domingo, 29 de janeiro de 2017

Lição de Casa (Parte 9)


Encontre abaixo mais alguns exercícios de fixação sobre gerenciamento de projetos. Recomendo que você tente resolve-los! Essa atividade irá ajudar na sistematização do seu aprendizado e no aprofundamento dos seus conhecimentos. Em breve serão postadas as respostas das questões aqui propostas. Boa sorte!

Questão 19 - Como gerente de projetos, Ronan atua em vários projetos na empresa em que trabalha. Um dos projetos de Ronan está com o orçamento estourado em 15%, mas Ronan tem um outro projeto que conseguiu economizar 25% do valor orçado. Ronan decide então transferir algum dinheiro do projeto com superavit para cobrir o projeto deficitário e relata que ambos os projetos estão perfeitamente dentro do orçamento. Isto é contra o código de ética do PMI e é chamado de:
A) Gestão não ética
B) Adulteração do orçamento
C) Relatório fraudulento
D) Ajuste contábil
E) Nivelamento de custos
Questão 20 – Marília está gerenciando um importante projeto que irá criar uma nova linha de produção. Ela acabou de descobrir que um dos principais fornecedores tem a reputação de atrasar as  entregas de seus produtos, sendo que esse atraso, se confirmado, causará perdas para o projeto. Por conta disso, Marília decide contratar um fornecedor mais confiável para ______ o risco.
A) Mitigar

B) Aceitar
C) Aproveitar

D) Transferir

E) Evitar

Questão 21 - O caminho crítico é:
A) O tempo necessário para concluir o projeto, completando apenas as atividades críticas
B) A sequencia de atividades indicada na estrutura analítica de riscos

C) A diferença entre a hora de término e a hora de início do projeto

D) A sequência de atividades que representa o caminho mais longo através de um projeto, que determina a menor duração possível do projeto

E) A sequência de atividades que representa o caminho mais curto através de um projeto, que determina a duração máxima possível do projeto 
Questão 22 - Alguns gerentes acreditam que as pessoas não trabalham de bom grado e devem ser observadas e gerenciadas continuamente. Esses gerentes são representados na:
A) Teoria X

B) Teoria Y
C) Teoria W

D) Teoria XY

E) Teoria V
Questão 23 - O custo de um consultor é de $25,00 por hora. Dois consultores trabalhando por 10 horas custarão $500,00. Este é um exemplo de:
A) Estimativa analógica

B) Estimativa paramétrica

C) Estimativa de três pontos
D) Estimativa incorreta

E) Estimativa ascendente
Questão 24 – O salário de funcionários em tempo integral e o custo de hardware comprado especialmente para o seu projeto devem ser contabilizados como:
A) Custos diretos

B) Custos indiretos

C) Custos do projeto
D) Despesas diretas

E) Despesas indiretas
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Duas Questões para Reflexão


A realidade ganha do currículo!

É duro quando temos um colega que fica se gabando de seus cursos, certificações e outros títulos. O sujeito tem mestrado na USP ou em Harvard e fica nos lembrando a todo instante que é MBA, Itil, Cobit, MCPS, PMP, Six Sigma Black Belt, etc e tal. Bom para ele, se o referido cidadão tem “garrafa pra vender”, como se dizia na gíria carioca de antigamente. Bom para a organização igualmente, se esse profissional desempenha bem o seu trabalho. Mas, é evidente ser absolutamente desnecessário alguém ficar nos lembrando de seus títulos à todo momento. É importante entender que além dos diplomas o profissional precisa entender do trabalho real e isso só se consegue com a experiência. Muitas vezes encontramos excelentes profissionais com resultados comprovados no campo de batalha do trabalho real e diário das organizações, cujo currículo mostra uma faculdade não classificada como de primeira linha. Eu já vi muito isso e gostei toda vez que vi. Eu já vi colegas buscando e conseguindo superar dificuldades através do esforço e dedicação. Ser diplomado em uma faculdade de primeira linha e conseguir as certificações que são valorizadas no mercado é excelente para o currículo de qualquer profissional, sem dúvida nenhuma. Mas, o que se entrega no trabalho real vai ganhar sempre do currículo.


