quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
A Piada dos 3 Envelopes
Essa
piada é um tipo de estorinha que já deve ter sido contada inúmeras vezes e que
nem é tão engraçada assim. O que vamos fazer nesse post é explorar um pouco
mais as ideias nela contidas. Então, vamos lá!
Carlos recentemente assumiu um projeto
complicado. Há problemas nas entregas e conflitos na equipe e ele, como o novo gerente
de projetos, lembrou que Alfredo, o gerente de projetos anterior, tinha lhe
deixado 3 envelopes, com a orientação de abrir o primeiro quando o projeto
tivesse problemas. Os outros dois envelopes deveriam ser mantidos fechados e
guardados para situações futuras. Esse era o caso de agora! Nervosamente,
Carlos abriu o primeiro envelope e estava escrito o seguinte: - Coloque a culpa
no seu antecessor. Carlos, sem dó nem piedade, chamou a equipe do projeto e
culpou Alfredo pelos problemas. Com isso, o pessoal da equipe decidiu voltar ao
trabalho e o projeto seguiu em frente. Poucos meses depois os problemas
voltaram ainda mais fortes e Carlos abriu o segundo envelope, encontrando a
seguinte mensagem: - Coloque a culpa no ambiente externo. Carlos então
reuniu-se com a equipe e, munido de gráficos e tabelas, passou a reclamar da
globalização, da crise financeira, etc e tal, e mais uma vez o projeto seguiu
em frente. Passaram-se mais alguns meses e os problemas no projeto voltaram ainda
mais graves e isso fez Carlos abrir o terceiro envelope, revelando a seguinte
mensagem: - Está na hora de preparar três envelopes.
A
estorinha acima é velha, mas é boa para mostrar alguns truques usados pelos
maus gestores que, simplesmente, tentam escapar dos problemas, sem resolvê-los.
Culpar a pessoa que estava antes, que era o responsável pela coordenação da
equipe, é uma atitude típica de transferência de responsabilidade do resultado
ruim para outros. É um ataque fácil, pois quem está sendo acusado não pode se
defender, por estar longe do projeto, em outra parte na organização, exercendo
função diferente ou, como na maioria das vezes, fora dela, por ter sido
afastado. A “estratégia” de chutar cachorro morto surge muito rapidamente como
saída perfeita de uma crise. Afinal, cachorros mortos não mordem! Colocar a
culpa no gerente de projetos anterior funciona bem, até porque a existência de
gerentes ruins é um fato da vida. Estes indivíduos costumam se esconder do
trabalho, empurrar os prazos para os outros, gostar de segredinhos e agir sem o
devido senso de justiça com seus subordinados. Além disso, não são hábeis na
resolução de problemas, temem o feedback da equipe, não são equipados com as
ferramentas de análise e erram em suas conclusões, ou decidem prematuramente e
sem base sólida, dentre outros defeitos. Por sua vez, os colaboradores de forma
geral, e especialmente aqueles que usam seu tempo da forma mais produtiva
possível para a organização, não se sentem confortáveis com esses maus gerentes.
Também não é para menos!
Um
artigo publicado pela AMA (American Management Association)
dá conta que chefes abusivos parecem
ser comuns na força de trabalho. Uma pesquisa feita em 2007 pela Employment Law Alliance (ELA), envolvendo 1000 pessoas adultas, mostrou
que 44% dos trabalhadores americanos se reportavam para um supervisor que
consideravam abusivo. Entre os casos de abuso que os entrevistados da ELA
tinham testemunhado ou experimentado, estavam as piadas sarcásticas (60%), as
críticas públicas ao desempenho no trabalho (59%), interromper de uma maneira
rude (58%), gritar ou elevar a voz (55%) e ignorar o colega de trabalho como se
fosse invisível (54%). Seria isso coisa antiga apenas, somente registrada em
2007? Uma matéria de Caroline Marino, publicada na revista EXAME
em 2013, trouxe o seguinte trecho: “A pressão por resultados, a carga excessiva de trabalho e
a alta competição são responsáveis por despertar o mau comportamento dos profissionais,
segundo as professoras Christine Porath, da McDonough School of Business, e
Christine Pearson, da Thunderbird School of Global Management, ambas nos
Estados Unidos. “Eles dizem que não têm tempo para ser agradáveis”, afirma
Christine Porath”. Mais adiante, a matéria apresentava que “desde 1998, a dupla
de acadêmicas já entrevistou mais de 14.000 profissionais americanos e
constatou que praticamente todo mundo (98%) já presenciou atitudes rudes no
trabalho”. Infelizmente, e por aqui não é diferente, tudo indica que esse tipo
de comportamento ainda está muito presente nas organizações. Parece que ninguém está preocupado com
cordialidade e gentileza. Se tiverem que apontar o dedo e culpar alguém, farão
isso sem qualquer constrangimento. Por isso, não é improvável que muita gente
pense em seguir o conselho do primeiro envelope.
Mas
não devemos esquecer que a piada dos 3 envelopes conta uma estorinha que tem um
componente de tempo. Aqui não se trata de eximir de responsabilidade o gerente
antecessor. Ele cometeu erros e por isso
perdeu sua posição na organização. Só que a estorinha considera que o tempo
passou e que o gerente atual aproveita falhas ocorridas no passado (de
responsabilidade do gerente antecessor) e as transfere como sendo a causa das
falhas presentes (para fugir da responsabilidade). Esse é o truque que deve nos
deixar atentos! Mas alguém poderia dizer que há situações reais em que o
antecessor deixa o projeto em uma condição tão ruim que não é exagero dizer que
estamos caminhando em “terra arrasada”. Sim, já dissemos acima que existem maus
gerentes e que isso, portanto, pode realmente acontecer. Mas, novamente,
devemos ficar atentos para não cair no truque de simplesmente trazer os
problemas do passado sem analisar a situação no tempo presente.
Depois
vem a desculpa de culpar o ambiente externo, outra forma muito usada de
transferência de responsabilidade do resultado ruim para algo que está
absolutamente fora do controle do gestor. O ambiente externo inclui os fatores
econômicos, políticos, sociais, competitivos e legais. Mas, como isso funciona?
Uma
matéria da revista Carta Capital, de Thomaz Wood
Jr., publicada em 2014, com o título “A culpa não é só dos astros”, faz a
seguinte análise da indústria brasileira: “A manufatura encolhe, os empregos
desaparecem, a competitividade é baixa e o moral está abalado. Nos últimos
anos, com o crescimento da renda, a demanda aumentou, mas foi em grande parte
suprida por produtos importados. Os vilões são fortes e numerosos: incoerência
entre a política macroeconômica e a política industrial, taxas de câmbio
desfavoráveis, juros altos e desregulamentação atrapalhada. Resultado:
desindustrialização”. Notem que todos são fatores externos, que as empresas não
podem controlar. Todavia, essa mesma matéria rebate essa ideia dizendo que nem
tudo, nesse quadro negativo da indústria nacional, pode ser atribuído aos
famosos fatores externos. A matéria complementa com a seguinte afirmação: “Na
ponta externa, a competitividade depende dos chamados fatores sistêmicos e
estruturais: ambiente macroeconômico, taxa de câmbio, acesso a capital,
regulação, porte do mercado, configuração do setor, concorrência e outros mais.
