terça-feira, 17 de junho de 2014

Metodologias de Gerenciamento de Projetos

Vamos iniciar esse post dizendo que uma metodologia é um conjunto de métodos e técnicas aplicadas para alcançar um determinado fim. Portanto, podemos dizer que é o caminho percorrido, a maneira utilizada para alcançar o objetivo. Em outras palavras, e para não deixar dúvidas, uma metodologia precisa descrever a forma como o trabalho será feito, precisa dizer o que fazer e como fazer. Isso costuma nos levar a duas questões básicas, sendo a primeira delas a seguinte: - Os conteúdos do PMBOK formam uma metodologia? Ou, elaborando essa questão um pouco melhor, poderíamos perguntar isso da seguinte forma: O que temos no PMBOK é uma metodologia? Bem, eu entendo que a resposta é não, uma vez que o PMBOK diz o que fazer e não como fazer. E esse “como fazer” faz toda a diferença.
 
 
A grande sacada do PMI, consolidada no PMBOK, foi dividir o gerenciamento de projetos em dez áreas do conhecimento (escopo, tempo, custo, qualidade, recursos humanos, comunicações, riscos, aquisições, stakeholders e integração), conforme especificado na 5a. edição dessa publicação, e estabelecer processos para cada uma dessas áreas. Cada um desses processos tem suas entradas, ferramentas/técnicas e saídas. O PMBOK diz o que fazer, mas não como fazer. A parte do “como fazer” poderá mudar de empresa para empresa e depender, apenas para mencionar alguns aspectos relevantes, da estrutura organizacional, dos processos internos, dos recursos existentes e da cultura.

E qual seria a segunda pergunta? Bem, essa pergunta seria a seguinte: - Quais são as principais metodologias utilizadas no gerenciamento de projetos? Essas metodologias são as seguintes:

·         “Waterfall”

·         "Agile"

·         Corrente Crítica

·         PriSM

·         PRINCE2

Vejamos abaixo uma breve explicação sobre cada uma dessas metodologias de gerenciamento de projetos. Para se aprofundar, recomenda-se ler o material adicional que pode ser encontrado em cada um dos links em destaque.

Metodologia “Waterfall” (na tradução para o português, chamada de queda dágua ou cachoeira) – é um método tradicional de trabalhar o projeto de forma sequencial. De um modo geral, em primeiro lugar são levantados os requisitos do projeto. Depois, no passo seguinte, é feito o planejamento, para em seguida fazer a execução, indo na etapa seguinte para os testes e, finalmente, chegando-se ao encerramento do projeto. Na metodologia “waterfall” o escopo do projeto é definido no início e detalhado na etapa de planejamento. A partir daí – durante a execução do projeto - o escopo é “protegido”, para que não sofra muitas alterações. Isso acontece na medida em que as mudanças de escopo – dependendo da severidade das mesmas -  poderão criar situações de risco para o projeto e, até mesmo, levá-lo ao fracasso.

Para mais informações consulte > http://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_em_cascata  

A metodologia “Methodware”, criada pelo prof. Carlos Magno da Silva Xavier, e sua versão simplificada “Basic Methodware”, tem como base os processos do PMBOK. A metodologia “Methodware” é, na sua essência, um conjunto de passos muito bem definidos dentro de uma abordagem “waterfall”. Vale regitrar que o livro “Metodologia de Gerenciamento de Projetos – Methodware”, recebeu em junho de 2010 o prêmio "Melhor Livro Brasileiro de Gerenciamento de Projetos da Década".

Para mais informações consulte > http://www.mundopm.com.br/noticia.jsp?id=312

Metodologia "Agile" – (em português, Ágil) é focada na flexibilidade e agilidade, considerando que é necessário se adaptar as constantes situações de mudança, com feedback regular e constante. O chamado “feedback regular” significa que o cliente poderá mudar de ideia e, portanto, mudar o escopo do projeto, inicialmente definido. Para lidar com isso é necessário reduzir os ciclos de tempo (ou janelas de tempo) de execução do projeto, fazendo isso em rodadas mais curtas e rápidas. O Scrum é uma metodologia ágil muito utilizada.


Metodologia da Corrente Crítica - em oposição ao “waterfall” e a gestão ágil de projetos, que se concentram muito mais em tempos e tarefas, a metodologia de gerenciamento de projetos da corrente crítica (ou cadeia crítica) é mais direcionada para a resolução de problemas de recursos. Cada projeto tem um determinado conjunto de elementos fundamentais, que estão na chamada corrente crítica e que estabelece o cronograma mínimo de um projeto. A metodologia da corrente crítica dedica recursos adequados justamente para esse conjunto de elementos (ou atividades do projeto) que estão na corrente crítica, sem deixar de dedicar recursos suficientes para outras tarefas, que podem ser executados simultaneamente. Se necessário, os recursos alocados em tarefas não críticas poderão ser transferidos para as tarefas críticas. O importante é que não faltem recursos para as tarefas críticas.


