quarta-feira, 17 de março de 2021

Responda a Pesquisa sobre Comunicação nos Projetos

Já vi em muitos textos por aí afirmações sobre como a comunicação é isso e aquilo nos projetos. Quem já leu o guia PMBOK deve ter se deparado com algo como: “o gerente de projetos gasta 90% do seu tempo em comunicação com as partes interessadas”. Minha experiência, nos mais de 35 anos de desafios enfrentados nas organizações em que trabalhei, me mostrou por diferentes ângulos porque tanta gente decidiu escrever e falar sobre a comunicação. 

Outra coisa que a experiência me ensinou é que não sei tudo, longe disso, e que seria interessante juntar a experiência de tantos que trabalham com projetos e conhecer suas ideias e percepções sobre o tema. Esse esforço de juntar a experiência de tantos vale muito mais do que o saber individual e não deixa de ser uma boa oportunidade de aprendizado. Por isso, estou trabalhando em uma nova pesquisa sobre a comunicação nos projetos.

Essa pesquisa ficará disponível para acesso até o início de abril de 2021, e eu gostaria muito que você, leitor que me acompanha, respondesse ao questionário com apenas 16 perguntas sobre a comunicação nos projetos! Não é necessário dar seu nome e se identificar para participar dessa pesquisa.

A pesquisa foi carregada no Google Forms e cada respondente só poderá participar uma vez. Você pode enviar o link da pesquisa (que está logo aí em baixo) para seus colegas e amigos, desde que eles (e elas) também trabalhem ou tenham trabalhado em projetos nos últimos 12 meses.

Qualquer um que tenha participado de um projeto está apto a responder a pesquisa, não havendo restrições quanto ao tipo, o porte, o valor do investimento e a duração do projeto. Estão valendo projetos direcionados às áreas de construção civil, educação, bancos, agronegócio, indústria automobilística, indústria mecânica, petróleo, energia elétrica, eletrônica, processos industriais, logística, química, telecomunicações, aeronáutica, robótica, automação, desenvolvimento de aplicativos, inteligência artificial, etc. Isso porque o FOCO é a comunicação nos projetos!

Responder ao questionário da pesquisa não vai tomar mais do que 5 minutos do seu tempo. Quanto mais pessoas puderem responder as questões da pesquisa melhor será para o resultado.

 

Clique nessa frase para acessar o link da pesquisa!

 


Se você estava considerando usar uma plataforma de pesquisa na Internet, preferencialmente gratuita, onde você pudesse carregar o seu questionário de perguntas, com o objetivo de turbinar o seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), o Google Forms é uma excelente sugestão. Você poderá ver como isso funciona respondendo a nossa pesquisa.

Sim, é claro que os resultados serão divulgados e comentados no blog após a coleta e análise dos dados. E para aqueles que desejarem estou disponível para responder perguntas e fazer esclarecimentos.

Desde já agradeço a todos que participarem! Muito obrigado! 

segunda-feira, 8 de março de 2021

Pré Venda do Guia PMBOK - 7a. Edição

 

Anunciado para primeiro de maio de 2021, o Guia PMBOK - 7ª. edição encontra-se em pré-venda no site da Amazon.

 


O Guia PMBOK® - 7ª. edição, apresentado como o recurso ideal para os profissionais de gerenciamento de projetos, enumera 12 princípios de gerenciamento de projetos e é estruturado em torno de 8 domínios de desempenho do projeto, tendo sido projetado para atender às necessidades atuais e futuras dos profissionais e ajudá-los a ser mais pró-ativos, inovadores e ágeis em possibilitar os resultados desejados do projeto.

Mesmo com tudo isso, é praticamente certo que o PMI (Project Management Institute) lance no futuro um novo guia PMBOK atualizado, como tem ocorrido em intervalos de aproximadamente dois anos, desde que a primeira edição foi lançada. Afinal de contas, nada permanece novo para sempre.

Esta edição do Guia PMBOK® reflete toda a gama de abordagens de desenvolvimento (preditiva, adaptativa e híbrida) e se integra com o PMIstandards plus, para informações sobre padrões com base no tipo de projeto, abordagem de desenvolvimento e setor da indústria. O PMIstandards plus é uma plataforma que pode ser acessada apenas por membros que podem se registrar (e entrar) no site do PMI.

Link de acesso que solicitará login e senha (apenas para membros do PMI)  >

   PMIstandards plus 

É isso aí, até a próxima!

terça-feira, 2 de março de 2021

A História do Nó Górdio e da Espada de Alexandre

 

Em 333 AC, enquanto Alexandre (O Grande) liderava seus exércitos pela Ásia, ele alcançou a cidade de Gordian, na Frígia. Lá, lhe mostraram a carruagem do antigo fundador da cidade, com seu mastro amarrado a equipagem por meio de um nó intrincado. Segundo a tradição, esse nó deveria ser desatado apenas pelo futuro conquistador da Ásia. Muitos tentaram e todos falharam ...

 



Diz a lenda que Alexandre olhou para o nó, desembanhou a espada e cortou o nó com um único golpe. Pouco depois, sob seu governo, a Ásia foi unida pela primeira vez. Moral da história: às vezes é melhor não ficar muito preso a um problema. Busque uma solução ousada!