São componentes importantes. Porém, na dimensão interna, a competitividade é
função de diversos fatores ao alcance dos empresários e executivos. E nem
sempre são bem cuidados. O setor industrial brasileiro evoluiu de forma
heterogênea desde a abertura do mercado e as mudanças econômicas ocorridas nos
anos 1990. Algumas ilhas de excelência emergiram, mas o arquipélago continua
cheio de ilhotas anacrônicas. Uma pesquisa realizada há alguns anos por Luiz
Arthur Ledur Brito, da FGV-EAESP, e por este escriba avaliou dez práticas
gerenciais de 163 empresas locais de 20 setores de atividades e comparou os
resultados com os de outros países. Apenas 3% das empresas industriais
apresentavam nível de excelência”. Isso significa, segundo o autor da matéria,
que as empresas fazem muito pouco, ou quase nada, para melhorar e culpam o
ambiente externo por suas mazelas. Que malandros, não acham? Ei, vamos com
calma, também não é assim. Como o artigo comenta, é preciso analisar cada caso
e ver quem está fazendo o dever de casa e quem apenas coloca “a culpa nos
astros”. O ambiente externo é, sem qualquer sombra de dúvida, um fator importante
que impacta os negócios das empresas. Esse é um fato da vida.
Bem,
e como devemos lidar com tudo isso? Ao invés de gastar o tempo da organização
com desculpas esfarrapadas e antigas, o novo gestor deve fazer uma análise da
situação presente, antes de seguir em frente com o projeto. Obviamente, nada de
envelopes. Apenas uma análise que seja capaz de mostrar à quantas anda o
projeto, se o mesmo tem condições de prosseguir e, já sendo proativo, apresentar
um plano com as ações necessárias, sejam estas corretivas ou preventivas, para
ser devidamente aprovado pela direção da organização. Se essa análise mostrar
que o projeto deve ser encerrado, uma vez que atingiu um ponto em que não é mais
possível que suas metas sejam alcançadas, que seja então terminado. Se, por
outro lado, por qualquer que seja a razão, não for permitido ao novo gerente de
projetos fazer uma análise objetiva de um projeto já começado por outro gestor e
que está com problemas, antes de assumir efetivamente a responsabilidade pelo
mesmo, esse gerente vai estar em duplo risco: além de pegar o bonde andando,
estará em voo cego. Bem é isso aí! Até a próxima.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
Cada vez mais próximos do Robocop
Quem
não conhece o Robocop? Um filme de 1987, que ganhou uma nova versão em 2014, sobre
um robô policial ou quase isso! Na verdade o Robocop não é um robô propriamente
dito, uma vez que existe alguém vivo lá dentro, ou quase vivo, que passa a
“viver” integrado a uma sofisticada engenhoca cibernética cheia de superpoderes.
No filme, que projeta um futuro que se passa em 2028, onde as coisas serão
piores do que são hoje, o Robocop faz o trabalho mais difícil, sujo e
arriscado. Afinal ele é, em primeiro lugar, um robô apenas, operando com alguém
que já tinha morrido mesmo.
o
Robocop é capaz de substituir o trabalho de vários policiais, fazendo melhor e
mais rápido, sem reclamações ou discordâncias. E basta prestar um pouquinho de
atenção ao filme para ver que, tal qual ocorre quando se automatiza uma linha
de produção, o Robocop tira o emprego de muita gente. Para os seus criadores da
OmniCorp, nome fictício da empresa vilã no filme, o Robocop é um tremenda
solução de redução de custos e melhoria da qualidade. O Robocop é vendido como
uma ferramenta de otimização, capaz de aumentar a produtividade em todos os
sentidos. Semelhante ao mundo real, onde os fins justificam os meios, a empresa
faz o que precisa ser feito para seu benefício, não se importando com as
consequências de suas ações. Em outras palavras, nada é pessoal, apenas
negócios (“just business”).
Mas há
um drama rolando nessa estória xarope, com bandidos e vilões na plenitude de
suas maldades e o Robocop, e ninguém sabe como isso acontece, conseguindo
perceber o certo e o errado, mesmo que os comandos enviados ao seu detonado cérebro
digam outra coisa. O Robocop consegue separar o bem do mal e demonstrar um
certo grau de consciência. E é aí que está um pouco da graça do filme, além da
pancadaria é claro. O Robocop anda como um robô, fala como um robô, mas o seu
lado humano toma conta da situação. Parece só um monte de bobagens!
Alíás
eu quase nunca faço comentários sobre filmes aqui no blog, e aí eu vi em uma
edição recente da revista WIRED a
apresentação de um veículo autônomo chamado de “Brigade”. E aqui não estou
falando de um filme. Este é o nosso bom e velho mundo real! A moto “Brigade”
não necessita de condutor, ficando de pé graças a um giroscópio embutido, e foi
projetada para “manter a paz em pequenas cidades e manter policiais humanos
fazendo um trabalho mais importante”, como afirmam seus criadores. Para fazer o
trabalho policial a motocicleta autônoma “Brigade” possui um conjunto de
câmeras, sensores, projetores e alto-falantes. Bem, ainda está longe do
Robocop, mas quem sabe se até 2028 não vamos chegar lá! Bem, é isso aí! Até a
próxima.
sábado, 26 de novembro de 2016
Lição de Casa (Parte 8) – Com Solução
Mais
uma vez recomendo que você tente resolver os exercícios de fixação sobre
gerenciamento de projeto. Isso o ajudará a sistematizar seu aprendizado e
aprofundar seus conhecimentos. Boa sorte!
A frase acima é de Leonardo da Vinci. |
Questão 16 –
Durante a reunião de progresso do projeto o gerente informa que, com base em
cálculos recentes, o projeto mostrava um IDC de 1,4 e um IDP de 0,81. Tendo
isso em mente, o que mais preocupa a equipe do projeto?
A) Atraso no
cronograma.
B) Perda de
recursos.
C) Estouro no
orçamento.
D) Surgimento
de conflitos.
E) Degradação
da qualidade.
Solução: O IDC de 1,4 indica que o projeto está ganhando
$1,40 por cada $1,00 que foi investido no mesmo. O IDP de 0,81 mostra que o
projeto avança apenas 81% da taxa inicialmente planejada ou, em outras
palavras, que o projeto está atrasado. A alternativa A é a correta.
IDP = índice de
desempenho de prazos (ou SPI = Schedule Performance Index)
IDC = índice de desempenho de custo (ou CPI = Cost Performance Index)
IDC = índice de desempenho de custo (ou CPI = Cost Performance Index)
Questão 17
– A ferramenta que auxilia a concentrar a atenção nas questões mais críticas e
priorizar as causas possíveis de um problema é o:
A) Histograma.
B) Check list.
C) Fluxograma.
D) Gráfico de
controle.
E) Diagrama de
Pareto.
