A pergunta básica que se faz quando se
enfrenta um novo projeto é a seguinte: - Qual é a melhor técnica para estimar o
esforço e os custos do projeto?
Qualquer um que tenha passado por cursos de
gerenciamento de projetos terá sido apresentado aos vários métodos de fazer
estimativas como, por exemplo, as estimativas análogas, as estimativas
paramétricos e as estimativas de três pontos.
Mas, nem sempre é possível usar essas
técnicas em todos os tipos de projetos. Se você está trabalhando em um projeto, por exemplo, com nível
de originalidade muito alto, a estimativa paramétrica pode não ser aplicável,
uma vez que não haveria nenhuma história passada para que as regras de
parametrização pudessem ser usadas.
Vale lembrar que a estimativa paramétrica é
uma técnica que utiliza dados históricos para estimar o custo ou o esforço
necessário para executar uma atividade. Se os dados históricos indicam que, por
exemplo, um pintor executa 10 metros quadrados de parede por dia, podemos
estimar que 100 metros quadrados de parede serão pintadas em 10 dias. Podemos
dizer ainda que se, por exemplo, os dados históricos indicam que um programador
escreve 40 linhas de código (de um determinado programa, usando uma determinada
linguagem) por dia, podemos estimar que 400 linhas de código serão escritas em
10 dias. E assim, usando dados históricos, as estimativas paramétricas são
feitas!
Na maioria dos projetos é viável utilizar mais
do que um método para fazer estimativas, especialmente quando a decomposição do
escopo é bem feita. Essa decomposição permite detalhar cada atividade em partes
menores que, por sua vez, serão estimadas.
Pela tabela acima, o custo do consultor (mão
de obra) é estimado em $100 por hora. Se a duração da atividade X é estimada em
80 horas, o custo total estimado para a mão de obra será de $8.000. Já o custo
do equipamento usado para executar a atividade X tem um valor fixo de $1.100,
do mesmo modo que há um custo fixo de $600 em materiais de consumo. Somando as
estimativas de custo para os sub itens, teremos a estimativa de custo para a
atividade X.
As estimativas dessas partes menores (ou sub
atividades) podem ser feitas através de dados históricos, consulta a
especialistas ou mesmo usando a técnica das estimativas de 3 pontos. Essa
abordagem se justifica, uma vez que torna a estimativa global do projeto um
valor derivado de estimativas feitas para cada sub atividade do projeto.
É necessário ter muito cuidado, verificando a
sanidade de cada estimativa, para evitar que o projeto seja sub estimado (e
tenha menos do que precisa) ou super estimado (e cause um choque no
patrocinador e nas partes interessadas mais importantes).
Um projeto sub estimado cria uma ilusão no
patrocinador e é um risco para o gerente de projetos. Com o passar do tempo o
projeto avança e em algum momento se percebe que alguma coisa está faltando.
Ninguém duvida que a culpa disso irá cair na conta do gerente de projetos. Por
outro lado, um projeto super estimado acaba assustando o patrocinador e as
partes interessadas mais importantes que, reagirão tentando cortar custos. Se o
gerente de projetos demonstrar insegurança ou mesmo falta de conhecimento para
defender as estimativas do projeto, criará para si um ambiente de desconfiança.
O gerente de projetos deverá abordar os
responsáveis por cada estimativa para entender o que foi levado em consideração
para fazer cada uma das estimativas e, não menos importante, compreender como cada
estimativa deve ser justificada, caso venha a ser questionada.
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