quinta-feira, 2 de junho de 2016

Uma boa abordagem para fazer estimativas!

A pergunta básica que se faz quando se enfrenta um novo projeto é a seguinte: - Qual é a melhor técnica para estimar o esforço e os custos do projeto?

Qualquer um que tenha passado por cursos de gerenciamento de projetos terá sido apresentado aos vários métodos de fazer estimativas como, por exemplo, as estimativas análogas, as estimativas paramétricos e as estimativas de três pontos.

Mas, nem sempre é possível usar essas técnicas em todos os tipos de projetos. Se você está trabalhando em um projeto, por exemplo, com nível de originalidade muito alto, a estimativa paramétrica pode não ser aplicável, uma vez que não haveria nenhuma história passada para que as regras de parametrização pudessem ser usadas.

Vale lembrar que a estimativa paramétrica é uma técnica que utiliza dados históricos para estimar o custo ou o esforço necessário para executar uma atividade. Se os dados históricos indicam que, por exemplo, um pintor executa 10 metros quadrados de parede por dia, podemos estimar que 100 metros quadrados de parede serão pintadas em 10 dias. Podemos dizer ainda que se, por exemplo, os dados históricos indicam que um programador escreve 40 linhas de código (de um determinado programa, usando uma determinada linguagem) por dia, podemos estimar que 400 linhas de código serão escritas em 10 dias. E assim, usando dados históricos, as estimativas paramétricas são feitas!

Na maioria dos projetos é viável utilizar mais do que um método para fazer estimativas, especialmente quando a decomposição do escopo é bem feita. Essa decomposição permite detalhar cada atividade em partes menores que, por sua vez, serão estimadas.

 
Pela tabela acima, o custo do consultor (mão de obra) é estimado em $100 por hora. Se a duração da atividade X é estimada em 80 horas, o custo total estimado para a mão de obra será de $8.000. Já o custo do equipamento usado para executar a atividade X tem um valor fixo de $1.100, do mesmo modo que há um custo fixo de $600 em materiais de consumo. Somando as estimativas de custo para os sub itens, teremos a estimativa de custo para a atividade X.

 
As estimativas dessas partes menores (ou sub atividades) podem ser feitas através de dados históricos, consulta a especialistas ou mesmo usando a técnica das estimativas de 3 pontos. Essa abordagem se justifica, uma vez que torna a estimativa global do projeto um valor derivado de estimativas feitas para cada sub atividade do projeto.

É necessário ter muito cuidado, verificando a sanidade de cada estimativa, para evitar que o projeto seja sub estimado (e tenha menos do que precisa) ou super estimado (e cause um choque no patrocinador e nas partes interessadas mais importantes).

Um projeto sub estimado cria uma ilusão no patrocinador e é um risco para o gerente de projetos. Com o passar do tempo o projeto avança e em algum momento se percebe que alguma coisa está faltando. Ninguém duvida que a culpa disso irá cair na conta do gerente de projetos. Por outro lado, um projeto super estimado acaba assustando o patrocinador e as partes interessadas mais importantes que, reagirão tentando cortar custos. Se o gerente de projetos demonstrar insegurança ou mesmo falta de conhecimento para defender as estimativas do projeto, criará para si um ambiente de desconfiança.

O gerente de projetos deverá abordar os responsáveis por cada estimativa para entender o que foi levado em consideração para fazer cada uma das estimativas e, não menos importante, compreender como cada estimativa deve ser justificada, caso venha a ser questionada.

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