Solução: O histograma exibe dados na forma de barras ou
colunas e ajuda a identificar os problemas com os quais vale a pena lidar. O
check list é uma lista de verificação usada para rastrear dados com problemas
de qualidade. O fluxograma mostra como um processo ou sistema flui do início ao
fim, como os elementos se relacionam e os seus caminhos alternativos. O gráfico
de controle mostra se os dados estão dentro de limites inferior e superior
pré-definidos. O diagrama de Pareto é um gráfico de barras que ordena dos mais
frequentes para os menos frequentes e auxilia a priorizar as causas prováveis
de um problema. A alternativa E é a correta.
Questão 18
– Devido a sua importância, o trabalho relacionado à operação e manutenção
contínua deveria:
A) Ter uma fase
separada no ciclo de vida do projeto.
B) Ser
executado durante o encerramento do projeto.
C) Ser
executado durante a iniciação do projeto.
D) Simplesmente
ser visto não como parte de um projeto.
E) Simplesmente
ser visto como parte de um projeto.
Solução: Os projetos são temporários e não rotineiros,
gerando produtos, serviços ou resultados únicos. O trabalho apresentado é
contínuo e repetitivo, não sendo portanto, um projeto ou parte de um projeto. A
alternativa correta é a D.
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Perfis de Liderança do Gerente de Projetos
Acredita-se que o trabalho
do gerente de projetos tem se tornado cada vez mais importante para as
organizações em todo o planeta. Por um lado, isso é facilmente confirmado pela constatação
nos últimos anos da existência de uma enorme quantidade de projetos, como
resultado da necessidade de implantar mudanças que façam as organizações melhorar
e ser mais competitivas.
Por outro lado, por mais ambíguo que possa parecer, há
ainda um clima de descontentamento com os líderes nas organizações. Sim, mas o
que isso tem a ver com o trabalho dos gerentes de projeto? Bem, afinal de
contas, os gerentes de projetos fazem seu trabalho liderando pessoas e esse
descontentamento também os atinge. O gerente de projetos precisa liderar. Mas, uma
pergunta pode surgir nesse momento de reflexão: - Liderar, como?
De acordo com a
pesquisa State of Leadership Development 2015 (Estado do Desenvolvimento de Lideranças
2015), da Brandon Hall Group, muitas organizações estão ficando para trás nos seus esforços
para desenvolver os lideres de amanhã! Essa pesquisa mostra que:
·
71% das organizações dizem
os seus líderes não estão prontos para levar a organização para o futuro;
·
36% dizem que as suas
práticas de desenvolvimento de lideranças estão abaixo da média ou são
deficientes;
·
10% acham que os seus
esforços para construir lideranças apoiam os seus objetivos de negócios.
A capacidade de
liderança do gerente de projetos é absolutamente fundamental, lembrando que as
competências de liderança constituem um dos pilares do triângulo de talento do PMI. Segundo o PMI, as competências de
liderança incluem conhecer e saber usar o “brainstorming”, o “coaching” e o
“mentoring”, o gerenciamento de conflitos, a inteligência emocional, a
influência, o ouvir ativamente, a negociação, a resolução de problemas e a
construção de equipes.
E quanto ao seu
gerente de projetos, seria ele (ou ela) bom naquilo que faz? Para saber isso, você pode fazer algumas
perguntas e analisar as respostas. Construa um questionário de perguntas e
submeta aos subordinados diretos do seu gerente de projetos. Inclua também,
como respondentes, os colaboradores da organização no mesmo nível hierárquico,
dando preferência para as pessoas que tem relação profissional com o seu
gerente. Finalmente, não deixe de aplicar o seu questionário ao próprio gerente
de projetos, para ver o que ele pensa à respeito de si mesmo. O questionário
deve ser claro e objetivo, podendo ser preenchido através de uma entrevista
pessoal com cada respondente ou, simplesmente, disponibilizado na Internet,
através de websites com essa finalidade como, por exemplo, o Survey Monkey. Os passos necessários
para carregar uma pesquisa no Survey Monkey podem ser encontrados no post Coletando Dados para o seu TCC – Parte 2.
Então, para conhecer
o seu gerente de projetos mais de perto procure saber o seguinte:
O seu gerente sabe
qual é o papel dele no projeto? Como ele (ela) lidera e trabalha com a equipe?
Ele (ela) atua também, de alguma maneira, como coach ou mentor?
O seu gerente trabalha
para remover obstáculos que atrapalham o trabalho da equipe? Ele (ela) é alguém
que luta pela equipe?
Quando o seu gerente
precisa tomar decisões duras e não populares, ele (ela) faz isso de forma
justa, mantendo o respeito de todos os envolvidos? Ou ele, simplesmente, toma
as decisões sem consultar a equipe?
O seu gerente sabe
reconhecer os pontos fortes de cada um e aproveitar ao máximo o melhor de cada
colaborador?
Nesse processo de
receber o melhor de cada um, há o caminho de volta que significa a ação do
gerente de promover o reconhecimento dos colaboradores com benefícios tangíveis
(como, por exemplo, bônus e aumento salarial) e intangíveis (como, por exemplo,
oportunidades de crescimento profissional e atuar em novos desafios). O seu
gerente é bom para fazer isso ou conseguir que isso seja feito pela organização
para os membros da equipe?
O seu gerente
incentiva o trabalho dos colaboradores? Ou apenas pressiona com prazos e
ameaças?
O seu gerente
encoraja os colaboradores para o sucesso? Ou apenas se preocupa com o próprio
sucesso?
Quando um
colaborador comete um erro o foco do seu gerente é encontrar e punir o culpado
ou em encontrar a fonte do problema, suas causas principais e discutir formas
que evitem que esse erro se repita no futuro?
Quando há alguém na
equipe que sabe mais do que o seu gerente, em uma área particular do
conhecimento, o comportamento do seu gerente é esconder esse fato (reduzindo as
oportunidades desse colaborador, por insegurança e choque de ego) ou é de
celebrar esse fato (divulgando que o alto desempenho do colaborador é vital
para o sucesso de toda a equipe e que outros deveriam buscar ser tão bons
quanto esse colaborador)?
O seu gerente sabe
delegar? Ou ele (ela) é do tipo gerente gargalo e tudo que deveria acontecer,
antes de realmente acontecer, precisa passar por ele (ela)?
Além disso, como
você define o perfil do seu gerente na maior parte do tempo? Autocrático, poder
compartilhado, decisões por consenso, a organização em primeiro lugar, a pessoa
certa no lugar certo, capacitar o crescimento, liderança pelo exemplo ou
paternal? Abaixo estão apresentadas descrições resumidas de cada perfil típico,
embora certos indivíduos apresentem comportamentos que podem se encaixar em
mais de um perfil.
Autocrático - Ele (ou ela) é quem
detêm o poder e toma todas as decisões. É um centralizador que, geralmente, tem
grande dificuldade em aceitar a opinião dos outros, especialmente se essa
opinião é diferente ou entra em conflito com a opinião do gerente. Esse é alguém que
segue o princípio do “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.