Metodologia PriSM (Projects integrating Sustainable Methods; ou método sustentável de integração de projetos) foi desenvolvido pela GPM Global (Green Project Management Global) com o objetivo de criar uma metodologia que levasse em conta fatores ambientais. Sendo um processo repetitivo e eficiente, segundo seus criadores, pode ser usado em larga escala. A metodologia PRIsM é usada principalmente para o desenvolvimento imobiliário ou para projetos de construção / infra-estrutura, nos quais há um risco de criação de impactos ambientais adversos.

Para mais informações consulte >  http://www.greenprojectmanagement.org/

Metodologia PRINCE2 - é uma metodologia de gerenciamento de projeto lançada e apoiada pelo governo do Reino Unido em 1996. É uma metodologia muito orientada para o processo, dividindo os projetos em várias etapas, cada uma com os seus próprios planos e processos a seguir. O Prince2 é baseado em quatro elementos integrados; a saber:

·         Princípios;

·         Temas;

·         Processos;

·          Ambiente de projeto.
 
De acordo com Xavier (2012), “os princípios formam a base do PRINCE2 e a não aplicação destes descaracterizam o uso da metodologia, sendo, portanto, itens obrigatórios. Ter uma justificativa para o projeto, aprender com experiências passadas, ter papéis e responsabilidades bem definidos, gerenciar o projeto por estágios, estabelecer tolerâncias e assim poder gerenciar por exceção, manter sempre o foco no produto e adaptar o método de acordo com as características do projeto são questões imprescindíveis para que o projeto seja gerenciado de acordo com a metodologia PRINCE2. Se estes sete princípios não forem aplicados no projeto, o método não está sendo aplicado”.
Para mais informações consulte >  http://www.prince2brasil.com.br/
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Fonte: Xavier, C. M. da S. “Metodologia de Gerenciamento de Projetos”. Site WWW.G2B.COM.BR, 2012.
Artigo publicado em http://www.g2b.com.br/biblioteca.html

terça-feira, 10 de junho de 2014

Pátria Minha

O poeta Vinicius de Moraes, autor de Pátria Minha, escreveu em seu poema, lá pelas tantas, a seguinte frase:  
Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamem” 


Eu acrescento as fotos e faço os comentários,
simplórios sim, de fato, se comparados ao poeta,
mas que vem do fundo da alma, de um mais um, 
como quase todos os cem mil!

É isso aí, mestre Vinicius !!!
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Pátria Minha
A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.


Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.


Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos…
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias pátria minha
Tão pobrinha!


Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação e o pensamento
Eu fio invisível no espaço de todo adeus
Eu, o sem Deus!


Tenho-te no entanto em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.


Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra
Quando tudo passou a ser infinito e nada terra
E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu
Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz
À espera de ver surgir a Cruz do Sul
Que eu sabia, mas amanheceu…


Fonte de mel, bicho triste, pátria minha
Amada, idolatrada, salve, salve!
Que mais doce esperança acorrentada
O não poder dizer-te: aguarda…
Não tardo!


Quero rever-te, pátria minha, e para
Rever-te me esqueci de tudo
Fui cego, estropiado, surdo, mudo
Vi minha humilde morte cara a cara
Rasguei poemas, mulheres, horizontes
Fiquei simples, sem fontes.


Pátria minha… A minha pátria não é florão, nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular
Que bebe nuvem, come terra
E urina mar.


Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamem
Que um dia traduzi num exame escrito:
“Liberta que serás também”
E repito!


Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
Que brinca em teus cabelos e te alisa
Pátria minha, e perfuma o teu chão…
Que vontade de adormecer-me
Entre teus doces montes, pátria minha
Atento à fome em tuas entranhas
E ao batuque em teu coração.


Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.


Agora chamarei a amiga cotovia
E pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que peça ao sabiá
Para levar-te presto este avigrama:
“Pátria minha, saudades de quem te ama…
Vinicius de Moraes.”


Para ler mais sobre Vinicius de Moraes acesse:

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Mais um pouco de SCRUM – parte 2

O que seria a coisa mais importante para um gerenciamento de projetos bem sucedido? Há um debate rolando sobre a melhor maneira de gerenciar um projeto de software. Se você, simplesmente, digitar “Waterfall e Agile” no Google, encontrará algo em torno de 2,2 milhões de resultados dessa pesquisa. Bem, se você não entender o motivo desses termos específicos, não se preocupe. No jargão do gerenciamento de projetos, os nomes “Waterfall” e “Agile” se referem aos mais conhecidos estilos de gerenciamento de projetos de software.

Waterfall (Cachoeira ou queda d’água): É o estilo da velha guarda, onde cada fase do projeto não inicia até que a anterior tenha sido aceita pelo cliente, com a assinatura do termo de aceitação – como a água que flui para baixo ao longo de uma série de cachoeiras.
Agile (Ágil): É a mais recente onda do gerenciamento de projetos porque proporciona mais flexibilidade para os desenvolvedores, em um processo criativo na base de ciclos de construção e revisões frequentes com o cliente. O Scrum é o mais popular de todos os métodos ágeis. O fato é que os projetos de software personalizados são processos criativos, mesmo que, geralmente, não sejam reconhecidos como tal.
 
