terça-feira, 20 de junho de 2017

Impressão 3D para Odontologia

A impressão 3D é uma importante ferramenta nos dias de hoje, muito utilizada e com diversas aplicações em medicina. Uma fonte de inovação que ajuda dentistas, médicos e todos os profissionais que atuam no desafiador campo de cuidar da saúde humana.

As impressoras 3D podem imprimir próteses, implantes ou réplicas de partes do corpo de um paciente a partir de arquivos digitais obtidos de exames de tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Esses são os arquivos no formato DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine).  

As normas DICOM foram criadas pela parceria entre a American College of Radiology (ACR) e a National Electrical Manufacturers Association (NEMA). Com a padronização das imagens, todos os tipos de exames como, por exemplo, tomografias, ressonâncias e radiografias, são armazenados em um formato único, permitindo a troca entre equipamentos de marcas distintas.

Se você que nos segue gostaria de ver um exemplo prático, é o que faremos em seguida. No vídeo abaixo apresentamos o processo de impressão 3D para a área odontológica, um exemplo de inovação ao alcance do dentista e seu paciente. O processo é iniciado com o tratamento gráfico das imagens (formato DICOM) e conversão para formatos capazes de serem lidos pela impressora 3D (formato STL).

 

Nesse processo as imagens 3D de interesse específico na reconstrução médica e relevantes para a impressão do modelo são destacadas, eliminando-se as áreas não inclusas no estudo. O arquivo do modelo assim criado é carregado na impressora 3D para produção final. Nesse exemplo podemos notar que a impressão 3D facilita o trabalho do cirurgião dentista possibilitando o alcance de um melhor resultado.

domingo, 11 de junho de 2017

As 5 Lições de “Game of Thrones” para os Gerentes de Projeto

“Game of Thrones” é uma famosa série de televisão da HBO que bateu o recorde de série de drama com a maior transmissão simultânea ao redor do mundo.