O mais difícil em um chefe difícil

Acho que todo mundo já experimentou conviver com um chefe difícil na sua vida profissional. As empresas estão cheias dessas pessoas. São aqueles chefes muito exigentes que ficam cobrando resultados e mais resultados o tempo todo. Para o subordinado de um desses indivíduos nunca é fácil suportar tanta pressão. Parece que as empresas gostam desse tipo de chefe e, pensando naqueles gerentes que desejam subir na estrutura hierárquica, é bom ser visto como um chefe difícil, durão e cobrador. Nada contra se você – subordinado desse chefe - entende o que está acontecendo, se você é informado sobre o que se espera do seu trabalho e qual deve ser a sua contribuição para o sucesso do projeto. O problema é quando isso não acontece! Dentre os chefes difíceis, aqueles que para mim foram os mais difíceis de trabalhar foram os que não costumavam dizer o que era esperado e qual deveria ser a minha contribuição para o sucesso daquilo que estávamos fazendo. Nunca é agradável trabalhar em completa escuridão e correndo o risco do trabalho terminar com uma surpresa desagradável. Em outras palavras, nada contra um chefe que desafia a sua equipe e exige resultados. Mas, além disso, o chefe precisa reconhecer o seu papel de líder que sabe valorizar sua equipe, que é capaz de prover as informações e ferramentas necessárias para o trabalho e não menos importante, ser alguém que sabe definir claramente o que se espera do trabalho e qual deve ser a contribuição de cada membro da equipe para o sucesso do projeto.

Agora faça seu comentário ............

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Sobre o Analista de Negócios e o Gerente de Projetos

Não é novidade que as organizações, por conta do ambiente competitivo, estão procurando alternativas que as mantenham no mercado. Competir significa lutar para sobreviver e superar os concorrentes.
Isso implica em fazer mudanças, de menor ou maior amplitude, em suas estruturas, geralmente através de projetos. Os projetos são criados para atender a um requisito do cliente, atender a uma demanda do mercado, atender a uma necessidade do negócio, propiciar um avanço tecnológico ou atender a uma exigência legal. Em algumas situações o projeto é trazido pelo próprio dono da empresa ou gestor principal da organização e ganha a designação de vaca sagrada. Um projeto vaca sagrada tem a clara vantagem de possuir o comprometimento dos níveis mais altos na hierarquia da organização. Há projetos cuja aceitação é unânime, pois a necessidade de sua implementação é imperativa. São exemplos de projetos classificados como de necessidade imperativa a reforma de prédios, troca de fiação elétrica e implantação de sistemas de segurança, onde cada caso pode estar associado ao risco de recebimento de multas ou mesmo de fechamento por conta de condições inadequadas para funcionamento. Além desses casos, devemos citar os projetos que são escolhidos para ser executados por conta dos benefícios tangíveis (por exemplo, retorno financeiro) que se espera trarão para a organização. Portanto, para que um projeto agregue valor para a organização, seu resultado deverá resolver um ou mais problemas ou satisfazer uma ou mais necessidades dessa organização, devendo estar alinhado à sua estratégia geral.

Atuando como agente de mudança na organização o gerente de projetos deve agir em duas frentes. Por um lado, precisa trabalhar de forma que o projeto impacte da menor forma possível (não atrapalhe) os processos e rotinas de trabalho, sabendo usar as regras da organização para benefício do projeto. Por outro, deve estabelecer relações com as demais partes envolvidas e interessadas presentes na organização para que o projeto seja compreendido e apoiado.

O projeto, quando concluído, deverá gerar os benefícios previstos no business case, que estabelece as condições necessárias de execução do projeto e os resultados esperados do mesmo. É o que se espera como retorno pelo tempo, pelo esforço e pelo dinheiro nele investidos.

