O texto abaixo foi extraído do artigo
da revista Exame, publicado em abril de 2013, com o título de “Viramos escravos da tecnologia ou não?”, de Caroline Marino, Nina Neves, Lucas Rossi.
“Entre os benefícios da tecnologia há os que se
dizem satisfeitos de poder fazer tudo ao mesmo tempo (a dita multitarefa). No
entanto, do ponto de vista cerebral, isso pode ser estressante e comprometer a
qualidade do trabalho”.
“Estudos da Universidade Stanford mostram que,
quanto mais a pessoa se julga eficiente fazendo várias coisas ao mesmo tempo,
pior ela as executa. E, quando for necessário se concentrar numa única
atividade por longo tempo, a pessoa terá de fazer um esforço maior”.
Então, esse discurso
de que “na minha empresa o trabalho é uma loucura, cada dia é uma coisa,
ninguém tem tempo pro planejamento, precisamos resolver os problemas de
imediato, com foco no cliente, e cada hora é uma coisa diferente, e se você não
aguenta esse pique não serve pra trabalhar lá e é considerado um perdedor”. Tudo
isso, essa conversinha confusa e sem sentido não passa de uma desculpa para a
desorganização. Ninguém admite, mas a empresa é uma bagunça. E você, leitor, discorda? Vejamos mais um trecho da matéria.
“Para nosso cérebro, não há multitarefas”, afirma
o psiquiatra Cristiano Nabuco, da Universidade de São Paulo. De acordo com ele,
quando tentamos fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, nosso cérebro acaba
destinando pouca energia e atenção a cada tarefa. “Ser multitarefa é um desejo,
mas não é possível”.
“Fazemos muito bem somente uma coisa por vez.
Quando somos multitarefas nos tornamos ineficientes”, diz Rich Fernandez,
diretor de RH do Google nos Estados Unidos”.
“O trabalho moderno é conectado. Não dá para
escapar. Melhor é ver o lado positivo e cortar o negativo. No ano passado, o
Facebook contratou Dacher Keltner, psicólogo da Universidade da Califórnia no
campus de Berkeley e estudioso de relações humanas, para entender como poderia
tornar menos frias as interações entre os usuários da rede social. A intenção
da empresa é incluir, por exemplo, sons nos posts e comentários. “A tecnologia
pode fazer as relações ficarem mais próximas e os laços mais fortes”, afirma
Dacher. Mas sabemos que não há substituto para abraços ou para o olho no olho.”
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