A maioria das empresas atualmente incentiva o
trabalho em equipe. O sucesso do trabalho em equipe, que necessita de múltiplas
habilidades, julgamentos e experiências para ser feito, vem da constatação que
as equipes são capazes de melhorar o desempenho dos indivíduos. Tendo isso em mente,
trabalhar em equipe é uma forma que as organizações encontraram para usar
melhor o conhecimento e as habilidades de seus colaboradores.
Nas equipes, as habilidades complementares ajudam
a vencer os desafios. A responsabilidade pelos resultados é da equipe. Apesar
disso, continua existindo a responsabilidade individual pela parte que cada membro
é responsável. Então, eu quero que o meu companheiro de equipe receba o que
precisa para fazer bem a sua parte. Eu quero que ele (ou ela) tenha os
elementos necessários para fazer um bom trabalho, uma vez que o resultado final
depende do trabalho de cada um na equipe e da equipe funcionando como um todo.
De acordo com Robbins (2005), os quatro fatores
mais importantes que parecem estar relacionados ao desempenho das equipes são
os seguintes: recursos adequados, liderança eficaz, clima de confiança e
sistema de avaliação de desempenho e de recompensas.
Recursos
adequados – as
pessoas alocadas na equipe precisam ter o conhecimento e as habilidades
necessárias para a correta execução de suas atividades e assim poder cumprir
com suas responsabilidades.
Liderança eficaz – os membros da equipe
precisam de correta orientação com relação à divisão das tarefas. O líder da
equipe - um gerente formalmente nomeado - precisa assegurar que todos
contribuam para que o trabalho seja planejado, executado e concluído com
sucesso. O líder também precisa atuar na resolução de conflitos, situações que
demandem mudanças e na condução da tomada de decisões. Robbins (2005) argumenta
que nem sempre a liderança é necessária, quando a equipe é do tipo
autogerenciada. Nas equipes autogerenciadas os membros assumem muitas das
funções que geralmente ficam a cargo de gerentes com a função de liderança.
Clima de
confiança – a
confiança interpessoal entre os membros da equipe facilita a cooperação, reduz
a necessidade de monitoramento dos comportamentos individuais e une as pessoas
em torno da crença de que nenhuma delas tentará tirar proveito da outra. Como
resultado, os membros das equipes eficazes confiam uns nos outros, e demonstram
confiança em seus líderes. A confiança é importante para a liderança (o gerente
líder) uma vez que facilita a disposição da equipe em aceitar e se comprometer
com as metas e decisões do líder.
Sistema de
avaliação de desempenho e recompensas
– recomenda-se que seja colocado em prática um sistema de avaliação de
desempenho e recompensas que reflita o desempenho da equipe, não apenas de cada
um dos indivíduos. As empresas devem incluir nos seus sistemas de avaliação de
desempenho as avaliações em grupo, que incluam a participação nos lucros e nos
resultados, além de outras formas de incentivo que reflitam o esforço, o
empenho, o comprometimento e os resultados das equipes. Robbins (2005) ainda
reforça que as avaliações individuais de desempenho (incluindo a remuneração
fixa, os incentivos individuais, e outras práticas semelhantes) não são
consistentes com o desempenho de equipes de alto desempenho.
O leitor atento, que nos seguiu até aqui, já deve
ter percebido que todos esses conceitos se aplicam ao gerenciamento de
projetos. Embora o livro “Comportamento Organizacional” não tenha um carimbo ou
etiqueta que diga que é um livro específico sobre gestão de projetos, na
verdade, é um trabalho de grande relevância e também aplicável nesse campo do conhecimento.
Referência: ROBBINS, S. P. “Comportamento
Organizacional”. 11ª. edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
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