Quando falamos em condições necessárias de execução estamos considerando, por exemplo, o aumento da demanda dos clientes, os custos de insumos, a disponibilidade de mão de obra, o acesso à tecnologia, a capacidade dos fornecedores, a taxa de câmbio, a disponibilidade de financiamento à taxas de juros vantajosas, as condições políticas, dentre outras condições. Essas são condições que dão suporte ao projeto, consideradas como premissas do projeto, ou seja, “verdades” que permanecerão, ou mudarão muito pouco, até a conclusão do projeto. São condições críticas, uma vez que mudanças nessas condições, dependendo de sua magnitude, poderão inviabilizar o projeto. Obviamente, as mudanças para melhor serão sempre bem vindas!

Em projetos de curta duração tais mudanças são mais improváveis de ocorrer. Todavia, nem todos os projetos são rápidos de algumas poucas semanas, com baixa probabilidade de ocorrência de mudanças nas condições necessárias apontadas acima. Por isso, em momentos específicos do projeto, geralmente ao final de cada fase, é preciso verificar se o business case ainda é válido. Para tanto, uma análise das condições do projeto é realizada e o resultado indicará se o projeto deve prosseguir para a próxima fase ou ser encerrado.

Mas quem, na organização, verifica se o projeto ainda é viável após o término de uma fase e recomenda o prosseguimento ou o encerramento do mesmo? Bem, você pode pensar que devem existir pessoas na organização que tem conhecimento sobre análise de negócios, que poderiam exercer essa função. Talvez isso seja feito pelo próprio dono da empresa, ou seu principal gestor ou, quem sabe, pelo diretor financeiro. Sim, isso pode até ser verdade. Mas o profissional que possui essa competência é o analista de negócios (em inglês, “Business Analyst” ou BA). Muitas vezes, é esse analista de negócios que elabora o business case do projeto.

E quanto ao próprio gerente de projetos fazer essa análise? Há um debate sobre isso, não havendo consenso. Um grupo de profissionais considera que existe conflito de interesses entre as funções do gerente de projetos e do analista de negócios.

O analista de negócios é motivado pelo valor que o projeto agrega para a organização. Seguindo esse critério ele (ou ela) fará a sua análise buscando o mais alto valor e qualidade para a organização. Por seu turno o gerente de projetos é motivado para fazer as entregas do projeto nos prazos previstos, dentro do orçamento planejado e na qualidade especificada, conforme estabelecido no plano do projeto em cada fase. São coisas diferentes, com focos diferentes. O gerente de projetos, geralmente, deseja que o projeto continue. Se ele (ou ela) cumpriu o que estava planejado, se o trabalho foi bem feito, o projeto deve prosseguir. Por sua vez, o analista de negócios precisa ser objetivo e investigar se além do projeto ter sido corretamente executado, se as condições necessárias de execução (premissas que deverão permanecer ou mudar pouco até o final do projeto) são ainda válidas. Pode ter havido alguma mudança (aumento de custos, variação cambial, falha dos fornecedores, escassez de mão de obra, falta de financiamento, redução da demanda dos clientes, etc), ocorrendo de forma individual ou em conjunto, que impacte o projeto. Será que o gerente de projetos e o analista de negócios serão realmente imparciais se foram a mesma pessoa? Me parece que esse conflito pode deixar o gerente de projetos em uma espécie de “saia justa”. É evidente que simplesmente prosseguir ou encerrar não são as únicas opções. Muitas vezes será necessário – com base no andamento do projeto e das condições analisadas do negócio – buscar alternativas que ainda permitam que o projeto continue, mas com certas alterações. Algo que costumamos chamar de plano B. Nesse momento, o conhecimento de ambos, tanto do gerente de projetos como do analista de negócios, será muito valioso uma vez que esses atores terão que juntar forças e cooperar.