Poder compartilhado - Ele (ou ela)
prefere compartilhar o poder e entende que a liderança funciona melhor de forma
descentralizada. Ele (ou ela) é do tipo que identifica os líderes da equipe e
lhes dá autoridade, embora exija sempre ser mantido informado. Ele (ou ela)
prefere se envolver apenas em aspectos cruciais do projeto ou em áreas onde existam
lacunas de conhecimento, trabalhando com um mínimo de interferência e seguindo
a máxima do “deixar as coisas acontecerem e o projeto fluir”.
Decisões por consenso - Prefere liderar
com base no consenso em um ambiente democrático. Isto significa a solução de
problemas e tomada de decisões com base no acordo do grupo. Ao usar essa abordagem,
é essencial dar uma atenção especial aos que ficam em minoria, que podem
influenciar negativamente a comunidade do projeto. É preciso garantir que,
mesmo que possam não concordar com a decisão, eles a apoiem e se comprometam
com a entrega.
A organização em primeiro lugar – Esse é um líder que coloca a organização em primeiro lugar e a
equipe vem em segundo lugar. O modelo mental desse líder funciona assim: "Se
servirmos bem a nossa organização, o nosso sucesso será consequência". Um
colaborador que adia suas férias para terminar uma atividade do projeto ganha
pontos com esse tipo de líder.
A pessoa certa no lugar certo – Esse líder é
capaz de colocar as pessoas certas, na situação certa e no momento certo — e assim
todos podem contribuir nas áreas em que são mais fortes. Isto requer a
capacidade de identificar e diagnosticar problemas rapidamente, identificando o
tipo de problema e o tipo de pessoa ou pessoas necessárias para lidar com o
problema identificado.
Capacitar o crescimento – Esse líder usa
sua posição de liderança para dar à equipe a oportunidade de crescer e brilhar.
Sua frase preferida é “tente novamente, você pode”.
Liderança pelo exemplo - Esse é o líder
que dá o exemplo, fazendo questão de se manter organizado e demonstrar uma postura
ética no trabalho. Um líder que mantém uma atitude positiva e, ao mesmo tempo,
incentiva a equipe no alcance do sucesso e a acreditar ser possível alcançar os
objetivos do projeto.
Paternal – É um líder que coloca a
necessidade das pessoas em primeiro lugar, e é capaz de construir uma equipe
voltada aos relacionamentos. É muito bom em resolver conflitos internos.
Essas são algumas características
que podem ajudar a montar o perfil de um profissional que atue na posição de
gerente de projetos. Bem, é isso aí! Até a próxima.
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Liderança; Gerenciamento de Projetos
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Vencedor do Prêmio PMI 2016
Vencedor do Prêmio PMI 2016: National Synchrotron Light Source II.
Onde foi instalado: No Laboratório Nacional
de Brookhaven, Upton, Nova York, EUA, ligado ao DOE (Department of Energy)
Departamento de Energia dos Estados Unidos da America.
Duração do projeto: 10 anos.
Custo do projeto: US$912 milhões.
O que é: O microscópio de fótons mais
poderoso do mundo, capaz de gerar luz acelerando um feixe de elétrons em torno
de um grande anel.
Foi construído um anel de armazenamento com uma
circunferência de 792 metros que usa 826 grandes ímãs para impulsionar os
elétrons ao longo de um trajeto circular. Em um segundo, cada elétron dá a
volta no anel cerca de 375.000 vezes — viajando a mais de 99% da velocidade da
luz com quase nenhuma vibração. A luz fica cada vez mais brilhante à medida que
os elétrons aumentam a sua velocidade, e são empacotados com maior firmeza. Mas
para que os cientistas consigam ver os materiais em escala nanométrica, o feixe
de elétrons também deve ser incrivelmente estável — vibrando não mais que 25
nanômetros em qualquer direção. E isso é 1.000 vezes menor que o diâmetro de um
fio de cabelo humano.
Benefícios: Realizar pesquisas sobre
armazenamento de alta capacidade e materiais supercondutores que podem
transformar a maneira como se produz e consome energia. Aprofundar o
conhecimento de materiais em nanoescala. Em resumo, o aparelho gera raios X que
permitem aos cientistas ver como, por exemplo, baterias ou células de combustível
se comportam em nível nano durante a operação em condições reais. Essa pesquisa
pode fomentar inovações globais para a saúde e energia.
Fonte: Revista PMNetwork, outubro de 2016, volume 30, número 10.
Fonte: Revista PMNetwork, outubro de 2016, volume 30, número 10.
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
+9 Sugestões de Temas para o TCC do curso MBA em Gestão de Projetos
Mesmo sabendo que o tema a ser tratado no TCC (Trabalho de Conclusão
de Curso) de um curso MBA em Gestão de Projetos deve ser diretamente
relacionado ao trabalho do gerente de projetos ou ser relevante para o
gerenciamento de projetos, muitos estudantes ainda têm dúvidas sobre qual tema
escolher. Eu recebo perguntas sobre isso quase todos os dias, enviadas por meus
alunos e alunas na instituição de ensino que atuo como professor tutor e
orientador de TCC. Da mesma forma, alunos de outras instituições, leitores do
blog, me enviam perguntas sobre o mesmo assunto. Por conta dessa dificuldade,
desenvolvi uma estrutura básica sobre como obter informações úteis e que possam
ser aproveitadas para um artigo de TCC, que gostaria agora de compartilhar.
Notei que muitos estudantes estão trabalhando em organizações que
fazem projetos. Alguns desses são projetos internos, destinados a implementar mudanças
na estrutura organizacional, ou para implantação de um novo sistema, ou no
mapeamento de um processo, ou para atender qualquer outra necessidade da organização.
Há também os projetos destinados à clientes externos, que compraram alguma coisa
e o projeto faz parte do negócio fechado entre essa empresa fornecedora e esse
cliente comprador. Esses estudantes estão lá, ou participando de alguma forma
do projeto como, por exemplo, executando alguma atividade (portanto, mais
próximos da equipe do projeto) ou apenas acompanhando de longe (sem
envolvimento direto).
Muitas vezes o projeto acontece e o estudante não sabe o que deve
observar, onde procurar, que perguntas fazer e o que deve aproveitar dessa
experiência para o seu TCC. O estudante olha para lugares de onde não há muita
coisa a ser coletada para o seu artigo de TCC. Na maior parte das vezes são
coisas importantes para o projeto, mas não para o gerenciamento do projeto.
Se o estudante faz parte da equipe executora de atividades, só pensa
na atividade que desempenha como se isso bastasse. Quem executa costuma propor
como tema do TCC descrever o que ele (ou ela) faz no projeto. Seria como,
falando por exagero, se o pedreiro estivesse propondo como tema do seu TCC
descrever como os tijolos são assentados. Ou, também, como se o programador
estivesse propondo como tema do seu TCC descrever como os códigos do programa
são escritos. Ou, também, como se o pintor estivesse propondo como tema do seu
TCC descrever como as paredes são pintadas. Ou, ainda, como o engenheiro
estivesse propondo como tema do seu TCC descrever como os cálculos estruturais
são feitos. Exemplos como esse podem encher várias páginas e é evidente que
nessa altura do texto considero que me fiz entender.
