Vamos começar esse
post com a seguinte pergunta: - Se alguma coisa não está conectada à Internet –
podendo ser humano, animal, um eletrodoméstico, um automóvel, uma ferramenta
usada na fábrica, etc – podemos afirmar que essa coisa não existe? Bem, se você
é daqueles que pensa que tudo fará parte da IoT (Internet of Things, ou
Internet das Coisas), pode até dizer que a resposta a essa pergunta é sim. E para
que não haja qualquer dúvida, vamos logo definir que a chamada Internet das
Coisas se refere a possibilidade de prover conectividade online para qualquer
coisa no planeta.
Em adição aos
dispositivos computadorizados que já estamos acostumados a ver e usar (como,
por exemplo, notebooks, smartphones, tablets, smartTVs e uma considerável gama
de controladores industriais), os objetos e produtos que podem ser conectados
incluem carros, fornos, banheiras, máquinas de lavar, pontes, barragens e
monitores hospitalares. E a lista não para por aí, e vai além de máquinas e
equipamentos. Na verdade a lista é realmente imensa. Poderíamos ter dispensers
de papel toalha nos banheiros enviando sinais informando quando necessitariam
ser recarregados. Poderíamos ter as latas de lixo municipais sinalizando quando
precisassem ser esvaziadas e limpas. Despertadores que poderiam enviar sinais para que as
cafeteiras iniciassem o preparo do café pela manhã. Poderíamos ter dispositivos
colocados em animais, sendo um dos possíveis exemplos aqueles dispositivos colocados
em abelhas para controlar a produtividade de polinização desses pequenos e
importantes animais. O cenário da Internet das Coisas leva em conta que a
computação embarcada nos automóveis será cada vez mais importante e notada no
dia-a-dia pelos motoristas, que teremos quase tudo – além de tudo que é
importante - conectado à Internet nas fábricas, nas plantações, nas fazendas, nas
usinas de energia, nas cidades, nas estradas, nos prédios, nas escolas, nos
escritórios, nos aviões, shopping centers, supermercados e em nossos lares. Por
causa disso, há uma crescente preocupação com a chamada inevitável perda de
privacidade, havendo grupos que consideram que é uma luta perdida contra o
progresso e o novo que sempre vence. Mas, ao mesmo tempo, há grupos que não
toleram a ideia de terem suas vidas invadidas e viver num imenso “Big Brother”.
Dado o crescente
interesse nesse tema, empresas, universidades e profissionais ligados a essa
indústria apresentaram, com base em seus estudos e trabalhos desenvolvidos, as
seguintes considerações:
- Apenas 0,06% das coisas
que poderiam ser conectados à Internet atualmente o são;
- O número de coisas conectadas
à Internet ultrapassou pela primeira vez o número de pessoas na Terra em 2008;
- O CEO da Cisco, John
Chambers estimou o valor potencial de mercado da Internet das Coisas em US$19
trilhões. Uma estimativa mais conservadora aponta para um número em torno de
US$8,9 trilhões em 2020;
- 26% das
oportunidades de TI associados à Internet das Coisas serão impulsionadas pela
necessidade de melhorar a experiência do cliente, e 21% serão impulsionadas pela
necessidade de mais inovação;
- Com o IPv6, a
Internet será capaz de ter 100 endereços da Web para cada átomo na superfície
da terra, abrindo o caminho para a Internet das Coisas;
- Três em cada quatro empresas estão explorando a Internet das Coisas internamente, e 68% estão alocando orçamento de TI para isso;
- 83% dos especialistas
envolvidos com a Internet das Coisas acreditam que ela beneficiará o mundo;
- Algumas das coisas
conectadas que já foram hackeadas incluem os consoles de videogame, as smartTVs
e as geladeiras.
Notas:
Cisco: Empresa líder mundial em equipamentos e sistemas para conexão à Internet.
IPv6: É a versão mais atual do
protocolo de Internet (IP: Internet Protocol), originalmente oficializado em 6
de junho de 2012.
TI: Tecnologia de Informação.
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