Por outro lado, muita gente pensa diferente e considera que o gerente de projetos que possui competência e habilidades em análise de negócios é mais valorizado. Embora a análise de negócios não seja uma das 10 áreas de conhecimento do guia PMBOK, por reconhecer a relevância do tema, o PMI lançou, em 2015, um documento com o título de Business Analysis for Practitioners: a Practice Guide, que em uma tradução livre poderia ser chamado de Análise de Negócios para Profissionais: um Guia de Práticas.

Conhecer análise de negócios é, sem dúvida, um diferencial de carreira para muitos profissionais, incluindo o gerente de projetos.

Ter competência e experiência em análise de negócios pode significar um acréscimo de 3,8% no salário do gerente de projetos, conforme publicado na revista PM Network de dezembro de 2016. Ainda de acordo a revista citada - tendo como base o artigo The 21 Most Valuable Career Skills Now (As 21 habilidades mais valiosas da carreira hoje), do website Money and PayScale.com, 2016 - estas são as habilidades de gerenciamento de projeto mais valiosas — e a taxa média de aumento salarial que as organizações pagam por cada uma delas:

·         Gerenciamento de projetos estratégicos: 4,4%

·         Planejamento estratégico: 4,3%

·         Gerenciamento de riscos: 3,9%

·         Análise de negócios: 3,8%

·         Previsão: 3,5%

(Resultados baseados na análise do perfil de 54 milhões de funcionários nos Estados Unidos).

Deixar o gerente de projetos fora disso ou desejar que ele (ou ela) assuma essa responsabilidade pode variar de empresa para empresa. O fato é que esse tema da análise de negócios retornará ao blog mais vezes. Bem, é isso aí! Até a próxima.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Os Fins Justificam os Meios (Mais exemplos)!

Aqui temos mais três exemplos que mostram que, no mundo corporativo, os fins justificam os meios. Note que você, o cliente que compra e usa os produtos e serviços, não interessa ... E eu estou sendo educado!
 
 
Antes de iniciar a leitura tenha certeza que eu não sou tecnofóbico, ou contra a tecnologia e muito menos contra qualquer empresa. Eu sou contrário aos métodos duros e agressivos que as grandes corporações usam para alcançar seus objetivos, sem se importar com nada ou ninguém. Para mim, parecendo ingênuo ou não, os fins não podem justificar os meios. As pessoas não devem ser esquecidas, desconsideradas e desrespeitadas. O ponto aqui é questionar o que se faz com a tecnologia e não a tecnologia em si.

Lavatórios Menores e Lucros Maiores

De acordo com matéria do jornal Folha de São Paulo, de 25 e dezembro de 2016, as empresas áreas norte-americanas resolveram diminuir o tamanho dos lavatórios nas suas aeronaves para aumentar a quantidade de passageiros por voo e, em consequência, seus lucros. Essa ação de instalar banheiros menores foi iniciada em 2013 e desde então as reclamações dos passageiros começaram, com relatos sobre problemas de segurança (com dedos machucados, esbarrões e pessoas atingidas) em função da dificuldade de se mover dentro de tais sanitários. A matéria da Folha de São Paulo relata que os usuários reclamam e as empresas áreas dizem, simplesmente, que “a pesquisa dos consumidores não mostrou queixa significativa sobre o tema”. Uns tremendos caras de pau!!!

UBER e seus carros sem motorista

Eu considero que a segurança é muito importante quando se trata de carros e da loucura do trânsito, considerando que o Brasil é quarto pais com mais mortes no transito na America, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgados em maio de 2016. Acho que é nosso dever lembrar que, ainda de acordo com a OMS, mais de 1,25 milhão de pessoas morrem por ano vítimas de acidentes de trânsito em nosso planeta.

