sábado, 18 de abril de 2020

O Desejo por um Plano Completo dos Recursos Humanos


Vamos começar aceitando que o problema da escassez de recursos não vai melhorar. A tendência para otimizar as cargas de trabalho dos colaboradores disponíveis continuará. Isso será muito presente nas grandes empresas.



Onde estão os pesquisadores que desenvolvem um projeto de um novo medicamento em uma empresa farmaceutica? Onde estão os engenheiros e técnicos que desenvolvem um novo carro em uma montadora de automóveis? E poderíamos continuar fazendo essa pergunta relacionada aos diferentes projetos de muitas organizações por todo o planeta. Geralmente, as grandes empresas costumam alocar pessoal interno para formar suas equipes de projetos, podendo essas equipes trabalhar somente com pessoal da própria empresa ou contar com empresas de consultoria externa em áreas específicas de interesse desses projetos. É fato, portanto, que os colaboradores de uma organização são muito importantes para o seu sucesso, uma vez que são esses colaboradores que planejam, executam e controlam atividades e processos. São esses colaboradores que trabalham em projetos que criam e tornam realidade novos processos e produtos.  

Sim, os bons profissionais são absolutamente necessários e até mesmo imprescindíveis para a inovação nas grandes corporações. Mas não é só isso. Nos dias atuais, após anos de mudanças e sucessivos processos de reestruturação, os colaboradores das grandes empresas tem alta carga de trabalho, ou, em outras palavras, quase ninguém tem tempo sobrando. Como não se espera que as empresas voltem a contratar nos mesmos níveis de tempos passados, o problema da escassez de recursos para os projetos (bons profissionais da empresa, com competência, experiência e disponíveis) não vai melhorar. Como dissemos, será necessário otimizar as cargas de trabalho dos colaboradores para conseguir encontrar um espaço de disponibilidade para os mesmos. Saber o que um colaborador faz agora pode ser fácil, mas difícil será prever – no médio e longo prazos - em que atividade ou projeto esse colaborador estará trabalhando no futuro. Os responsáveis ​​terão que continuar tentando tornar o imprevisível previsível.

Seguindo esse raciocínio, as empresas precisam saber no que seus colaboradores estão trabalhando atualmente - não apenas em projetos, mas também nas operações diárias em andamento. Isso mostra porque nas grandes empresas o planejamento de recursos é um tópico muito importante. O objetivo é atender aos requisitos de recursos com as competências e habilidades necessárias para os projetos, usando prontamente a equipe da linha. Assim sendo, é essencial envolver os líderes da equipe na coordenação entre o projeto e o gerenciamento de linha. Somente consolidando as duas perspectivas o planejamento de recursos estará completo e, portanto, confiável.

Agora, mais um aspecto de complexidade na gestão dos colaboradores. Já dissemos que para se aprimorar e sobreviver em um cenário cada vez mais competitivo as empresas necessitam de inovação. Uma inovação é introduzida na empresa através de um projeto. As organizações precisam introduzir inovação com mais velocidade. Por isso, novas demandas por projetos e áreas de especialização aparecem em intervalos cada vez mais curtos. Isso leva a uma necessidade de maior flexibilidade no planejamento estratégico da capacidade dos recursos humanos. Por esse motivo, os gerentes de PMO (Project Management Office ou Escritório de Gerenciamento de Projetos) precisam de suporte ainda melhor no planejamento de cenários variáveis. Eles precisam decidir, com base nas prioridades e disponibilidades dos próximos meses e anos, quais novos projetos serão lançados e quando. E aqui surge um ponto defendido por muitos profissionaos do ramo: Há uma crescente conscientização de que o planejamento aproximado, porém completo, dos recursos é mais útil para esse propósito do que o planejamento preciso de apenas alguns projetos. A regra prática do "completo e suficiente" é cada vez mais aceita.

Mas, que ferramenta usar para fazer esse planejamento “completo e suficiente” dos recursos de uma organização? Bem, há diferentes fornecedores para a ferramenta de software chamada PPM (de Project Portfolio Management ou gerenciamento do porfolio de projetos), que pode ser incorporada com o auxílio da área de TI (Tecnologia da Informação) da empresa.

No link PPM o leitor poderá encontrar um texto detalhado sobre os 20 principais softwares de gerenciamento de portfólio de projetos (PPM).

O desafio de usar esse tipo de ferramenta é o de fazer o pessoal entrar com os dados e manter esses dados atualizados. A informação deve ser íntegra e precisa o suficiente para atender a questões práticas de especialidade (competências, habilidades e experiência) e disponibilidade de cada recurso e, simultaneamente, ser permanentemente acessível.

A premissa do gerenciamento de recursos para projetos é sempre a mesma: é melhor ser completo (incluindo TODOS os recursos), mesmo sendo um pouco impreciso, do que ser específico (com grande precisão de informações), mas incompleto. Os bons PPMs são aqueles que permitem sua utilização pelos gerentes de projeto e pelos líderes de equipe, responsáveis pelos recursos do ponto de vista do gerenciamento de linha.

Os líderes de equipe conhecem seus colaboradores e possuem informações detalhadas como, por exemplo, ausências, atividades de que participam, trabalhos específicos e compromissos com projetos. Usando o PPM e seu banco de dados, os gerentes de projeto e os líderes de equipe poderão trabalhar juntos, discutindo e negociando as solicitações e os compromissos de recursos de forma transparente para ajudar a evitar conflitos ou pelo menos encontrar soluções aceitáveis. Com o banco de dados do PPM os gerentes de projeto poderão simular diferentes cenários e fazer comparações, facilitando e enriquecendo a tomada de decisão. Bem, é isso aí, até a próxima.


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