Quando olhamos os
processos do guia PMBOK, verificamos que são subdivididos em cinco grandes
grupos; a saber: iniciação, planejamento, execução, monitoração
e controle, e encerramento. Isso mesmo, a monitoração e o controle
aparecem como um único grupo apenas. E se o grupo de monitoração e controle
fosse subdividido e detalhado ainda mais? Essa foi exatamente a ideia de
Eduardo Militão Elias, expressa em seu livro “Controle de Projetos com
Métricas: Não deixe que seu projeto vire uma melancia atômica”. Certamente a
intenção do autor, ao detalhar ainda mais esse grupo de processos, foi
contribuir para a melhoria do trabalho do gerente de projetos. E nesse sentido,
o autor afirma que “a separação de Monitoramento e Controle, por exemplo,
permitirá analisarmos não só a interação entre eles, como também a interação
deles com as demais áreas de conhecimento, ampliando nossas possibilidades de
criação e aplicação de ferramentas e boas práticas”.
O autor sugere uma
redistribuição e inclusão de novos processos, como os que estão apresentados na
tabela abaixo.
Redistribuição e inclusão de novos processos (Fonte: Elias, 2014,
p. 14)
Minha suspeita é que
a proposição de Eduardo M. Elias teve como fonte de inspiração os diferentes
significados do monitoramento e do controle, que no livro são ilustrados na
figura abaixo.
Significados definidos e objetivos diferentes (Fonte: Elias, 2014,
p. 15)
O monitoramento “observa os desvios “, enquanto o controle “atua para recuperar as métricas”. O
monitoramento ”observa o previsto e o realizado”, enquanto o controle “tem
atuação sobre qualquer um dos dois”. O monitoramento “analisa a conformidade
entre o planejado e o executado”, enquanto o controle atua “corrigindo ora o
planejamento e ora a execução, equilibrando, assim, os parâmetros entre o
previsto e o realizado”.
Mas não é só isso. A
obra ressalta a importância de analisar um projeto, tanto do ponto vista
quantitativo, como do qualitativo. “Quando falamos de resultados, tratamos de
parâmetros mensuráveis – por exemplo, quanto um projeto está atrasado ou quanto
as pessoas estão produzindo. As respostas, por sua vez, preocupam-se em
identificar o porquê de o projeto estar atrasado e o porquê de as pessoas não
estarem produzindo”. Em outras palavras, a análise quantitativa apresenta o que
acontece no projeto através de números e usa para isso diferentes indicadores.
Por sua vez, a análise qualitativa complementa essa informação, explicando o
porquê das coisas, tentando conectar os números com as situações e influências
do cenário do projeto.
Esse é um livro que
deve entrar na sua lista de referências bibliográficas sobre gerenciamento de
projetos e, certamente, irá ajudá-lo a aprofundar sua compreensão sobre o
assunto. Para saber o que seriam as tais “melancias atômicas” recomendo a
leitura do livro.
Fonte: ELIAS, Eduardo
Militão. “Controle de Projetos com Métricas: Não deixe que seu projeto vire uma
melancia atômica”. Rio de Janeiro: Brasport, 2014.
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