segunda-feira, 26 de abril de 2021

Assombrados pela Vergonha


De acordo com o website infomoney.com.br, em 2020 o Brasil foi o país mais atingido por tentativas de roubo de dados pessoais ou financeiros de pessoas na internet, prática denominada em inglês de phishing (ver link da matéria do infomoney no final desse post). Os golpistas digitais usam esses dados para prejudicar as vítimas acessando indevidamente seus recursos. Os trambiqueiros da Internet não são uma questão nossa, local, muito pelo contrário. Eles (e elas) estão espalhados, como pragas, por todos os cantos do planeta. 

As fraudes usando a Internet foram assunto de reportagem de Anna Tims, publicada no The Guardian, em 17 de abril de 2021 (ver link da matéria do The Guardian no final desse post). 

“Ser vítima de uma fraude pode ter consequências devastadoras para as vítimas, e não apenas financeiramente”. No artigo mencionado, vítimas de golpes de transferência bancária contam sobre traumas duradouros.  

Um dos golpes mencionados na matéria do The Guardian dava conta que a vida de Mary Higgins mudou no momento em que o telefone tocou em uma tarde de novembro. A pessoa que ligou alegou ser do departamento de fraude da polícia metropolitana e disse a ela que seus cartões bancários haviam sido comprometidos. Em um golpe elaborado, envolvendo dois dias de telefonemas de golpistas se fazendo passar por funcionários da polícia, a senhora de 78 anos foi persuadida de que estava ajudando a polícia em uma armação de lavagem de dinheiro em que seu banco foi cúmplice e concordou em transferir £10.000 de sua conta no Santander para paraísos “seguros”. Não foram apenas suas economias que lhe foram tiradas: ela também perdeu a confiança e o respeito próprio. O Santander acabou reembolsando suas perdas, mas, quatro meses depois, a Sra. Higgins ainda entra em pânico se recebe um telefonema de um desconhecido. Seu sono foi afetado e ela é assombrada pela vergonha de ter sido internada. “Parece loucura, mas essas pessoas deixam você louca. Eles até me convenceram a mentir para o banco sobre o motivo das transferências, o que agora me deixa envergonhada e chocada”. 

Os golpes que enganam as vítimas para que façam pagamentos para contas fraudulentas aumentaram 22% no ano passado. Números da associação comercial de finanças do Reino Unido mostram que £479 milhões foram roubados por meio de um processo chamado fraude autorizada de pagamento por push. Mas os custos psicológicos estão ocultos. “Ser vítima de uma fraude pode ter consequências devastadoras para as vítimas, e não apenas financeiramente”, diz Pauline Smith, chefe da Action Fraud, um centro de denúncias de crimes cibernéticos. “Pode afetar a saúde mental, a confiança e o relacionamento das pessoas com a família e amigos. Na realidade, qualquer um de nós pode ser vítima de uma fraude e não há nada para se sentir constrangido.”

Golpes modernos são operações sofisticadas, muitas vezes envolvendo números de telefone falsificados para replicar as linhas de atendimento ao cliente dos bancos e textos que imitam protocolos de segurança. As vítimas incluem pessoas de todas as idades e origens, mas muitas estão tão consumidas pela culpa que têm vergonha de dizer aos parentes que ficaram sem um tostão. 

Gianna Ricci, uma jovem italiana, não conseguiu pagar o depósito do aluguel de seu novo quarto depois que golpistas se passando por investigadores da Agência Nacional de Crime roubaram suas economias de £4.700. 

Quando Oscar Newman, um médico de 26 anos, ligou para seu banco depois de perder mais de £4.000 para uma fraude autorizada de pagamento por push, ele disse que foi instruído a relatar sua provação no chat ao vivo. “O aplicativo estava repleto de emojis e chavões claramente não projetados para refletir a gravidade da situação enfrentada pelos clientes que perderam dinheiro”, disse ele. “Fiquei arrasado de vergonha por ter sido enganado, cansado, com medo e senti que estava esperando que o banco me julgasse como um sujeito bobo.” 

A Sra. Higgins lutou por um reembolso por três meses depois que sua reclamação inicial foi rejeitada e a atitude desdenhosa da equipe reforçou seu sentimento de culpa. 

A nova orientação publicada pelo orgão regulador, a FCA -Financial Conduct Authority - ou Autoridade de Conduta Financeira, adverte que serviços inflexíveis ao cliente podem aumentar o estresse e a confusão dos clientes e afirma que os funcionários do banco devem ser treinados para identificar clientes vulneráveis ​​ e apoiá-los de forma adequada.