Ou, em outra medida, o estudante fica tão empolgado com os benefícios
que o projeto consegue trazer para a organização que afirma que “esse é um
projeto de redução de custos e melhoria da qualidade”. Ou ainda é comum ouvir
que “esse é um projeto de promoção da sustentabilidade”. Sim, entendo muito bem, isso tudo é muito
importante. Mas o que o projeto faz ou fez de fato? Não se faz uma EAP (Estrutura Analítica do Projeto) com a
informação dos benefícios de um projeto. É necessário entrar nos detalhes das
entregas e pacotes de trabalho que serão efetivamente executados. Essa é outra
coisa óbvia que, geralmente, costuma ser esquecida.
Então, o que devemos observar em um projeto? Devemos observar os
aspectos importantes relacionados ao tema escolhido para o TCC. Esses são
aspectos relacionados ao trabalho do gerente de projetos. São situações
corriqueiras, com as quais o gerente de projetos precisa lidar. Mais detalhes são
apresentados nos exemplos em destaque.
Onde devemos procurar? O lugar certo é onde está a equipe do projeto,
lembrando que um projeto é feito por pessoas. Assim, uma boa conversa com os
profissionais que participam ou participaram do projeto é um excelente ponto de partida.
É evidente que entrevistar também o gerente de projetos é altamente
recomendado.
Que perguntas devemos fazer? Devemos formular perguntas que nos
permitam descobrir a verdade sobre o que aconteceu no projeto, relacionado ao
tema escolhido para o artigo do TCC.
É de fundamental importância a compreensão de que precisamos nos
comportar como verdadeiros pesquisadores, investigando a realidade pura dos
fatos do projeto, ao invés de buscar uma confirmação tendenciosa sobre aquilo
que nós mesmos achamos ser correto.
Abaixo serão apresentados alguns exemplos que se referem ao projeto
P1, um nome encontrado ao acaso, que pode ser qualquer projeto que esteja sendo
estudado. O projeto em si não é o foco do artigo do TCC, embora seja necessário
apresentá-lo em linhas gerais, para que o leitor entenda sobre o que se está
falando. O que interessa aqui é explorar os elementos do gerenciamento de
projetos ligados ao tema escolhido, bem como as situações que demandam ou
demandaram a intervenção, o esforço e o trabalho do gerente de projetos.
E como seria uma estrutura de capítulos para um artigo de TCC que
obtivesse tais informações? Essa estrutura seria a seguinte:
Resumo
Abstract (versão para o inglês do Resumo)
1-Introdução
2-Fundamentação Teórica
Aqui o aluno descreve resumidamente os conceitos mais importantes
sobre o tema que escolheu para o seu artigo de TCC.
3- O Projeto P1
Aqui o aluno descreve resumidamente o que é o projeto P1, para que
serve e principais benefícios.
4- Título do tema escolhido (ver os exemplos de 1 à 9)
Aqui o aluno explora o tema descrevendo os elementos do gerenciamento
de projetos e as situações que demandam ou demandaram o trabalho do gerente de
projetos. Essa é a parte mais importante do artigo de TCC.
5- Considerações Finais
Aqui o aluno descreve suas conclusões e descobertas.
6- Referências Bibliográficas
......................................
......................................
Muito bem! Dito isso, vejamos agora como tudo se encaixa com alguns exemplos de temas de
TCC para o curso MBA em Gestão de Projetos.
1)- Um Estudo sobre a Gestão da
Equipe no Projeto P1
Elementos do gerenciamento de projetos: Devemos obter a descrição de
cargo dos membros da equipe do projeto e a matriz de responsabilidades (RACI).
Situações que demandam o trabalho do gerente de projetos: Devemos
procurar saber como a equipe foi formada e qual foi seu maior desafio, como foi o trabalho e o grau
de cooperação, como a equipe comunicou a execução das entregas, como eram as
reuniões, se ocorreram conflitos dentro da equipe, conflitos com os membros da direção da empresa,
conflitos com os fornecedores ou conflitos com os clientes, e como tudo isso foi resolvido pelo
gerente de projetos. Que lições a equipe aprendeu trabalhando no projeto?
2)- Estilos de Liderança do Gestor no Projeto P1
Elementos do gerenciamento de projetos: Devemos obter o perfil de
liderança do gerente do projeto.
Situações que demandam o trabalho do gerente de projetos: Como o
líder trabalhou com a equipe no decorrer do projeto, se houve diferenças no
tratamento (relacionamento interpessoal) dependendo da formação e experiência
de cada membro da equipe ou se o tratamento era igual para todos, se houve
impactos no trabalho da equipe em função do comportamento do líder, como foi o
comportamento do líder em momentos de pressão interna e com os clientes, se o
líder pode receber créditos pelos resultados alcançados ou pela falta deles e
por que.
3)- Estudo sobre a Elaboração e Controle do
Cronograma no Projeto P1
Elementos do gerenciamento de projetos: Devemos obter o cronograma do
projeto. Descrever a sequencia das atividades e o caminho crítico do projeto.
Situações que demandam o trabalho do gerente de projetos: Verificar
que ferramenta de software foi usada para criar e controlar o cronograma, se
houve atraso em alguma atividade e os motivos do atraso, se houve mudanças de
escopo e como isso afetou o cronograma, se houve ocorrência de algum risco e
como isso afetou o cronograma, outro motivo que tenha gerado impacto no
cronograma e como o gerente de projetos tratou o problema, se o projeto foi
concluído dentro do prazo previsto, ou se atrasou, quanto foi esse atraso e as
principais razões desse atraso. Devemos identificar se há lições aprendidas em
relação ao gerenciamento do cronograma desse projeto.
4)- O Gerenciamento do Escopo do Projeto P1
Elementos do gerenciamento de projetos: Devemos obter a EAP e o
dicionário da EAP.
Situações que demandam o trabalho do gerente de projetos: Quais as
entregas mais críticas do projeto? Temos alguma entrega que necessita de
fornecedores externos? Como isso impacta a gestão do escopo? Temos alguma entrega
que depende de mão de obra especializada de fora da organização? Como isso
impacta a gestão do escopo? Houve mudanças de escopo durante o projeto? Essas
mudanças foram feitas com base em um processo integrado de mudanças? Que
stakeholders internos e externos pressionaram mais para mudanças de escopo? Quais
os motivos das solicitações de mudança? Quais foram os impactos no projeto (de
custo, tempo, qualidade) dessas mudanças? Como o gerente de projetos tratou as
mudanças no projeto? Como as mudanças de escopo afetaram o trabalho da equipe
do projeto?
5)- A Gestão dos Fornecedores no Projeto P1
Elementos do gerenciamento de projetos: Itens do escopo que foram
comprados no projeto. Identificação dos principais itens, ou itens mais importantes a serem comprados.
Principais critérios de seleção de fornecedores. Resumo do contrato de
fornecimento com fornecedores escolhidos para os itens mais importantes.
