A
redução de custos tornou-se um mantra na grande maioria das empresas e ficou ainda mais crítica em função
da competição feroz que surgiu com a globalização. Quando uma empresa decide
reduzir custos precisa mapear cada pedaço de sua operação e entender que ações
concretas devem ser implementadas. Algumas ações serão facilmente e rapidamente
implementadas, já outras serão mais difíceis e lentas. É evidente que cada caso
é um caso que precisa ser visto bem de perto. Muitas vezes a redução de custos
em um setor do processo representará um pequeno impacto no que se deseja
alcançar, mas sempre será uma contribuição para o todo.
Para
início de conversa, é razoável pensar em conseguir mão de obra mais barata para
reduzir os custos de produção. Isso tem feito sentido desde os primórdios do
capitalismo. Esse pressuposto fez muitas empresas transferirem sua produção para
a China e outros países nessa região do planeta. Pensando nas empresas tupiniquins e mesmo nas
estrangeiras operando em solo brasileiro, há exemplos de empresas que transferiram
suas fábricas na região do ABC paulista para cidades com menos presença e
interferência de sindicatos de trabalhadores. Essas empresas “fugiram” dos
sindicatos buscando redução de custos. Afinal de contas, os sindicatos de
trabalhadores costumam ter poder de barganha e capacidade de negociar melhores
condições salariais e outras vantagens para os trabalhadores que, na ponta do
lápis, representam custos adicionais para as empresas.
A
redução de custos também ocorre quando se moderniza uma fábrica, com maquinário
avançado, capaz de produzir mais, em menos tempo e com menor custo de operação
e manutenção. É quase uma regra que uma máquina mais nova deve ser mais econômica
do que sua versão anterior, pois ter custo menor é parte integrante de qualquer
melhoria que se queira implantar em uma empresa. Em outras palavras, melhorias
caras não são bem vindas!
Se
um robô entra nessa equação, haverá também a eliminação da necessidade de mão
de obra. Um robô costuma ser caro, mas
seu alto custo pode ser compensado com a redução de custos da mão de obra e
outros custos derivados de erros humanos que essa mão de obra pode causar.
Afinal de contas, errar é humano! Já os robôs, se bem programados, ajustados e
mantidos, poderão funcionar fazendo sempre o que lhes é determinado, sem
reclamações ou choramingos.
Não
menos importante, as ações de redução de custos nas empresas deverão considerar
o redesenho e otimização de seus processos, pois afinal se algo é produzido,
isso ocorre através de um processo. Em muitos casos a redução de custos será alcançada
apenas com a melhoria dos processos existentes na organização. E isso não é
pouco!
Há
várias maneiras de reduzir os custos da operação de uma empresa que podem considerar
os tópicos acima mencionados, além de outros, usados separadamente ou em conjunto. O que
vamos fazer agora é olhar mais de perto como isso foi feito para o segmento das
empresas aéreas, que levou ao surgimento das empresas aéreas de baixo custo.
Segundo
o Wikipédia, “uma empresa aérea de baixo custo (low cost airline) oferece
baixas tarifas eliminando custos derivados de serviços tradicionais oferecidos
aos passageiros, baseando-se na simplicidade do serviço sem distinção de
classes. O conceito teve origem nos Estados
Unidos e popularizou-se na Europa
durante os anos 1990, tudo graças à liberalização do setor
dos transportes aéreos no mercado norte-americano iniciada em 1978”. Portando,
a existência de empresas aéreas de baixo custo não é uma novidade.
Por
um lado temos empresas de primeira linha como, por exemplo, as europeias
Lufthansa, Air France e British Airlines, que sofrem forte competição de
empresas de baixo custo como, por exemplo, a Ryanar, a Easyjet e a Southwest. O
que é interessante entender é o que as empresas aéreas de baixo custo fizeram
que lhes deu vantagem competitiva. De acordo com dados do documento “Variations
in Airport Charges” de dezembro de 2005, há aspectos chave que devem ser
observados, como os apontados na tabela abaixo:
- Clique para Aumentar a Tabela - |
O que cada parte significou na redução de custos:
Maior densidade de assentos: 16%
Maior utilização da aeronave: 3%
Menor custo da tripulação: 3%
Aeroportos mais baratos: 6%
Tipo único de aeronave: 2%
Custo mínimo de estação: 10%
Nenhum custo com refeições: 6%
Nenhuma comissão para agentes de viagem: 6%
Menor custo de vendas e reservas: 3%
Menor custo da administração: 2%
Deu
pra ver que não tem mágica. Cada aspecto tem um pêso dentro da estratégia de
redução de custos. Bem, é isso aí. Até a próxima!
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