Qualquer
projeto precisa de uma boa equipe para ser implantado com sucesso. Muitas
organizações gostariam de contar com equipes de alto desempenho para maximizar
suas chances de ser bem sucedidas. Sim, as organizações precisam de boas equipes uma vez que o projeto é feito por pessoas. O projeto não é feito por um super funcionário, por alguém que faz tudo e seja do tipo multitarefa. Afinal de contas, já vimos que no nosso mundo real esse super funcionário, o tal fulano multitarefa, não existe. Então, o que estamos reforçando mais uma vez é que as organizações precisam de boas equipes para seus projetos e gostariam de contar na maior parte das vezes com equipes de alto desempenho.
Com quantos sapos se faz um príncipe? |
Isso é tão importante que o gerenciamento
dos recursos humanos é uma das áreas de conhecimento do guia PMBOK e o Prince2,
em sua organização, define uma estrutura organizacional considerada crucial
para o sucesso do projeto. Um projeto precisa saber para onde vai, ser bem
gerenciado, possuir bons controles e permitir uma comunicação eficaz (RIBEIRO,
2011). É preciso ter uma equipe de gestão competente e as pessoas que executam
cada tarefa no projeto precisam ser corretamente selecionadas, tendo a
competência e experiência requeridas. Caso contrário, não será possível alocar
as pessoas certas para executar corretamente seu trabalho. Afinal de contas,
nem com todos os beijos e agrados alguns sapos serão capazes de se tornar príncipes.
Além disso, as pessoas precisam trabalhar bem, juntas, cooperando e ajudando-se!
Para os
métodos ágeis não é diferente. No artigo de Gomes (2013), são citadas várias
características muito importantes para as pessoas que trabalham em uma equipe
eficaz. São elas:
·
Eu sei o que preciso
fazer e os objetivos da equipe são claros;
·
Todos assumem certo grau
de responsabilidade pela liderança;
·
Existe participação
ativa de todos;
·
Eu me sinto valorizado e
apoiado pelos outros;
·
Os membros da equipe me
escutam quando eu falo;
·
Diferenças de opinião
são respeitadas;
·
Nós gostamos de
trabalhar juntos e achamos nosso convívio prazeroso e divertido.
Estamos
falando de trabalho em equipe no qual se espera o alcance de bons resultados
para o projeto. A questão é que, embora seja fácil falar, conseguir tudo isso é
muito difícil.
Pfeiffer
(2006) defende que com relação ao trabalho coletivo, é importante lembrar que
apenas juntar um grupo de pessoas não as torna automaticamente uma equipe. E
complementa afirmando que por isso, as equipes precisam ser construídas e
desenvolvidas. Nesse processo, a confiança é um elemento-chave, embora não o
único, para o bom desempenho de equipes.
Sobre a
confiança, Lencioni (2015) afirma que esta é a base de uma equipe coesa e
funcional. Sem ela, o trabalho em equipe é simplesmente impossível. Detalhando
um pouco mais, esse autor destaca que no contexto da construção de uma equipe,
confiança é a certeza, entre seus membros, de que todos têm boas intenções e de
que não há motivos para ficar na defensiva ou ter reservas em relação ao grupo.
Se existe falta de confiança, os membros da equipe poderão apresentar
comportamentos como:
·
Esconder suas fraquezas
e erros;
·
Hesitar em pedir ajuda;
·
Hesitar em oferecer
ajuda;
·
Não reconhecer ou explorar
as experiências e habilidades uns dos outros;
·
Perder tempo e energia
controlando o próprio comportamento para causar boa impressão;
·
Guardar mágoas;
·
Tirar conclusões precipitadas
sobre as intenções dos outros, sem tentar esclarecê-las;
·
Encontrar motivos para
evitar ficar junto dos colegas.
Tudo
isso significa baixar a guarda e mostrar-se aos outros sem proteção. Talvez exatamente
por isso construir a confiança na equipe seja tão difícil.
Mas,
difícil não quer dizer impossível. O gerente de projetos deverá fazer um
esforço – que inclua, por exemplo, a aplicação das técnicas de facilitação
estudadas por Pfeiffer (2006) ou vencendo as disfunções apontadas por Lencioni
(2015) - para que isso aconteça. O foco é a construção de uma equipe de alto
desempenho para o projeto.
Vargas
e Nir (2014) ressaltam que qualquer líder que constrói uma equipe de alto
desempenho é seletivo com as pessoas que ele deixa permanecer no seu time. Há
pessoas que simplesmente não se encaixam, seja por sua falta de
comprometimento, por sua falta de conhecimento ou até mesmo pela sua falta de
ética no ambiente de trabalho. Não importa muito qual seja a razão; o líder
deve ser capaz de identificar essas pessoas e movê-las para fora de seu time. Bem, é isso aí! Até a próxima.
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LENCIONI,
P. Os 5 desafios das equipes. Rio de
Janeiro: Sextante, 2015.
GOMES, F. Teoria de gestão de equipes aplicado ao Scrum. 2013. Disponível em <http://www.devmedia.com.br/teoria-de-gestao-de-equipes-aplicado-ao-scrum/28645>.
Acesso em 03 jan. 2017.
PFEIFFER,
P. Facilitação de projetos: conceitos e
técnicas para alavancar equipes. Rio de Janeiro: Brasport, 2006.
RIBEIRO,
R. L. O. Gerenciamento de Projetos com
PRINCE2. Rio de Janeiro: Brasport, 2011.
VARGAS,
R., NIR, M. Construindo times altamente
eficazes: como transformar equipes virtuais em redes profissionais eficazes e
coesas. Rio de Janeiro: Brasport, 2014.
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