sábado, 3 de junho de 2017

Está faltando habilidade!

Como membro do PMI eu recebo regularmente a revista eletrônica PM Network e tenho comentado aqui no blog sobre algumas matérias muito interessantes que li naquela publicação. Dessa vez vou comentar o que foi dito na edição da PM Network de maio/2017 sobre a preocupação dos CEOs (presidentes de empresa) com relação as habilidades que são essenciais para impulsionar o crescimento das organizações. A fonte da matéria da PM Network/maio/2017 é a pesquisa da PwC (Pricewaterhouse Coopers) com 1.379 CEOs localizados em 79 países, de vários setores,  entrevistados entre setembro e dezembro de 2016. Evidentemente, estamos falando de habilidades das pessoas. Indo direto ao ponto, a matéria da PM Network/maio/2017 afirma que os CEOs têm a percepção de que as tais habilidades essenciais estão em falta!  O artigo trata da automação, da digitalização e da globalização e seus efeitos e ressalta essa preocupação dos CEOs. Os números são impressionantes. Segundo 77% dos CEOs entrevistados a criatividade e a inovação são habilidades difíceis de encontrar. Para 75% dos CEOs a liderança é uma habilidade difícil de encontrar. Na tabela abaixo podemos ver, de um total de 1.379 CEOs entrevistados, o percentual de CEOs e a habilidade em que existe escassez.

Para % de CEOs
Habilidade em Falta
77
Criatividade e Inovação
75
Liderança
64
Inteligência Emocional
61
Adaptabilidade
61
Resolução de Problemas
 

A matéria também destacou outros aspectos que são fontes de preocupação dos CEOs entrevistados. Ao mesmo tempo que as empresas precisam de automação e robôs para melhorar a qualidade de seus produtos e reduzir custos, precisam também manter os níveis de confiança de seus clientes e consumidores. A automação é boa, por um lado, porque reduz custos e melhora a qualidade dos produtos. Mas, como consequência, causa desemprego. Pessoas são demitiras e todos ficam sabendo disso. O publico então, de forma consciente ou não, reage com um sentimento de antipatia e rejeição pela empresa que desempregou pessoas em nome do lucro frio e impessoal. Os CEOs chamam isso, ou parte disso, de “nível de confiança”. A matéria destaca que os CEOs acreditam que certos aspectos da “paisagem digital” (que eu interpreto como a forma como as empresas utilizam seus recursos de tecnologia da informação) vão prejudicar os níveis de confiança das partes interessadas (que eu interpreto como clientes, consumidores, acionistas, imprensa, outros) durante os próximos cinco anos. Esses aspectos negativos são: violações da privacidade de dados, interrupções e paralisações de TI e inteligência artificial e automação.
Em 2017, 58% dos CEOS estão preocupados com a possibilidade de um clima de desconfiança prejudicar o crescimento da empresa. Esse número era de apenas 37% em 2013.

Os prós e contras da globalização, segundo essa pesquisa, são também muito esclarecedores de nossa realidade.
Os prós – facilitou a movimentação de dinheiro, pessoas, bens e informações. Permitiu a conectividade universal. Criou uma força de trabalho qualificada e bem informada.
Os contras – Não fez nada para fechar a lacuna entre ricos e pobres. Não melhorou a justiça dos sistemas fiscais globais. Não evitou a mudança climática.
Se as empresas irão adotar robôs superinteligentes – com softwares de inteligência artificial de última geração - para suprir a falta de liderança, de criatividade, de inovação, de adaptabilidade e resolução de problemas com essas máquinas, eu não duvido! O que estou dizendo é que se os CEOs puderem fazer isso, não tenho dúvidas de que farão! Em outras oportunidades as máquinas também assumiram o papel das pessoas, com sua capacidade de fazer melhor e mais rápido. Nós seres humanos estaremos sempre onde estivemos. Há alguns passos à frente! Bem, é isso aí. Até a próxima!

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