Situações que demandam o trabalho do gerente de projetos: Como é ou
foi o desempenho do fornecedor? Houve atrasos e as razões? Houve problemas de
qualidade? Os valores cobrados corresponderam às condições definidas em
contrato? Houve conflitos com o fornecedor e quais os motivos? Como foram as
negociações com o fornecedor? Os problemas com o fornecedor tiveram impactos no
cronograma e no orçamento do projeto? Quais foram esses impactos em tempo e
dinheiro? Como tudo isso foi tratado pelo gerente de projetos? Há lições
aprendidas em relação à gestão dos fornecedores?
6)- As Mudanças e seu Impacto no Projeto P1
Elementos do gerenciamento de projetos: Devemos obter a EAP do
projeto, o dicionário da EAP e o documento de controle integrado de mudanças.
Situações que demandam o trabalho do gerente de projetos: Devemos
levantar as solicitações de mudanças no projeto e identificar as mudanças
aprovadas e implementadas, bem como as mudanças rejeitadas. Que stakeholders (equipe
do projeto, áreas internas da organização, fornecedores ou clientes)
solicitaram mudanças? Quais os motivos e justificativas para as solicitações de
mudança? Como as mudanças foram negociadas? Quais foram os impactos em tempo,
custo e qualidade relacionadas à mudanças no projeto? Como as solicitações de
mudanças foram comunicadas à equipe do projeto? Como as solicitações de mudança
afetaram o trabalho da equipe e o resultado final do projeto?
7)- Um Estudo do Orçamento no Projeto P1
Elementos do gerenciamento de projetos: Orçamento do projeto, cronograma
do projeto, custo estimado dos pacotes de trabalho e de atividades previstos para serem
gastos a medida que o projeto avança seguindo o cronograma planejado. Valores
definidos no plano do projeto para reserva de contingência e reserva gerencial.
Indicadores de controle de custos adotados no projeto.
Situações que demandam o trabalho do gerente de projetos: Fazer a
comparação entre o valor real versus o valor planejado para cada entrega.
Levantar as principais diferenças entre real e planejado, identificando as
razões. Apresentar uma evolução do cálculo dos indicadores de controle de
custos nas diferentes fases do cronograma do projeto. Verificar os planos de
ação do gerente de projetos para corrigir problemas no orçamento do projeto.
Verificar como as reservas de contingência foram usadas. Verificar como a
reserva administrativa foi usada. Há lições aprendidas em relação ao controle
do orçamento do projeto?
8)- Um Estudo sobre a Comunicação no Projeto P1
Elementos do gerenciamento de projetos: Cronograma do projeto, plano
de comunicação do projeto, tabela contendo o que deve ser comunicado para cada
stakeholder (equipe do projeto, gestores da organização, fornecedores,
clientes), como deve ser a comunicação (relatório escrito, planilha Excel,
fotos, slides em Power Point, todos combinados), meio de envio/recebimento da
comunicação (email, carta em papel, reunião presencial, video conferência ou
através de programa de software específico), quando a comunicação deve ser
feita (nos marcos do projeto indicados no cronograma, em datas previamente
definidas, quando solicitado pelos diferentes stakeholders).
Situações que demandam o trabalho do gerente de projetos: Deve ser
verificado se o que está ou foi estabelecido no plano de comunicação está sendo
ou foi cumprido durante a execução do projeto. Se os diferentes relatórios de
andamento do projeto (ajustados para cada tipo de stakeholder) estão sendo
feitos pela equipe e enviados para os diferentes stakeholders, nos prazos
corretos, formatos acordados e através dos meios previamente definidos. Se a
informação que os clientes precisam enviar para a equipe do projeto está sendo ou foi
enviada. Se a informação que os fornecedores precisam enviar para a equipe do
projeto está sendo ou foi enviada. Se existem problemas de comunicação e como esses
problemas afetam o projeto. Como o gerente de projetos tratou ou está tratando
tudo isso. Há lições aprendidas em relação à comunicação no projeto?
9)- A Identificação e Análise Qualitativa de
Riscos no Projeto P1
Elementos do gerenciamento de projetos: Devemos obter o plano de
gerenciamento de riscos do projeto incluindo, no mínimo, a relação dos riscos
identificados, a análise qualitativa dos riscos, com a respectiva tabela de
impacto x probabilidade e, consequentemente, as ações de tratamento dos riscos
identificados. Deve ser registrado se a organização que faz o projeto não tem
cultura de gerenciamento de riscos e que esses elementos não estão presentes.
Situações que demandam o trabalho do gerente de projetos: Devemos
verificar se e como os riscos foram monitorados durante a execução do projeto.
Verificar em cada etapa do projeto quais os riscos críticos que merecem ou
mereceram maior atenção. Se houve ocorrência de algum risco e que ações foram
tomadas para tratar esse risco. Entender os impactos, do ponto de vista da
qualidade, dos prazos e dos custos, da ocorrência desse risco no projeto.
Verificar se ocorreu um risco “novo”, que não faz ou fez parte da lista de
riscos inicialmente identificados e, para esse risco “novo”, compreender porque
isso aconteceu. Como o gerente de projetos tratou ou está tratando tudo isso.
Devemos identificar se há lições aprendidas em relação ao gerenciamento de
riscos desse projeto.
Os
exemplos de temas de TCC mostram que elementos (documentos, informações)
precisam ser obtidos para cada tema escolhido e que perguntas devem ser feitas
- para o pessoal da equipe do projeto e para o próprio gerente do projeto - objetivando
aprofundar cada tema. Se o estudante conseguir as respostas para essas
perguntas terá adquirido a matéria-prima necessária para elaborar o seu artigo
de TCC. Bem, é isso aí! Até a próxima.
Marcadores:
Gerenciamento de Projetos; Temas de TCC.
sábado, 5 de novembro de 2016
Um Vampiro Emocional na Equipe do Projeto
Não há nada de
sobrenatural nos vampiros emocionais. A questão é que quando alguém é identificado
como um vampiro emocional é porque existe uma clara percepção de que essa
pessoa tem a tendência de drenar a energia emocional das pessoas que com ela estão
em contato.
Elas fazem isso de várias formas e seu comportamento costuma simplesmente
nos deixar cansados. As pessoas extremamente egocêntricas e narcisistas são típicos
vampiros emocionais. Podemos incluir também nesse grupo os paranoicos com mania
de perseguição. O desafio aqui é conseguir identificar tais indivíduos e isso
não é simples, uma vez que essas pessoas não agem assim o tempo todo!
São
características dos vampiros emocionais nos deixar exaustos, necessitar de
atenção constante e sempre ter alguma crise na vida. Só isso já não é pouco.
Basta imaginar o convívio com alguém assim!
Todos os
vampiros emocionais sofrem de baixa autoestima, mas nem todas as pessoas com
baixa autoestima são vampiros emocionais. A baixa autoestima se manifesta de
formas diferentes de pessoa para pessoa, e vampiros emocionais são pessoas com
um subconjunto específico de características de autoestima.
Os vampiros
emocionais apresentam três características específicas simultaneamente:
·
Uma necessidade excessiva de
validação e atenção dos outros;
·
A crença de que pouco ou nada do
que ocorre é culpa deles;
·
A incapacidade de reconhecer os
seus padrões autodestrutivos.
