sábado, 26 de março de 2022

Tendências para 2022: Ainda na mesma toada!

Eu estava me perguntando se vamos continuar repetindo em 2022 as tais tendências que nos afetaram e ainda nos afetam no ambiente de trabalho e no contexto do gerenciamento de projetos, independentemente da área e do segmento de negócios, muitas das quais surgidas em anos recentes. Sim, essa pergunta não me sai da cabeça. 

E para essa pergunta a resposta é sim, parece que vamos! Portanto, não são coisas exatamente novas, e nesse ponto vamos apenas chamá-las de coisas, embora reconheçamos sua enorme relevância no contexto das mudanças que estamos atravessando. 

Sim, são coisas que nos afetam hoje e continuarão nos afetando no futuro em diferentes tipos de projetos e diferentes segmentos da indústria, havendo já muitos relatos que as comprovam. Estamos falando de coisas como a expansão da IA (Inteligência Artificial), do impacto da inteligência emocional, do que se convencionou chamar de data analytics, do trabalho remoto, das abordagens híbridas de gerenciamento de projetos e das ferramentas avançadas de gestão de projetos. Todas essas coisas, juntas e combinadas, que como tendências não são nada de novo. 

Embora o que se faça com Inteligência Artificial receba mais atenção quando se trata de aplicações em áreas como saúde, finanças ou aeroespacial, já existem empresas usando a IA na gestão dos seus projetos. E o que essas empresas estão fazendo? Estão usando softwares de IA para realizar tarefas diárias, automatizando tais tarefas. As empresas que usam esses softwares de IA - e os gerentes de projeto por elas contratados - estão obtendo insights de desempenho dos projetos planejados e executados com tais softwares de Inteligência Artificial. Os softwares de IA permitem a automação de tarefas complexas, desde agendamento até visualização de dados e a tomada de decisões com base nos insights de desempenho capturados. Existe grande expectativa que o uso de softwares de IA pelos gerentes de projeto consiga produzir melhores estimativas de prazo e custos, possibilitando trabalhar com cronogramas e orçamentos mais realistas, além de reduzir os riscos de fracasso dos projetos. 

Com a IA nada será como antes em todas as áreas do conhecimento, incluindo o gerenciamento de projetos. Mas isso não é uma conclusão exatamente nova, certo? É o que eu estava tentando dizer no início desse texto. 

Um estudo da empresa McKinsey Global Institute sugere que, até 2030, agentes e robôs inteligentes poderão substituir até 30% do trabalho humano atual do mundo. A McKinsey sugere que, em termos de escala, a revolução da automação poderia rivalizar com o afastamento do trabalho agrícola durante os anos 1900 nos Estados Unidos e na Europa e, mais recentemente, com a explosão da economia chinesa. A McKinsey calcula que, dependendo de vários cenários de adoção, uma automação causará impacto entre 400 e 800 milhões de empregos até 2030, exigindo que até 375 milhões de pessoas mudem totalmente de categoria de trabalho.  

Não precisa ser nenhum gênio para saber que o papel da educação em tudo isso é vital. Um país como o Brasil, com enormes problemas na educação, está fadado a sofrer para entender como lidar com novas tecnologias como a IA e data analytics. E não estou me referindo a um grupo seleto de professores universitários e de um punhado de empresas especializadas que conhecem esses assuntos. Me refiro ao conhecimento desses assuntos em escala industrial, capaz de gerar gente em quantidade, treinada e pronta para trabalhar. Sim, isso me preocupa e tudo indica que vamos sofrer mais do que deveríamos. 

Tudo leva a crer que estamos ficando para trás e algo precisa ser feito para mudar esse cenário. Por isso é tão importante mudar a política do estado brasileiro, por que algo tão grande assim, tão importante para o país, não vai cair no nosso colo sozinho. Vamos precisar de uma nova política de desenvolvimento. Vamos precisar lutar para conseguir incorporar mecanismos que nos façam voltar a crescer, com novos projetos que ampliem nossa infraestrutura e desenvolvam nossa capacidade industrial, e evidentemente uma nova política nessa direção inclui fazermos um enorme esforço para melhorar e aprimorar a educação em nosso país. É isso aí, até a próxima! 

Link para o estudo da McKinsey Global Institute > https://www.mckinsey.com/featured-insights/future-of-work/jobs-lost-jobs-gained-what-the-future-of-work-will-mean-for-jobs-skills-and-wages

 

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