Muito já foi dito e escrito sobre a série, comparando a estória e os persagens às práticas da gestão de projetos. Com a proximidade do lançamento da sétima temporada, cuja data prevista de estreia é 16 de julho de 2017, vou aproveitar e comentar uma matéria de Andy Makar sobre as cinco lições de “Game of Thrones” para gerentes de projeto, publicada no blog Liquid Planner em abril de 2015. Certamente tais lições permanecem muito atuais!
Lição no. 1 – Você deve conhecer os jogadores
Andy Makar observa o modus operandi do personagem Lorde Varys, o mestre dos susurros, que trabalha com uma rede de informantes espalhados por dois continentes. Ele nos mostra a importância de entender as partes interessadas e todos os principais stakeholders do projeto. É fundamental entender quem são os principais tomadores de decisão e criar um plano para atender suas preocupações e necessidades. Os profissionais de gerenciamento de projetos chamam isso de análise das partes interessadas.
Lição no. 2 – Você não precisa lutar todas as batalhas
Se você vai jogar o jogo de tronos do gerenciamento de projetos precisa saber quando fazer seu movimento e que não pode transformar tudo em uma batalha. O autor cita o personagem Theon Greyjoy como exemplo, que em boa parte da estória vivia insatisfeito e decidiu lutar em todos os lugares que esteve. Theon sofreu muito com suas escolhas. O gerenciamento de projetos é um jogo de influência porque os gerentes de projetos muitas vezes não têm controle direto sobre a equipe do projeto ou das partes interessadas. Isso pode tornar difícil a resolução de problemas do projeto na organização. Começar uma briga interna do tipo “bater de frente” gera desgaste e nem sempre garante que uma solução adequada seja encontrada e aplicada. Muitas vezes dar um tempo, renunciando ao confronto, pode ser a melhor saída. Para os gerentes de projeto isso pode ser frustrante porque queremos resolver os problemas e seguir em frente com o projeto. Se uma questão é sensível e politicamente carregada, por produzir siuações que de alguma forma afetam a estrutura de poder interno da organização, pode ser melhor fazer uma pausa e esperar.
Lição no. 3 – Ter a opção de “julgamento por combate”
Se você precisa de um excelente exemplo de transferência de riscos apenas assista Tyrion Lannister em ação. Tyrion é astuto e estratégico, mas também é fisicamente desfavorecido (um anão), um problema sério quando você está tentando avançar em uma era de confrontos com lutas físicas até a morte. Então, ele usa seu homem forte Bronn (uma espécie de guerreiro que luta por dinheiro) como seu campeão de julgamento por combate. Bronn literalmente luta suas batalhas por ele!!! Quando o risco de uma luta de espadas se torna uma realidade para Tyrion, ele tem um plano B para lançar mão.  Como gerente de projeto, você está antecipando e gerenciando o risco ao longo do ciclo de vida do seu projeto. Você precisa de opções de mitigação de risco prontamente disponíveis. Isso pode significar tomar decisões difíceis para adiar o projeto, ter recursos suficientes disponíveis ou mesmo encontrar formas de transferir o trabalho (e o risco) para um fornecedor externo que tenha a capacidade para lidar com o desafio.
Lição no. 4 – Você deve saber em quem confiar
Esta lição não é apenas relevante para os aspectos sociais do gerenciamento de projetos, mas também para sobreviver na selva corporativa. Existe a tal politicagem em todas as empresas que pode conter lances desagradáveis como, por exemplo, os e-mails curtos e ríspidos, as pessoas que trabalham com interesses ocultos, as traições e as mentiras. Em “Game of Thrones” o personagem Eddard Stark se torna a mão do rei, uma posição de poder e destaque, mas perde tudo quando é traído. Aliás, a série é repleta de casos de traição em troca de vantagens e como na vida real uns ganham a custa da desgraça de outros. É importante saber em quem confiar quando se precisa tratar de situações difíceis e problemas sensíveis. Em algumas culturas organizacionais informar que um projeto está com problemas é algo natural que faz parte do trabalho do dia a dia. Todavia, em outras organizações isso é simplesmente desencorajado. Você receberá a culpa simplesmente por ser o portador na notícia. Descubra como funciona a cultura da sua organização e aprenda a lidar com isso de forma eficaz. Se um membro da equipe nomeado pela alta direção não está cumprindo seu papel, isso pode ser um problema. Se você está tendo dificuldades com seu chefe imediato, isso também pode se tornar um problema. São questões sensíveis que precisam de tato e cuidado para serem tratadas. Pense muito bem sobre quais informações você deseja compartilhar, com que pessoas deve compartilhar e quando tais informações devem ser compartilhadas.
Lição no. 5 – Desenvolva sua influência e credibilidade com o tempo
Os gerentes de projeto frequentemente encontram novas equipes, novas partes interessadas e novos empregos em empresas desconhecidas. Mesmo os gerentes de projeto mais experientes ficam ansiosos para mostrar do que são capazes. Sendo alguém novo na organização a melhor coisa a fazer é concentrar-se nas entregas do projeto, em resolver problemas e trabalhar para ganhar a confiança dos stakeholders. Pegue o exemplo de Jon Snow, o filho ilegítimo de Eddard Stark que deixa a família para se juntar à Patrulha da Noite. Acostumado a ser o estranho, Jon demonstra paciência, perseverança e tremenda habilidade e assim vai ganhando a confiança de seu pares para desempenhar seu inegável papel de líder. Você verá o seu ponto de vista prosperar ao introduzir novas ideias lentamente, fornecendo valor ao longo do projeto para construir credibilidade e influência. Lembre-se de desenvolver sua influência com cada conexão que você faz na organização. Volte para o personagem Lorde Varys, que durante toda a estória desenvolveu sua rede de influência e cultivou seus "pequenos pássaros" (rede de espiões). Sua rede profissional, dentro e fora da empresa, irá apoiar o seu sucesso enquanto você joga – de modo civilizado - seu próprio jogo.
Se eu sou um fã da série “Game of Thrones”? Sim, com certeza! Bem, é isso aí. Até a próxima. 