Na maioria dos casos, as vítimas são as únicas que enfrentam julgamento quando o banco decide se foram culpadas de negligência. Os fraudadores ficam livres para atacar outros, e a Sra. Higgins vive com medo de que os criminosos que a enganaram ataquem novamente. “Eles sabem onde eu moro, que tenho 78 anos e moro sozinha”, diz ela. “Eu me preocupo que meu telefone e computador possam ser hackeados. Como uma pessoa normalmente inteligente, equilibrada e confiante, essa experiência me deixou com respostas reflexas irracionais de suspeita e, às vezes, terror.” 

Link para matéria do INFOMONEY.COM.BR

Link para matéria do THE GUARDIAN

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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Despreparado para o Inesperado



Despreparado para o Inesperado? Ninguém quer estar nessa posição. Ao pensarmos em um indivíduo, estar preparado para o inesperado quer dizer manter a saúde física e mental em ordem (para ter força e ser capaz de lidar com a situação difícil e inesperada), ter equilíbrio financeiro (para se concentrar na solução do problema inesperado, minimizando impactos, sendo capaz de pagar o preço da solução) e ser resiliente (para ser capaz de suportar altos e baixos da vida e os desafios que uma situação inesperada pode trazer). E nas empresas? Da mesma forma, nas empresas ninguém deseja estar em uma posição onde se está despreparado para o inesperado. Esse é o tema do artigo publicado no website PM Today em setembro de 2020, resultado de uma entrevista com Matt Zilli, executivo chefe da empresa Clarizen, cujo link está no final desse texto. Abaixo um resumo comentado do mencionado artigo.  

A matéria começa assim: “Como as empresas estão lidando com as mudanças rápidas e contínuas causadas pela crise do COVID-19? Nos últimos três meses, conversei com quase 100 executivos, todos lidando com incertezas em seus negócios - desde a perspectiva econômica global até pressões econômicas específicas em seus setores”. Bem, estamos em 2021 e aparentemente as empresas ainda estão lutando para lidar com a crise causada pela pandemia.  

Outros viram uma demanda crescente por seus produtos e serviços em meio a circunstâncias que mudam rapidamente ou suas cadeias de suprimentos foram interrompidas - deixando-os tentando descobrir como atender seus clientes. Aqueles que estamos vendo ter sucesso são os que encontram oportunidades na incerteza”. Embora esta seja uma típica frase feita, não deixa de ser a pura verdade. 

O COVID-19 mostrou onde as empresas realmente estão em suas jornadas de transformação digital”. A questão é que embora pareça que o entrevistado se refira a empresas do primeiro mundo, o conceito do “onde as empresas estão em suas jornadas de transformação digital” vale para todos. Segundo o relatório “Transformações digitais no Brasil: insights sobre o nível de maturidade digital das empresas no país”, publicado pela McKinsey para o período 2018-2019, já existe um forte movimento de transformação digital nos serviços financeiros e no segmento do varejo, estando mais atrasados os segmentos de bens de consumo, transporte e infraestrutura, indústria de base e indústria avançada. Para receber uma cópia desse relatório basta enviar um e-mail para h12sblog@gmail.com, se você é seguidor do blog. 

A pandemia acelerou as tendências que temos testemunhado nos últimos anos e, em um piscar de olhos, todos tiveram que começar a trabalhar remotamente. De repente, as empresas que nunca tiveram uma força de trabalho heterogênea antes tiveram que capacitar equipes totalmente remotas”. O entrevistado se referia aos acontecimentos do ano de 2020, mas essa realidade continua em 2021. 

O primeiro instinto para as empresas que lutam para se adaptar às mudanças é cortar custos - mas cortes generalizados não são necessariamente a resposta. As empresas que estão tendo sucesso no ambiente de hoje são aquelas que estão usando as ferramentas corretas para ajudar a maximizar o tempo e a produtividade de cada indivíduo para que possam ser eficazes. Simplesmente cortar sem saber o impacto que terá nem sempre é o caminho certo a seguir”. 

Como as organizações podem lidar com mais imprevistos à medida que a crise continua a evoluir?” Essa é a pergunta de um milhão de dólares que o entrevistado tenta responder. 

Ninguém quer estar em uma posição onde se está despreparado para o inesperado. Em uma era de incertezas e instabilidade crescente, as organizações que lidam melhor com isso são aquelas capazes de criar equipes coesas e, ao mesmo tempo, as que conseguem estimular a criatividade e a flexibilidade para lidar com as mudanças que surgem. Mas as equipes precisam estar prontas para se adaptar e para lidar com oportunidades positivas e negativas. Para fazer isso, eles precisam trabalhar juntas de forma mais eficaz, com cada equipe alinhada aos objetivos estratégicos da organização. E elas precisam usar na prática as ferramentas que lhes permitam fazer isso”. 