Para desatar o nó de um projeto muitas coisas são necessárias. Tais coisas são, por natureza, inter-relacionadas. Todas essas coisas juntas formam uma espécie de “espada de Alexandre” que precisa ser usada com ousadia, mas também com sabedoria.

Para ser ousado é preciso ter confiança e estar emponderado. No projeto, o emponderamento significa proporcionar autonomia e, ao mesmo tempo, determinar os limites que o gerente de projetos terá sobre os recursos, o cronograma e a coordenação do projeto.

Para ser ousado é preciso estar preparado para correr riscos. Toda oportunidade tem um risco implícito. Da mesma forma que todo risco tem uma oportunidade implícita. Gerenciar os riscos é vital para conseguir uma execução do projeto bem sucedida.

Mas, olhando um pouco mais adiante, sabemos que correr riscos sem ter um plano é como voar as cegas. Os projetos gerenciados de forma tradicional são baseados em planos detalhados que incluem o escopo, o cronograma, o orçamento, os recursos, a qualidade, as compras, a comunicação, as partes interessadas, os riscos e a integração de tudo isso. No plano de riscos, é feita a identificação, a análise qualitativa e quantitativa, e a definição de ações de tratamento dos riscos. Por sua vez, em projetos em que prevalecem abordagens ágeis, os planos também existem, mas são de curto prazo, geralmente do tamanho das rodadas de trabalho de algumas semanas, chamadas de sprints ou iterações, dependendo o método ágil utilizado. Trabalhar em rodadas de trabalho mais curtas é um fator que também reduz os riscos. De uma forma ou de outra, os projetos precisam de gente ousada, que pise firme, trabalhando calçadas em planos, e capazes de criar soluções inovadoras. Um projeto não necessita de cegos que não enxergam o caminho, de mudos que não sabem se comunicar e de surdos que não ouvem o cliente. 

E aí entra uma grande qualidade de saber aproveitar o tempo precioso com o cliente. Isso significa estar envolvido, sabendo ouvir e se comunicar. O envolvimento do cliente no projeto facilita a tarefa de obter informações, conhecer necessidades, preferências e expectativas. Afinal de contas, tudo gira em torno do cliente.

Deve-se considerar também que muitas vezes os clientes tem dificuldade para dizer exatamente o que desejam e até mesmo saber exatamente o que precisam. Então, o escopo de um projeto que parece muito bem definido no início pode, a qualquer momento, precisar seguir um rumo diferente. Em um projeto os clientes podem fazer solicitações de mudança, assim como outras partes interessadas podem também solicitar mudanças. Quanto mais longo é um cronograma (de vários meses, por exemplo), maior será a probabilidade de alguém descobrir que não era bem isso que ele (ou ela) queria e, em consequência, uma mudança ser solicitada. Mudanças têm impactos no cronograma, nos custos, na qualidade e afetam os planos com maior ou menor intensidade. Se as mudanças forem muitas e forem grandes, poderão matar um projeto.  Os projetos tradicionais (que costumam ser longos) sofrem com esse problema e essa é a principal razão dos cuidados tomados para que se faça um levantamento de requisitos bastante detalhado e se leve a sério as lições aprendidas em projetos anteriores. Mesmo assim, as mudanças de escopo costumam ser a principal razão de fracasso de um projeto tradicional.

Por sua vez, nos projetos ágeis as rodadas de trabalho mais curtas são adequadas para a execução de partes menores de um projeto, escolhidas – com a participação do cliente - do ponto de vista do que é mais prioritário a agrega mais valor para esse mesmo cliente. O projeto completo será concluído após a execução de certo número de rodadas de trabalho, que acontecem uma após a outra. O risco de errar em uma rodada é menor. Se houver erro, o custo do erro em uma rodada será igualmente menor. Mesmo assim, há situações em que mudanças são solicitadas e necessitam ser analisadas quanto ao seu impacto no projeto. Se uma mudança causa um impacto grande o suficiente que afete de forma negativa a rodada que foi planejada, essa mudança poderá ser levada para uma próxima rodada de trabalho.  

Por tudo isso, seja em um método tradicional de gerenciamento de projetos ou em um método ágil, é evidente que o gerenciamento das mudanças no projeto é muito importante. A sabedoria adquirida com a experiência nos mostra que apesar do planejamento, mudanças geralmente ocorrem durante a execução do projeto, sendo necessário analisar, de todas as formas possíveis, os impactos dessas mudanças no projeto, antes de aceitá-las.

Outro ponto que a experiência nos ensina é que o suporte da alta direção da empresa é vital para que tudo funcione bem nos projetos. É a alta direção que disponibilizará os recursos necessários para o projeto, que exigirá que esses recursos sejam usados com eficiência e eficácia e, sem a menor sombra de dúvida, que cobrará os resultados esperados para o projeto.

Conseguir todas as coisas de que se precisa para formar a tal “espada de Alexandre” pode ser bastante difícil. Isso, como tudo na vida, mostra algo que é ruim e bom ao mesmo tempo. Mas, será que a espada de Alexandre teria feito tudo sem a ação daquele que a usava? Se fosse fácil, qualquer um conseguiria. Bem, é isso aí, até a próxima.

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