Bem, mas o que isso tem a ver com a empresa Uber? O Uber usa seus famosos aplicativos nas cidades pelo mundo, mas não é essa a ideia para um futuro próximo. Eles desejam usar veículos sem motorista e estão fazendo um grande esforço para transformar esse objetivo em realidade. Todavia, parece que há ainda um longo caminho a percorrer. Segundo matéria do jornal britânico The Guardian, de 22 de dezembro de 2016, o Estado da Califórnia obrigou a empresa Uber a retirar seus veículos auto-dirigidos (sem motorista) das estradas, cancelando o polêmico programa piloto da empresa na cidade de São Francisco, depois de uma semana de relatos de violações de trânsito e problemas de segurança. A Uber, que havia dito anteriormente que sua rejeição dos regulamentos governamentais era "uma importante questão de princípio", confirmou que parou seus testes declarando que “estamos agora olhando para onde podemos reimplantar esses carros, mas permanecemos 100% comprometidos com a Califórnia e vamos redobrar os nossos esforços para desenvolver regras operacionais".

Como uma empresa pode declarar que rejeita os regulamentos do govêrno como sendo uma importante questão de princípio? Talvez você leitor esteja pensando que eu errei a tradução do artigo do The Guardian, mas não é nada disso. A tecnologia dos veículos auto-dirigidos irá mudar o nosso modo de vida e as regras sobre como essa inovação irá funcionar de fato no mundo real ainda estão sendo escritas. Por outro lado a Uber parece que enrola ao dizer que está comprometida com a Califórnia. Mas, comprometida como? Isso não está muito bem explicado.

Para aqueles que ainda não entenderam, a Uber não é apenas um aplicativo da Internet que promete transporte mais barato para o consumidor. A Uber, uma empresa de US$50 bilhões,  parece não se importar com violações das leis vigentes e não está nem aí para a segurança dos usuários. Afinal, vale tudo quando se está em uma frenética corrida tecnológica. A meta é usar veículos sem motorista, driblar as responsabilidades relacionadas ao transporte de passageiros, com mudanças e ajustes na legislação, aproveitando a enorme redução de custos que isso representa e, naturalmente, ganhar muito dinheiro.

Spotify impondo a renuncia ao sigilo bancário

Mas, como assim? Uma empresa não pode impor aos usuários de seus serviços que renuncie ao sigilo bancário. Isso não é ilegal? Sim, com toda a certeza, mas a empresa Spotify parece não se importar!

Segundo matéria do jornal O Estado de São Paulo, publicada em 22 de dezembro de 2016, o serviço de streaming de música Spotify está provocando a ira dos usuários no Brasil, depois de lançar uma nova versão de sua política de privacidade, segundo o qual a empresa impõe que o usuário "renuncie expressamente aos seus direitos previstos nas leis de sigilo bancário". Segundo a empresa, ao concordar com o texto, o usuário abre mão do sigilo bancário em relação ao Spotify, qualquer empresa do mesmo grupo, parceiros de negócio e prestadores de serviço da empresa. A cláusula é abusiva e, com base no Código de Defesa do Consumidor, seria considerada nula pela Justiça, numa eventual disputa judicial. Ao incluir a imposição de renúncia ao sigilo bancário, o Spotify não esclarece porque essa condição é importante para a prestação do serviço, mas tudo indica que o objetivo é usar essas informações para fins comerciais.

Como se vê é tudo por dinheiro! A tecnologia é apenas um habilitador. Aqui você viu apenas três exemplos, mas o nosso mundo está cheio deles. Bem, é isso aí!

domingo, 8 de janeiro de 2017

Ser Multitarefa é uma Bobagem


O texto abaixo foi extraído do artigo da revista Exame, publicado em abril de 2013, com o título de “Viramos escravos da tecnologia ou não?”, de Caroline Marino, Nina Neves, Lucas Rossi.
“Entre os benefícios da tecnologia há os que se dizem satisfeitos de poder fazer tudo ao mesmo tempo (a dita multitarefa). No entanto, do ponto de vista cerebral, isso pode ser estressante e comprometer a qualidade do trabalho”.

