia o seguinte:
“Enquanto os líderes de direitos civis se preparavam para um evento da prefeitura em Atlanta, no mês passado, com Sheryl Sandberg, a segunda no comando do Facebook, houve um grande otimismo de que os funcionários da empresa abordariam questões que eram preocupações de longa data sobre o racismo na plataforma. Próximo ao topo dessa lista de preocupações estavam as mensagens de supressão de eleitores (ações destinadas a desencorajar ou impedir que as pessoas votem) que inundaram o Facebook durante as eleições presidenciais de 2016 e, os líderes dos direitos civis temiam que isso ocorresse novamente quando outra temporada eleitoral estivesse surgindo. Mas quando começaram a chegar a Atlanta para o evento de 26 de setembro, essa esperança se tornou ultrajante quando líderes de direitos civis descobriram que o Facebook havia anunciado o que muitos agora chamam de "isenção de Trump" - significando a regra que permite que qualquer político fique livre para mentir em anúncios ou posts gratuitos, sem consequências. 
 
Embora o Facebook tenha retratado essa decisão como refletindo os ideais de discurso político irrestrito do país, os líderes de direitos civis dizem que veem outro valor emergente nos cálculos do Facebook: a busca irrestrita de lucrar com publicidade política. "O único princípio são os negócios como sempre (business as usual) e tentar encher o bolso", disse Arisha Hatch, vice-presidente da Color of Change, um dos vários grupos de direitos civis que mantinham contato regular com Sandberg e outros funcionários da empresa. "Não existe uma posição de princípios que as pessoas possam adotar que permita que elas se comportem na plataforma à medida que os supressistas de eleitores se comportam em nosso país há décadas". 

A internet é o espaço para a ampla manipulação e propaganda. E como funciona a propaganda na internet? Uma das respostas é óbvia: agindo de forma eficaz e eficiente para encontrar técnicas narrativas que irão atrair as pessoas e influenciá-las. O êxito, no fim, depende sempre da resposta das pessoas. Os trolls são uma das fontes de desinformação na internet. São perfis falsos que difundem automaticamente informação, espalhando-a em redes e provocando distribuição viral. 

Uma fábrica de trolls cria contas com perfis falsos de pessoas que não são pessoas reais. Essas contas falsas são geridas por uma pessoa (que trabalha nessa fábrica de trolls) que é paga para o fazer. Os trolls trabalham e fazem campanhas de desinformação nas redes sociais, principalmente no Facebook. 

O garoto Mark continua o mesmo! É isso aí, até a próxima.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Um Gerente de Projetos é um Agente de Mudanças


A mudança não é difícil apenas nas empresas. As pessoas, simplesmente, não gostam de mudar. Mudar dá as pessoas uma sensação de insegurança por ter que lidar com o desconhecido.  Mesmo assim, não esqueça que um gerente de projetos é um agente de mudanças! 



 
Isso não é novo e um pouco de história ajuda a entender esse fenômeno.
“O novo sempre despertou perplexidade e resistência”. (Sigmund Freud)

O escritor Oscar Wilde (1854-1900) foi preso no dia 6 de abril de 1895 após perder um processo por difamação contra o Marquês de Queensberry. Wilde mantinha um caso com o filho do marquês desde 1891, mas quando o indignado nobre o acusou de homossexualismo, o escritor o processou por difamação. No entanto, ele perdeu o caso quando evidências sustentaram fortemente as observações do marquês. O escritor foi preso, considerado culpado e sentenciado a dois anos de trabalhos forçados.

“Não importa se a estação do ano muda...
Se o século vira, se o milénio é outro.
Se a idade aumenta...
Conserva a vontade de viver,
Não se chega a parte alguma sem ela”.
(Fernando Pessoa)

Até 1967, ser gay na Inglaterra e no País de Gales era crime passível de ser punido com prisão.  Em março de 2014, uma lei histórica que legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo entrou em vigor, na Inglaterra e no País de Gales, a última etapa na longa luta pela igualdade jurídica para gays e lésbicas nesses dois países britânicos.

Nos Estados Unidos, exatamente em 1879, a suprema corte afirmou ser proibido a participação de mulheres em juris. Em 1927, 19 estados acharam que não era possível uma mulher participar de um júri, pois eram incapazes de pensar e julgar como os homens. Só em 1957 essa lei mudou, dando acesso aos tribunais para as mulheres, mas ainda assim era opcional a escolha dos Estados pela participação feminina.

“A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro”. (John Kennedy)

No Brasil, em 1889, eram proibidos de votar menores de 21 anos, analfabetos, mulheres, soldados, indígenas e até os integrantes do clero. Apenas em 1932, foi criada a nova legislação eleitoral, que felizmente incluíam as mulheres ao direito de votar. Desde 1985, analfabetos e maiores de 16 anos ganharam o direito de votar.

“Não tenha medo da mudança. Ela assusta mas poderá ser a chave daquela porta que você almeja tanto entrar”. (Autor desconhecido)

Abraçar o novo implica, por um lado, abandonar o familiar, a rotina confortável e as expectativas usuais e, por outro, lançar-se ao desconhecido. Não é à toa que pessoas diferentes têm respostas diversas a mudanças. Para começar, o valor do ambiente que se tornou familiar é extremamente pessoal: depende da sua história particular naquele contexto, das suas experiências, das memórias formadas ali, enfim, do valor associado ao que se está deixando. Para uns, deixar para trás uma escola onde se era oprimido pode ser um alívio; para outros, que conviviam bem, pode ser um abandono forçado do que foi a segunda casa. Se as lembranças despertarão saudade ou, ao contrário, a sensação de “já vai tarde”, é simplesmente reflexo das experiências pessoais de cada um.

“Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas”. (Luis Fernando Verissimo)

Portanto, abraçar o novo é, geralmente, complicado para as pessoas. Todavia, as coisas mudam e o novo sempre vem! Você, gerente de projetos é um agente de mudanças e precisa entender isso bem depressa. Esse é um fato da vida e simplesmente ficar se debatendo contra as mudanças, tentando reagir ao inevitável, não irá ajudá-lo a resolver nenhum problema. Quanto mais rápido você aprender a lidar com as mudanças, melhor. Isso é, sem rodeios, a pura verdade. Os resultados esperados de um projeto não poderão se sustentar em mentiras.

E isso aí, até a próxima!