Ambos os métodos tem sido bem sucedidos. No debate mencionado no início desse post, as pessoas desejam saber qual método devem usar em seus projetos, e a resposta é ... isso depende. Afinal, uma coisa é certa: o método não vai gerenciar o projeto para você!

Você pode avaliar o envolvimento do seu cliente, a preferência e os estilos de trabalho da sua equipe, o tipo e o escopo do projeto e o objetivo final. Sim, você pode fazer tudo isso e muito mais. No entanto, nem uma dessas metodologias de gerenciamento de projetos vai garantir o sucesso.

Mesmo que o método “Waterfall” forneça um controle justo sobre o seu projeto, você ainda pode ter problemas com mudanças de escopo. Conforme o tempo passa, as necessidades do cliente podem mudar. Se, no meio do projeto novas funcionalidades são acrescentadas ou mudanças importantes de direção são requeridas, o projeto poderá não suportar tais mudanças (não há dinheiro, tempo e outros recursos disponíveis nessa altura) e fracassar.

Abaixo temos os dois cenários possíveis que, geralmente, ocorrem em projetos geridos com o método “Waterfall”:

·         O projeto segue o método de controle integrado de mudanças. Em outras palavras, qualquer mudança solicitada só pode ser implementada se aprovada pela equipe de projeto e pelo cliente. Se a mudança gera custo adicional, esse deve ser pago pelo cliente. Afinal, todo o projeto foi planejado com antecedência (na fase de planejamento). Por conta disso, as mudanças podem comprometer o projeto em função de seus grandes impactos. Se o cliente se recusa a pagar o custo adicional – o que geralmente acontece – o projeto fica ameaçado de fracassar.

·         A equipe de gerenciamento do projeto pode concordar em assumir as novas mudanças, fazendo o projeto absorver os custos adicionais que as mesmas possam trazer. Isso, na prática, significa deixar de fazer o controle integrado de mudanças. A equipe de projeto se convence a fazer isso em nome da manutenção do bom relacionamento com o cliente, evitando a conversa desconfortável de aumento de custos para o cliente. O problema aqui é que isso pode levar a diminuição das margens de lucro com consequências, na maioria dos casos, desagradáveis para os membros da equipe do projeto. Afinal, a alta direção da empresa poderá não reagir bem, não sendo nada compreensiva e nem tampouco “boazinha”, quando descobrir a queda nas margens de lucro.

Um gerente de projeto altamente qualificado sabe como navegar por entre essas armadilhas, sendo capaz de analisar os impactos de potenciais mudanças. Com isso será possível agir com antecedência, antecipando problemas e debatendo com o cliente soluções – menos dispendiosas - que reduzam o impacto das mudanças.

Por outro lado, a flexibilidade de desenvolvimento “Agile” é muito atraente para muitos desenvolvedores experientes. No entanto, há conhecidos problemas que tornam o método Ágil inadequado para alguns tipos de projeto.

·         Os projetos ágeis são notórios por falta de documentação sólida. O ritmo rápido e freqüente das mudanças pode ter como consequência documentos desatualizados, como procedimentos e manuais de usuário, e até mesmo afetar a comunicação do cliente. Um gerenciamento de projetos adequado pode exigir um controle justo sobre o fluxo de informações.

·         Se o produto final já está bem definido, havendo uma chance pequena de alteração, então os ciclos freqüentes de feedback dos clientes podem ser demorados e desnecessários.

As metodologias de gerenciamento de projetos se destinam a facilitar a vida do gerente de projetos, mas o GP ainda precisa trabalhar muito. Um gerente de projeto experiente irá buscar o equilíbrio certo de documentação atualizada ao lado dos ciclos de construção e de feedback curtos. Poderá identificar maneiras de manter a interação do cliente a um mínimo razoável e necessário. Um gerente eficaz também se comunica bem com a equipe de desenvolvimento, promovendo um alto nível de entendimento entre os membros da equipe e os demais stakeholders.

Em suma, o sucesso vem muito mais da escolha de um solidário, pró-ativo e competente gerente de projetos, que utiliza bem qualquer método, do que da própria metodologia escolhida. É por isso que utilizar a pessoa certa é ainda a melhor abordagem.

domingo, 1 de junho de 2014

É tempo de aproveitar!

É tempo de aproveitar! Esse post é, basicamente, composto de imagens simplesmente admiráveis. Imagens produzidas por talentosos fotógrafos que conseguiram registrar, com o melhor de sua técnica, alguns belos momentos, que de tão belos dispensam qualquer explicação. É tempo de aproveitar! E como não poderia deixar de ser, clique na foto para ampliar.