Necessidade excessiva de validação e atenção
As
conversas com vampiros emocionais são invariavelmente dominadas por eles e
elas. Como eles e elas são “incríveis”, ou como “todos querem ser como” eles e
elas! Há também as conversas de “como todos os/as odeiam”. Tudo gira em torno
de seus enormes e delirantes egos. Os vampiros emocionais costumam achar que
são muito mais do que realmente são! A frase seguinte é um bom exemplo:
“- Todos
na equipe querem trabalhar comigo, mas eu falei para o chefe que não posso ficar
perto do Carlos”.
Por um lado a ilusão de ser o melhor (“todos na equipe querem
trabalhar comigo”) e, ao mesmo tempo, dizendo que isso não acontece porque a
culpa é dos outros (“não posso ficar perto do Carlos”). Também pode surgir a seguinte frase durante uma conversa
com esses vampiros:
“- Ninguém, na viagem do treinamento, quis ficar no grupo
comigo. Elas trabalharam entre elas, porque são mais bonitas do que eu”.
Absolutamente patético essa manifestação
de que “sou uma pobrezinha vítima” que anseia por uma declaração dos colegas do tipo: “ - Coitadinha, ninguém
gosta dela”. Essa necessidade excessiva para a validação e atenção é o que
empurra as pessoas para longe do vampiro emocional. A constante necessidade de
afirmação drena a energia e a paciência das pessoas. Os altos e baixos
emocionais, os sucessos dramáticos e os fracassos, são todos muito cansativos e
a maioria das pessoas não está disposta a tolerar tais comportamentos.
Crença de que pouco ou nada do que ocorre é culpa deles
A excessiva carência dos vampiros emocionais provoca
reações negativas nos outros e leva as pessoas para longe deles. Mas, em vez de
considerar que as pessoas responderam negativamente em relação a eles pelo que
disseram ou fizeram, preferem acreditar que todos aqueles que os rodeiam são
idiotas, racistas, intolerantes, rudes, frios e muitos outros adjetivos. A culpa
é sempre dos outros, nunca deles.
Os vampiros emocionais não cometem erros, nunca estão
errados, e seus motivos são sempre puros. As outras pessoas sempre os avaliam
de forma injusta. Os vampiros emocionais não assumem qualquer responsabilidade
por seu próprio comportamento, especialmente quando este leva a consequências
negativas.
Incapacidade de reconhecer os seus padrões autodestrutivos
Alguém poderia pensar que um vampiro emocional acabaria
por começar a detectar o padrão de comportamento em que vivem, em uma linha de
raciocínio que seria a seguinte: - Certos comportamentos causam determinadas reações
nas outras pessoas. Eu faço coisas que desagrada todas as outras pessoas. Como
essas reações não são agradáveis, então, talvez eu devesse fazer um exame dos
meus comportamentos e crenças. Afinal, a única constante no relacionamento com
todos os outros sou eu!
Isso
parece óbvio, mas raramente ocorre com um vampiro emocional. Ele ou ela não é
capaz de ser honesto consigo mesmo e aceitar a responsabilidade por suas ações.
Eles e elas precisam de um bode expiatório, de alguém para levar a culpa.
Sempre que algo dá errado, a culpa é de alguém que está contra eles. Há sempre
uma conspiração contra eles, que os atinge por meio de "invencionices" como, por
exemplo, a “perseguição do chefe”, a “inveja dos colegas do escritório” e, até
mesmo, os “maus tratos da família”. Esse é o jogo interminável dos vampiros
emocionais, o jogo de jogar a culpa nos outros.
E aqui devemos
ressaltar como isso é malígno para a equipe do projeto. Afinal, espera-se dos
membros de uma equipe de projetos que assumam responsabilidades e respondam por
seus erros e acertos. Isso é básico e elementar. Bem, é isso aí. Até a próxima.
Fonte: BERNSTEIN, A. J. Emotional Vampires: Dealing
with People who Drain you Dry. 2nd. Edition. USA-New York: Mc
Graw-Hill, 2012.
ISBN:
978-0-07-179096-3
Disponível parcialmente em
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
Abordagens Ágeis nas Organizações
Na edição de agosto de 2016 da revista PM Network, citando
a pesquisa “The 10th Annual State of Agile Report”, é comentado que “as
abordagens ágeis foram muito além das startups – que tornaram-se um lugar comum
em organizações de desenvolvimento de software de todos os tamanhos. Mas a
maturidade dessas práticas varia".
Marcadores:
Abordagens Ágeis; Gerenciamento de Projetos
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
sábado, 22 de outubro de 2016
Lição de Casa (Parte 8)
Mais
uma vez recomendo que você tente resolver os exercícios de fixação sobre
gerenciamento de projeto. Isso o ajudará a sistematizar seu aprendizado e
aprofundar seus conhecimentos. Em breve serão postadas as respostas das
questões aqui propostas. Boa sorte!
Questão 16 –
Durante a reunião de progresso do projeto o gerente informa que, com base em
cálculos recentes, o projeto mostrava um IDC de 1,4 e um IDP de 0,81. Tendo
isso em mente, o que mais preocupa a equipe do projeto?
A) Atraso no
cronograma
B) Perda de
recursos
C) Estouro no
orçamento
D) Surgimento
de conflitos
E) Degradação
da qualidade
Questão 17
– A ferramenta que auxilia a concentrar a atenção nas questões mais críticas e
priorizar as causas possíveis de um problema é o:
A) Histograma
B) Check list
C) Fluxograma
D) Gráfico de
controle
E) Diagrama de
Pareto
Questão 18
– Devido a sua importância, o trabalho relacionado à operação e manutenção
contínua deveria:
A) Ter uma fase
separada no ciclo de vida do projeto
B) Ser
executado durante o encerramento do projeto
C) Ser
executado durante a iniciação do projeto
D) Simplesmente
ser visto não como parte de um projeto.
E) Simplesmente
ser visto como parte de um projeto.
terça-feira, 18 de outubro de 2016
O Ser Humano é Complicado
Abelhas são incrivelmente organizadas, trabalhando incansavelmente
para o bem da colmeia. Elas fazem isso porque são geneticamente criadas para tal
e seguem sua programação sem dúvida, questionamento ou culpa. Elas seguem o caminho
que lhes foi traçado desde seu nascimento. As pessoas não são abelhas e é
difícil lidar com elas.
O
ser humano é complicado, certo? Certíssimo. Como pode alguém, em 2016,
concorrendo ao cargo mais importante do planeta, ou seja, o de presidente dos
Estados Unidos da America, fazer comentários grosseiros e vulgares sobre a
própria filha, criticando-a por “ter relações sexuais com mulheres durante seu
ciclo menstrual”? Esses comentários sobre as
mulheres fazem a imprensa norte-americana citar essa pessoa como um homem com
tendências à misoginia, ou seja, alguém com ódio ou aversão às mulheres.
