domingo, 27 de outubro de 2013

Muito Mais Inovação

É sempre interessante comentar sobre inovações que à todo momento surgem nos laboratórios de empresas e universidades. Nesse post vamos falar de dois desses casos.
Pesquisadores da “Princeton Plasma Physics Laboratory” (Laboratório de Física do Plasma da Universidade de Princeton) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, desenvolveram uma nova técnica para a pasteurização rápida de ovos na casca. A pasteurização significa, basicamente, esterilizar pela ação do calor. O processo chamou minha atenção uma vez que poderia levar a uma redução acentuada das doenças causadas pela bactéria salmonela presente no ovo, sendo, portanto, uma inovação que resolveria um caso de saúde pública.
A pasteurização de ovos na casca não é uma tarefa tão simples assim. É necessário elevar a temperatura alta o suficiente para matar as bactérias, mas não alta o suficiente para cozinhar o ovo. Um complicador adicional é o fato da clara ser mais sensível ao sobreaquecimento que a gema do ovo.
O novo método utiliza energia de radiofreqüência (RF) para transmitir calor através da casca para a gema do ovo, enquanto o ovo gira. Simultaneamente, fluxos de água fria fluem sobre o ovo para proteger a clara. O ovo é então banhado em água quente para pasteurizar a clara e terminar a pasteurização da gema. 
O protótipo, que faz tudo isso, emite energia de RF para o interior do ovo, atravessando a sua casca, usando dois eletrodos colocados em lados opostos do ovo. O ovo repousa sobre rolos que o giram para assim distribuir o calor e a água de refrigeração uniformemente.
Sim, tudo isso é um pouco complicado, mas não tanto quanto o aplicativo que usa ondas cerebrais para bloquear chamadas de celular, desenvolvido por Ruggero Scorcioni.
 
 
O neurocientista e programador Ruggero Scorcioni viu-se constantemente distraído com o telefone enquanto estava tentando trabalhar. Ele simplesmente detestava interromper seu trabalho a todo momento quando chegava uma chamada no seu celular. Em janeiro de 2013, por um capricho do destino, Ruggero decidiu participar de uma maratona hacker, promovida pela operadora de telefonia norte-americana AT&T. Todos os participantes dessa maratona receberam de presente um novíssimo fone de ouvido, produzido pela empresa Neurowear, com formato de orelha de gato, simplesmente capaz de monitorar as ondas cerebrais de seus usuários. Isso possibilitou a Ruggero – neurocientista e programador – criar o seu aplicativo. 
 
O usuário deverá usar o fone de ouvido da Neurowear que, obviamente, não será usado para esta finalidade, mas que estará conectado ao telefone celular. Com isso, e o software aplicativo de Ruggero, a atividade mental do usuário será monitorada. Se o usuário está distraído e despreocupado, o sistema gera um sinal fraco e pouco intenso. Se, por outro lado, o usuário está muito concentrado, o sistema gera um sinal forte e de grande intensidade. Toda vez que uma chamada chegar no celular, e a atividade do cérebro do usuário estiver alta (usuário estiver muito concentrado), a chamada será bloqueada. O neurocientista e programador afirma que seu aplicativo será capaz de aprender, através do feedback dos usuários, a reconhecer o nível de concentração no qual os usuários desejam bloquear suas chamadas. As chamadas bloqueadas dessa forma serão redirecionadas para um sistema de mensagem automática que informará a quem estiver chamando que o usuário não pode atender no momento. Ruggero Scorcioni, que ganhou o prêmio Hackathon de US$30.000 com seu aplicativo, decidiu batizá-lo de “Good Times” ou, em português, bons tempos. 

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