Fonte:

MAKAR, A. “5 Project Management Lessons from Game of Thrones”. Liquid Planner, 2015. Disponivel em < https://www.liquidplanner.com/blog/5-project-management-lessons-learned-from-the-game-of-thrones/>. Acesso em 10 de junho de 2017.
 

sábado, 3 de junho de 2017

Está faltando habilidade!

Como membro do PMI eu recebo regularmente a revista eletrônica PM Network e tenho comentado aqui no blog sobre algumas matérias muito interessantes que li naquela publicação. Dessa vez vou comentar o que foi dito na edição da PM Network de maio/2017 sobre a preocupação dos CEOs (presidentes de empresa) com relação as habilidades que são essenciais para impulsionar o crescimento das organizações. A fonte da matéria da PM Network/maio/2017 é a pesquisa da PwC (Pricewaterhouse Coopers) com 1.379 CEOs localizados em 79 países, de vários setores,  entrevistados entre setembro e dezembro de 2016. Evidentemente, estamos falando de habilidades das pessoas. Indo direto ao ponto, a matéria da PM Network/maio/2017 afirma que os CEOs têm a percepção de que as tais habilidades essenciais estão em falta!  O artigo trata da automação, da digitalização e da globalização e seus efeitos e ressalta essa preocupação dos CEOs. Os números são impressionantes. Segundo 77% dos CEOs entrevistados a criatividade e a inovação são habilidades difíceis de encontrar. Para 75% dos CEOs a liderança é uma habilidade difícil de encontrar. Na tabela abaixo podemos ver, de um total de 1.379 CEOs entrevistados, o percentual de CEOs e a habilidade em que existe escassez.

Para % de CEOs
Habilidade em Falta
77
Criatividade e Inovação
75
Liderança
64
Inteligência Emocional
61
Adaptabilidade
61
Resolução de Problemas
 

A matéria também destacou outros aspectos que são fontes de preocupação dos CEOs entrevistados. Ao mesmo tempo que as empresas precisam de automação e robôs para melhorar a qualidade de seus produtos e reduzir custos, precisam também manter os níveis de confiança de seus clientes e consumidores. A automação é boa, por um lado, porque reduz custos e melhora a qualidade dos produtos. Mas, como consequência, causa desemprego. Pessoas são demitiras e todos ficam sabendo disso. O publico então, de forma consciente ou não, reage com um sentimento de antipatia e rejeição pela empresa que desempregou pessoas em nome do lucro frio e impessoal. Os CEOs chamam isso, ou parte disso, de “nível de confiança”. A matéria destaca que os CEOs acreditam que certos aspectos da “paisagem digital” (que eu interpreto como a forma como as empresas utilizam seus recursos de tecnologia da informação) vão prejudicar os níveis de confiança das partes interessadas (que eu interpreto como clientes, consumidores, acionistas, imprensa, outros) durante os próximos cinco anos. Esses aspectos negativos são: violações da privacidade de dados, interrupções e paralisações de TI e inteligência artificial e automação.
Em 2017, 58% dos CEOS estão preocupados com a possibilidade de um clima de desconfiança prejudicar o crescimento da empresa. Esse número era de apenas 37% em 2013.

Os prós e contras da globalização, segundo essa pesquisa, são também muito esclarecedores de nossa realidade.
Os prós – facilitou a movimentação de dinheiro, pessoas, bens e informações. Permitiu a conectividade universal. Criou uma força de trabalho qualificada e bem informada.
Os contras – Não fez nada para fechar a lacuna entre ricos e pobres. Não melhorou a justiça dos sistemas fiscais globais. Não evitou a mudança climática.
Se as empresas irão adotar robôs superinteligentes – com softwares de inteligência artificial de última geração - para suprir a falta de liderança, de criatividade, de inovação, de adaptabilidade e resolução de problemas com essas máquinas, eu não duvido! O que estou dizendo é que se os CEOs puderem fazer isso, não tenho dúvidas de que farão! Em outras oportunidades as máquinas também assumiram o papel das pessoas, com sua capacidade de fazer melhor e mais rápido. Nós seres humanos estaremos sempre onde estivemos. Há alguns passos à frente! Bem, é isso aí. Até a próxima!