Estamos falando do Sr. Trump, candidato do partido republicano. Me parece
que é o que ele pensa. Mas não é só isso. Basta prestar atenção às declarações
do Sr. Trump e verificar que ele não gosta de negros, hispânicos
e nem de estrangeiros, especialmente os mais pobres, que propôs construir um
muro para separar os Estados Unidos do México (e que enviaria a conta para os
mexicanos pagarem), que afirmou que um militar americano morto em combate não
deveria ser considerado herói, e tantas outras bobagens. Ele joga na mesa do
debate político fortes sinais de intolerância e preconceito e oferece em troca
os empregos que os americanos tanto anseiam. Apesar da história ter mostrado,
em diferentes partes do mundo, exemplos de que esse tipo de liderança não
produz bons resultados, há gente que concorda com ele. O resultado das urnas
nas próximas eleições norte-americanas nos dirá se esses são ou não a maioria.
Martin Luther King disse que aprendemos a
voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como
irmãos.
Vivemos
em tempos de ódio, desconfiança e intolerância, presente em todas as partes.
Com frequência recebemos notícias sobre ataques homofóbicos nas cidades
brasileiras, mostrando que há grupos que não aceitam as diferenças de religião,
cor da pele, opção sexual e tantas outras que nos distinguem como raça humana.
Mas não é só por aqui que isso acontece. Em setembro/2016, foi noticiado na
Inglaterra que uma mulher teve seu hijab
puxado para baixo por um homem. O ataque, que ocorreu em uma
movimentada rua de Londres, foi motivado por intolerância racial. A vítima, de
20 anos de idade, não se feriu, mas ficou chocada e angustiada pelo que
aconteceu, conforme foi informado pela polícia. Esse
tipo de perseguição contra as mulheres, por diferentes motivos e desculpas, já
acontece há muito tempo. As fotos abaixo falam por si só!
Um homem de 46 anos encontrou R$ 11 mil dentro de um envelope e
decidiu devolvê-lo ao dono, um empresário de Ji-Paraná (RO). Segundo
Francisco Claudio, que está desempregado há 5 meses, toda história começou no
dia 13 de maio, quando ele ficou sabendo por meio da TV local que um
comerciante havia perdido mais de R$ 10 mil em uma avenida. Ao saber da
informação, o homem foi ao endereço para tentar encontrar o envelope. “Fiquei
pensando como o dono estava se sentindo e isso me motivou a procurar o dinheiro
para devolver”, afirmou ao portal G1.
Agora, em matéria de cara de pau temos um vizinho que
parece imbatível. Deu no website da revista
Veja o seguinte: “No dia em que o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, recebeu o Nobel
da Paz, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criou
um Prêmio da Paz ‘alternativo’, em homenagem ao antecessor Hugo Chávez, e
anunciou o vencedor: o mandatário russo Vladimir Putin”. Inacreditável!!!
Agora, aqui entre nós, a quem ele quer enganar?
Mas ainda temos mais um
“torpedo” vindo da Inglaterra. Foi anunciado que o governo abandonou seus planos de forçar as empresas a revelar
quantos funcionários estrangeiros tinham, em face da condenação generalizada e
de acusações de que essa política era semelhante a tatuar trabalhadores
"com números em seus antebraços". Eles estavam pensando nisso mesmo?
Fala sério! Os nazistas, literalmente, fizeram isso com os judeus, nos campos
de concentração. Fontes do governo britânico disseram que a informação seria
confidencial, usada para identificar as competências disponíveis e não para
envergonhar as empresas que dependem de trabalhadores estrangeiros. Parece
coisa do "Grande Irmão", do livro 1984 de George Orwell. Que direito
eles acham que tem pra se meter na vida dos outros? O jornalista, ensaísta e
romancista britânico George Orwell publicou o livro 1984 no ano de 1949. O
livro denunciou as mazelas do totalitarismo e tornou-se um dos mais influentes
romances do século 20.
Mahatma Gandhi afirmava que
a força não provêm da capacidade física. Provêm de uma vontade indomável. E
ensinava que nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o
desejo de vencer. E que o futuro dependerá daquilo que fazemos no presente.
Um
gari, que recebe menos de dois salários mínimos para trabalhar oito horas por
dia, seis dias por semana, deu uma prova de honestidade e nobreza. Enquanto varria as ruas de Uruguaiana (649 km
de Porto Alegre), na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, ele achou um cheque,
em branco e assinado. Mais que depressa, o rapaz de 25 anos, pai de dois filhos,
fez o que deveria ser natural a qualquer pessoa: devolveu ao dono.
Um taxista de Brasília encontrou dois mil
dólares em notas de 50 dentro de uma mochila deixada por um passageiro no
banco de trás do carro. O condutor, Maurício Quirino, conta que não hesitou em
devolver a quantia para o dono, que havia embarcado no táxi, no aeroporto, na
noite anterior. Taxista há 30 anos, Quirino relata que deixou o
passageiro, um homem, segundo ele, bastante sério, na Octogonal. A corrida
custou R$ 40.
Eu
não poderia deixar de citar a entrevista do professor Clovis de Barros Filho à revista Isto
É, cuja chamada foi: “Hoje, há uma espécie de proliferação
da canalhice”. O professor Barros Filho afirma que “do ponto de vista de ganhos
e perdas, toda vitória do canalha é negativa. O benefício obtido pelo canalha
não compensa o prejuízo que a canalhice acarreta junto aos demais. Toda
iniciativa canalha, tomando para si patrimônio público é contabilizada como
prejuízo. É uma perda social ininterrupta e despotencializada, fragilizada pelo
triunfo de dois ou três. Estamos assistindo uma transformação da sociedade
brasileira que parece mais consciente da necessidade de buscar soluções do que
procurar repetir iniciativas canalhas”.
Nelson Mandela acreditava que ninguém nasce odiando outra
pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para
odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem
ser ensinadas a amar.
Como é difícil sobreviver nos dias de hoje, no
meio de tanto ódio, preconceito e medo! Ou talvez seja melhor dizer que ainda
vivemos em uma selva, um verdadeiro inferno selvagem, que sempre esteve
presente, e no qual a sobrevivência continua sendo muito difícil. Ou ainda
melhor, talvez devêssemos copiar Sartre (filósofo Frances, 1905-1980) e
concluir que o inferno são os outros, idiotas de plantão que nos irritam com
sua canalhice. O leitor atento notou alguns bons
exemplos que apareceram nesse texto. Isso porque, apesar de tudo, sim, há ainda
bons exemplos que nos orgulham de pertencer a raça humana.
Não é possível, simplesmente, se livrar dos outros.
Como fazer isso se vivemos coletivamente em sociedade? O ser humano é realmente
complicado e isso torna a relação com as pessoas um sério desafio. Portanto,
ter as ferramentas que possibilitam lidar com as pessoas, que nos ajudam a
conviver com seus defeitos e também com suas virtudes, é uma parte crítica que
aumenta as chances de solução dessa equação complicada. E tudo começa com as
nossas escolhas, sobre quem são nossos amigos e colegas. Sim, os colegas nem
sempre podemos escolher, mas devemos saber identificar quem é quem! Bem, é isso
aí. Até a próxima.
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