Quando pensamos em inovação logo
nos vem à cabeça a FAST COMPANY,
uma revista criada em 1995 com foco em tecnologia, design e negócios. Em 2005 a
Fast Company lançou um livro chamado de “The Rules of Business”, que poderia
ter sido traduzido por As Regras dos Negócios, mas que acabou recebendo o nome
de “Adapte-se ou Morra” (da editora Sextante, tradução de Ivo Korytowski,
publicado em 2010). Nele o leitor irá encontrar uma compilação das mais
importantes ideias sobre negócios de todos os tempos, conforme afirmam seus
autores. O livro é muito interessante e a tradução primorosa, valendo a pena
sua leitura, especialmente como fonte de referência para as pessoas que se
interessam por gestão, projetos, marketing, vendas e as relações das pessoas no
ambiente de trabalho. Devo revisitar esse livro ainda muitas vezes, mas hoje
gostaria de tratar do tema que está em seu capítulo 18, cujo título é
“Responsabilidade social, confiança e ética”.
O referido capítulo começa
contando um pouco sobre James E. Burke, eleito pela revista Fortune como um dos
dez melhores gerentes do século XX. O importante aqui foi mostrar como ele conduziu
a empresa Johnson & Johnson durante a crise do Tylenol (sete pessoas
morreram em Chicago após tomarem capsulas do Tylenol Extraforte misturadas com
cianeto) em 1982. Apesar dos graves
problemas, Burke agiu firmemente, mandando retirar todos os produtos das
prateleiras, medida que custou à Johnson & Johnson algo como centro e
trinta milhões de dólares. Mas, será que James E. Burke tinha um parafuso a
menos, quando tomou essa decisão? Onde já se viu gastar todo esse dinheiro? Muita
gente que se achava boa nos negócios torceu o nariz para o plano de ação de
Burke. Não teria sido mais fácil deixar o produto morrer, evitando assim a
sangria financeira? Afinal de contas, há sempre aquele grupo de indivíduos que
prefere não fazer nada ou fazer pouco, ao invés de fazer a coisa certa.
O tempo passou e os consumidores reconheceram
o esforço da Johnson & Johnson e não responsabilizaram a marca nem a
empresa pelas mortes. Um ano depois o Tylenol recuperou 85% de sua antiga
participação no mercado, e em dois anos as vendas eram maiores do que antes do
incidente. Nas palavras do próprio Burke, “tudo se resume a confiança”. E mencionando
seus pais, amigos e professores, complementa dizendo o seguinte: “Eles haviam
me inculcado a mesma ideia: o valor da confiança, de dizer a verdade, de manter
a palavra e de fazer o que você disse que faria”.
Nesse capitulo aparece destacada
a seguinte regra: “Não dá para ser um pouco ético. Ou você é ético, ou não é.
Não existe meio termo”. Há ainda a valiosa frase do Professor Kevin T. Jackson,
da Fordham University: “A reputação é o atributo básico das relações
comerciais. Se não há confiança, não há negócio e ponto final”. E para fechar
esse post gostaria ainda de mencionar mais uma regra que aparece nesse
capitulo: “Se não está certo, não faça; se não é verdade, não diga”.
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