E o entrevistado continua afirmando que: “Utilizar as ferramentas certas de gerenciamento de trabalho funciona como uma alavanca que te dá vantagem, possibilitando a todos os funcionários contribuir para o processo estratégico da empresa, ajudando a preparar o negócio para o futuro. Nunca houve um momento mais crítico do que agora para promover agilidade e adaptabilidade. É uma abordagem que permite às organizações gerenciar o impacto contínuo do COVID-19, garantindo que possam permanecer competitivas em um mundo pós-pandemia”. Mais adiante Zilli ainda reforça: “Os líderes também devem implementar métodos que garantam que a colaboração seja o mais fácil e direta possível, implantando tecnologias baseadas na nuvem que permitam aos funcionários coordenar o trabalho, monitorar recursos e gerenciar fluxos de trabalho”. 

Faz sentido a ideia de se preparar para fazer algo ou para reagir se algo acontecer. Portanto, em primeiro lugar devemos estar cientes que não fazer nada não é uma opção minimamente razoável. Ser resiliente é entender que problemas inesperados acontecem, mais do que gostaríamos, sendo necessário estar preparado para enfrentá-los. É preciso ter saúde financeira para pagar pela solução, pois afinal de contas, da mesma forma que não existe almoço grátis, as melhores soluções também custam e têm lá o seu valor. Uma diretoria “física e mentalmente saudável” – e espero que você leitor que acompanhou o texto com atenção tenha compreendido o que quero dizer - percebe isso com facilidade, se prepara e, não menos importante, se esforça para permanecer preparada. Mas, por outro lado, alguém pode dizer que tudo isso é bobagem de um vendedor forçando a barra, metendo medo no pessoal, exagerando um pouquinho para vender seu software. Em qual narrativa acreditar? Isso, você leitor, deve decidir por sua conta e risco. Bem, é isso aí, até a próxima. 

Para acessar ... o artigo completo ... basta clicar nesse ... L I N K. 

terça-feira, 13 de abril de 2021

Acesso Universal e Equitativo à Água Potável: Isso nós não temos no Brasil!

 


Um projeto pra chamar de seu! Esse é um projeto que deveríamos focalizar. A demanda por água no Brasil pode crescer 70% até 2040, segundo estudo do Instituto Trata Brasil e divulgado por Agostinho Vieira no site projetocolabora.com.br cujo link pode ser encontrado no final desse post.

O artigo de Agostinho Vieira – jornalista e ganhador do prêmio Esso de jornalismo - começa destacando uma das metas que fazem parte dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), documento aprovado em setembro de 2015, em Nova York, por 193 países membros da ONU, entre eles o Brasil. Não, esse não é um artigo antigo, muito pelo contrário. Foi publicado em 22/março/2021 e atualizado em 6/abril/2021. É, portanto, novinho em folha. A meta a que me referi diz o seguinte:

Alcançar, até 2030, o acesso universal e equitativo à água potável, de forma segura e acessível para todos.

Vieira questiona, lembrando que “passados cinco anos desde a assinatura do documento, que o Secretário Geral da ONU, António Guterres, chama de “nossa Declaração Global de Interdependência”, tanto a erradicação da pobreza quanto a universalização do abastecimento de água seguem parecendo sonhos utópicos. Especialmente quando lembramos que estamos no meio de uma pandemia e que faltam menos de nove anos para chegarmos a 2030”.

83,7% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada;

São quase 35 milhões de pessoas sem acesso a este serviço básico;

Em 2016, 1 em cada 7 mulheres no Brasil não tinham acesso à água. Enquanto no caso dos homens essa proporção é de 1 em cada 6;

6,8% das crianças e dos adolescentes não contam com sistema de água dentro de suas casas;

Apenas 27 das 100 maiores cidades brasileiras possuem 100% da população atendida com água potável;

O Estado do Rio de Janeiro é o que mais consume água, cerca de 207 litros por pessoa;

7,1 mil piscinas olímpicas de água potável são perdidas ou desperdiçadas todos os dias;

A Região Norte é a campeã em perdas de água potável, mais de 55%.

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Clique nesse L I N K para acessar o artigo completo.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Encerrada a Coleta de Dados para Pesquisa sobre Comunicação em Projetos

 Olá pessoal! Este é para informar que está encerrada a coleta de dados para a pesquisa sobre Comunicação em Projetos! Gostaria de agradecer a todos que participaram da pesquisa e compartilharam seu conhecimento e experiências. Em breve os resultados serão divulgados aqui no blog. É isso aí, até a próxima!

 

Sim, vou analisar e publicar os resultados aqui, com toda certeza. Eu assumi esse compromisso e pretendo cumpri-lo. Sim, isso dá trabalho, mas o combinado não é caro!

 

Lembrando ainda que estou aceitando alunos para orientação de TCC online nos cursos MBA em Gestão de Projetos. Para mais informações entre em contato através do whatsApp> 11 95617-0115