Como
você percebe uma tarefa que é designada para você? A sua atitude é querer se
livrar dela o mais rápido possível? Ou você sente que a tarefa é uma
oportunidade de realizar algo que o fará aprender e tornar-se melhor do que é
agora?
Nesses anos de trabalho como
professor e tutor de cursos à distância eu recebi muitas coisas boas de grande
parte dos meus alunos e, certamente, aprendi muito com eles. Aprendi muito e recebi coisas de valor para
mim dos alunos que não estavam interessados em apenas se livrar das atividades,
mas em aprender algo ao realizá-las. Infelizmente, nem todos agiram assim e
para alguns deles eu tive que, em algum momento, perguntar: - Você não acha que
está na hora amadurecer? Amadurecer não significa perder o senso de humor! E
olha que os meus alunos, estudantes de pós-graduação, já são bem grandinhos. É
bom brincar, jogar bola com os amigos, tomar cerveja no bar, dançar na balada,
namorar, viajar, se divertir, mas tem hora pra tudo nessa vida! Tive que tentar
abrir os olhos de alguns dos meus alunos e alunas, dizendo “mas fulano ou
fulana, você precisa encarar o seu MBA de forma mais profissional, e não apenas
como mais um lance de escola ou coisa de criança”. Guardo bem a lembrança, ainda,
no meio de tantas conversas, de ter dito que “essa atitude errada atrapalha o
seu crescimento”. Não sei qual foi o
efeito das minhas palavras, mas espero que tenha ajudado. Eu posso ter sido um
pouco duro em alguns momentos com alguns alunos, mas nunca quis magoar ninguém,
e minha intenção foi dar uma sacudida na tentativa de levantar o estudante. Quantas
vezes a gente cai e precisa de ajuda para se levantar?
Uma
parte importante do aprendizado do aluno depende da escola, da estrutura de
ensino e dos professores. Nenhuma dúvida
quanto a isso! Se você não tem isso, precisa buscar uma escola melhor, que seja
capaz de proporcionar o que você precisa. Entenda que nenhuma escola ou
instituição de ensino é perfeita, como qualquer empresa ou organização do mundo
real. A escola abre os horizontes e os professores
orientam os estudantes a encontrar seus caminhos. Mas quem viaja e percorre a
estrada é o aluno. Uma parte significativa do seu aprendizado depende da sua
atitude de querer aprender, da sua dedicação e do seu esforço pessoal. Bem, isso – essa atitude de querer saber mais
– exige certo amadurecimento do indivíduo.
É essa atitude que te ajuda nas suas escolhas e te faz arranjar tempo
para os estudos. Com raríssimas exceções, todos nós arranjamos tempo para
aquilo que é importante e necessário, pois ter tempo é uma questão de
prioridade! Quando isso não acontece, e não sofremos impedimentos de força
maior, estamos sendo negligentes!
Se
você é um estudante de curso à distância tenha isso em mente:
Use bem o seu tempo – o aluno de um curso à distância precisa
planejar o seu tempo de estudos. Os alunos de pós-graduação são pessoas adultas
e muitos já formaram suas próprias famílias sendo, portanto, mães e pais
ocupados. O ambiente de trabalho costuma sugar o tempo das pessoas, pois é lá
que se passa a maior parte do dia. Você volta para casa no final da tarde (ou,
muitas vezes, somente no início da noite) e deve dar atenção aos filhos e a
esposa ou marido. É a rotina da maioria das pessoas que trabalha em uma
organização ou tem um negócio próprio. Pelo visto não sobra muito tempo para
estudar ou, em outras palavras, o tempo para estudar é precioso. Fazer um MBA é
uma das formas de alavancar a carreira e exatamente por isso precisa estar na
lista de prioridades. É vital reservar algumas horas por semana para estudar, ser
disciplinado no uso do tempo dedicado às atividades do curso e na preparação para
as provas. Tudo isso precisa ser levado muito à sério.
Aprenda a lidar com suas falhas e as falhas dos outros – navegando no website da Universidade de Stanford, uma das mais importantes dos Estados Unidos, encontrei
o que eles chamam por lá de projeto de resiliência. Bem, a resiliência é a
habilidade de saber lidar com os problemas e adversidades. As
empresas, por exemplo, adoram que seus funcionários sejam muito resilientes e
consigam trabalhar, e entregar os resultados desejados, mesmo tendo que
conviver, em maior ou menor escala, com eventuais problemas (causados por
imprevistos, emergências, desorganização parcial de alguns setores ou de toda a
empresa) que ocorrem em quase todas as organizações. Mas voltando à esfera acadêmica, a
ideia do pessoal da Universidade de Stanford é usar “narrativas
pessoais, programação e treinamento para motivar e apoiar os alunos que
experimentam contratempos acadêmicos normais que fazem parte de uma educação
rigorosa”. As falhas poderão ocorrer tanto em Stanford como na faculdade que o
estudante frequenta aqui no Brasil. Todos nós, professores e alunos, estamos
sujeitos à falhas. Os alunos devem recorrer aos seus tutores e pedir ajuda. Ninguém
deve se envergonhar ou se sentir inferior por causa disso.
Não se deixe abater pela solidão – muitos
estudantes se sentem solitários nos cursos à distância e isso pode provocar uma
vontade de desistir. O aluno acessa o portal da faculdade, imprime os boletos
de pagamento, assiste as aulas gravadas, lê as apostilas de cada disciplina,
trabalha nos questionários eletrônicos, lê as mensagens da secretaria e é quase
só isso. O aluno de um curso à distância se comunica através da Internet. O
aluno não vai até o prédio da faculdade para assistir as aulas. Não tem uma
sala de aula com colegas que possa conversar. Não tem um professor na sua
frente, uma pessoa de carne e osso, ali presente, ministrando as aulas. O aluno
ou aluna, alguém acostumado a interagir, sente falta da presença humana. Geralmente,
é o tutor que responde as perguntas e orienta o estudante. É o tutor que interage,
que fala com o aluno, atuando como o elo humano nessa relação. Por isso, não há
dúvidas sobre a importância do tutor. Mas alunos e alunas devem buscar formas
de aumentar suas chances de interagir e, para isso, eu recomendo que você crie uma
página no Facebook ou no Twitter (ou em ambos) com a sua turma de curso e
aproveite esse espaço virtual para conhecer seus colegas, trocar informações e
colaborar. Usar as mídias sociais é mais uma forma de apoio no processo de
aprendizagem. É isso aí!
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