A
arrogância e a complacência são males que assolam o ambiente corporativo e alguns
estudiosos até resolveram chamá-los de demônios dos líderes ineficazes. Um
líder não deve ser arrogante e muito menos complacente. Mas, o que seriam essas
características humanas tão indesejadas e, ao mesmo, tempo percebidas nas
mentes doentias de muitos supervisores, gerentes e diretores, enfim em pessoas
exercendo posições de liderança nas organizações?
Vamos
começar pela arrogância. A arrogância é aquele sentimento que caracteriza a
falta de humildade. O lider arrogante é aquele que “se acha”. É comum identificar
a pessoa que apresenta este comportamento como alguém que não deseja ouvir
os outros. Isso implica em uma grande dificuldade em se comunicar, em explicar
e se colocar no lugar do outro. O arrogante também não gosta de aprender
coisas novas, pois afinal não costuma admitir que não sabe alguma coisa. É
alguém que precisa se sentir em um plano superior em relação ao próximo,
especialmente se o mais próximo é seu subordinado. Essa soberba e excesso de
vaidade acabam corroendo as relações com as outras pessoas. Agora, imagine que
o seu chefe é alguém que nunca admite seus próprios erros e, ao mesmo tempo, vê
falhas em tudo que os outros fazem. Um chefe com uma enorme dificuldade de
promover o reconhecimento da equipe que gerencia. Isso leva a situações
difíceis, de tensão constante e costumam resultar em desânimo na equipe. Afinal
de contas, ninguém pode, em nome do bom senso, se colocar como o dono da
verdade.
Por
seu lado a complacência é a tendência usual para concordar com outra pessoa na
intenção de agradá-la ou para parecer agradável. Essa submissão falsa é muito
negativa para a organização. Somente através do debate de ideias, que fluem nas
equipes de forma franca, é que se tem a oportunidade de identificar coisas
novas, discutir sua abrangência e importância para alcançar os objetivos da
organização. Uma ideia pode ser algo potencialmente muito bom, mas precisamos
pensar e discutir sobre ela para testar sua eficácia. Quantas vezes já nos defrontamos
com ideias aparentemente geniais, mas que depois de passar pelos critérios de
seleção da organização, acabam caindo na vala comum das “boas ideias”
inviáveis. Não há nada de errado nisso! As organizações que abrem espaço para o
debate de novas ideias acabam ganhando muito mais do que perdendo. Agora
imagine que o seu gerente, na tentativa de ser “um cara legal”, aquele sujeito “bonzinho”,
concorda com o que todo mundo diz e apresenta. Você, como membro ativo da sua
organização, está tentando encontrar algo que seja uma melhoria verdadeira para
a sua área, ou para o projeto em que está envolvido, algo que agregue valor para a
organização e seja reconhecido pelo cliente de forma positiva. Se você tem um
chefe condescendente sabe que ele não irá contribuir muito, certo? Por isso
mesmo, é preciso abrir o olhos e ver o que está certo e o que não está certo.
Buscar as melhorias verdadeiras, que sejam boas para a organização e para os
clientes. Afinal, se os clientes ficarem satisfeitos continuarão fazendo
negócios com a empresa. Caso contrário, mudarão para outro lugar que os trate
melhor.
As
organizações deveriam banir de suas culturas a condescendência e a arrogância e buscar gente competente para liderar pessoas. Buscar líderes
capazes de conseguir bons resultados, através do desempenho de sua equipe, incentivando
o crescimento e preservando a harmonia do grupo.
Mas,
afinal porque todo esse cuidado com o comportamento dos líderes nas
organizações modernas? A razão é muito simples: - Cada vez mais as pessoas são
ativos das organizações, algo identificado como o capital humano que faz a diferença. Acontece que
esse capital humano não pertence às empresas, da mesma forma que as máquinas, prédios
e outras propriedades pertencem. Esse capital humano está apenas à disposição da
organização, enquanto esta for capaz de gerenciá-lo de maneira eficaz. Caso
contrário, a organização corre o risco de perde-lo!
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