“Estudos da Universidade Stanford mostram que, quanto mais a pessoa se julga eficiente fazendo várias coisas ao mesmo tempo, pior ela as executa. E, quando for necessário se concentrar numa única atividade por longo tempo, a pessoa terá de fazer um esforço maior”.

Então, esse discurso de que “na minha empresa o trabalho é uma loucura, cada dia é uma coisa, ninguém tem tempo pro planejamento, precisamos resolver os problemas de imediato, com foco no cliente, e cada hora é uma coisa diferente, e se você não aguenta esse pique não serve pra trabalhar lá e é considerado um perdedor”. Tudo isso, essa conversinha confusa e sem sentido não passa de uma desculpa para a desorganização. Ninguém admite, mas a empresa é uma bagunça. E você, leitor, discorda? Vejamos mais um trecho da matéria.

“Para nosso cérebro, não há multitarefas”, afirma o psiquiatra Cristiano Nabuco, da Universidade de São Paulo. De acordo com ele, quando tentamos fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, nosso cérebro acaba destinando pouca energia e atenção a cada tarefa. “Ser multitarefa é um desejo, mas não é possível”.

“Fazemos muito bem somente uma coisa por vez. Quando somos multitarefas nos tornamos ineficientes”, diz Rich Fernandez, diretor de RH do Google nos Estados Unidos”. 

“O trabalho moderno é conectado. Não dá para escapar. Melhor é ver o lado positivo e cortar o negativo. No ano passado, o Facebook contratou Dacher Keltner, psicólogo da Universidade da Califórnia no campus de Berkeley e estudioso de relações humanas, para entender como poderia tornar menos frias as interações entre os usuários da rede social. A intenção da empresa é incluir, por exemplo, sons nos posts e comentários. “A tecnologia pode fazer as relações ficarem mais próximas e os laços mais fortes”, afirma Dacher. Mas sabemos que não há substituto para abraços ou para o olho no olho.”
 
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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Presidente Obama assina Lei PMIAA


No final de dezembro de 2016 o presidente Barack Obama assinou uma importante lei para a área de gerenciamento de projetos e programas. Estamos falando do PMIAA (Program Management Improvement and Accountability Act), que é, em uma versão livre, uma lei de melhoria e responsabilização da gestão de programas.

Esta nova lei tem por objetivo melhorar a gestão de projetos e programas do governo federal dos Estados Unidos, através:

·         Da criação de um plano de carreira formal para os gerentes de programas e projetos;

·         Do desenvolvimento de um modelo de gestão de programas e projetos baseado em normas;

·         Da designação de um executivo sênior responsável pela política e estratégia de gerenciamento de projetos e programas;

·         Do compartilhamento de conhecimentos sobre abordagens bem sucedidas de gestão de programas através de um conselho interagências.

“We are thrilled that this significant piece of legislation has been signed into law by President Barack Obama. PMIAA will help maximize efficiency within the U.S. federal government, thereby generating more successful program outcomes and increasing the value that Americans receive for their tax dollars,” said PMI President and Chief Executive Officer Mark A. Langley.

“Estamos entusiasmados que esta lei muito significativa tenha sido assinada pelo Presidente Barack Obama. O PMIAA ajudará a maximizar a eficiência dentro do governo federal dos EUA, gerando programas mais bem sucedidos e aumentando o valor que os americanos recebem por seus dólares de impostos", disse Mark A. Langley, Presidente e CEO do PMI (Project Management Institute).

Esse é um bom exemplo a ser seguido. Não é novidade que o contribuinte brasileiro não está nada feliz com o uso do dinheiro dos impostos. Para crescer o país precisa investir em projetos que tragam benefícios para todo o povo e não apenas para uma minoria de privilegiados. É vital para o país que os projetos sejam gerenciados de forma correta e sigam princípios éticos. Bem, é isso aí!