segunda-feira, 18 de março de 2019

Arduino Day 2019 – Palestra na Escola Técnica Bento Quirino em Campinas / SP


O Arduino Day é uma celebração global de aniversário do Arduino. É um evento de 24 horas, organizado diretamente pela grande comunidade do Arduino, que reúne pessoas para compartilhar suas experiências e aprender mais sobre a plataforma. Nesse ano de 2019, o Arduino Day foi comemorado no dia 16 de março. 

Dentro desse espírito de busca por inovação e troca de experiências, a Escola Técnica Bento Quirino de Campinas/SP organizou um evento interno para comemorar o Arduino Day e convidou a Módulo Eletrônica para apresentar suas impressoras 3D e realizar uma palestra sobre esse tema. Isso me deu a oportunidade de participar do evento como palestrante, e assim poder conversar com alunos e professores do Bentão (como essa instituição de ensino é chamada carinhosamente) sobre um tema tão relevante. 



A agenda de nossa palestra incluiu tópicos como a evolução da impressão 3D, aplicações hoje e no futuro, a impressão 3D como um dos pilares da Industria 4.0, o funcionamento de uma impressora 3D, exemplos de uso da impressão 3D na educação, benefícios e principais desafios.



Vale a pena registrar alguns pontos importantes que debatemos durante a palestra:

Tudo se encaixa quando usamos as impressoras 3D na escola. A impressão 3D se alinha a cultura “maker”, do “faça você mesmo” e do “por a mão na massa”. E que elementos aparecem na cultura “maker”? A programação, a robótica e os drones, o Arduino e o Raspberry pi, os aplicativos, os dispositivos analógicos e as ferramentas e a impressão 3D. A impressão 3D é um colaborador no processo educativo. Uma excelente ferramenta para atrair e manter a atenção dos alunos. Os alunos podem aprender fazendo. Estamos falando de usar a criatividade, de colaborar e trabalhar em equipe para executar um projeto.

A conclusão é que tem muita coisa interessante que podemos fazer! Mas, naturalmente, existem desafios que precisam ser enfrentados, como os apontados a seguir:

1- Conhecer e dominar a ferramenta de impressão 3D – tanto por alunos quanto por professores. Isso vem com treinamento e com o uso nos projetos.

2- O treinamento dos professores é fundamental, porque são eles os orientadores dos alunos nesse processo.

3- Custos / financiamento – é meio que óbvio, pois afinal estamos no Brasil. Como conseguir recursos para investir em impressoras 3D? Como os fornecedores podem cooperar com as escolas? São questões que precisam ser respondidas.

4- Inserção da cultura Maker nas escolas – eu falo em tornar a cultura Maker accessível para todos os alunos de todas as escolas, não só para os de escolas particulares e alunos de classes privilegiadas.

Bem, é isso aí. Até a próxima!
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sábado, 9 de março de 2019

Gerenciamento de Conflitos em Projetos: Um Excelente Tema para o seu TCC


Muitos dos que procuram temas para seus TCCs em gerenciamento de projetos esquecem que há uma significativa gama de assuntos relacionados ao desafio de gerenciar e controlar projetos, sendo esse desafio muito relacionado a como lidar com as pessoas e seus conflitos. Mas o que se deve procurar então exatamente nesse campo? Bem, em primeiro lugar deve-se procurar um projeto em que se possa ajustar o foco da lente observadora do pesquisador (ou, em outras palavras, ajustar o olho atento do aluno do MBA em Gestão de Projetos) aos comportamentos da equipe no decorrer do projeto, verificar se houve impactos no projeto como os atrasos no cronograma, o aumento de custos ou os desvios nos objetivos do projeto, apenas para citar alguns e, não menos importante, estudar como o gerente de projetos enfrentou tais comportamentos e tratou tais impactos. O resultado final seria um bom conjunto de lições aprendidas para serem compartilhadas pelos profissionais e interessados na área da gestão de projetos e, com toda certeza, um excelente material para ser usado na pesquisa do seu trabalho de conclusão de curso.

Então, estamos falando de conflitos nas organizações e nos projetos, certo? Sim, um fenômeno presente em todas as organizações desse nosso planeta azul. Mas que técnicas podem ser observadas por nós, pesquisadores e estudantes de gestão de projetos, e que são usadas para lidar com conflitos? Bem, vejamos algumas delas abaixo.

Buscar uma solução em que todos ganhem – Parte do principio que a única vitória quando se trata de lidar com conflitos no ambiente de trabalho é aquela que é mútua, o que resulta geralmente em buscar novos pontos comuns de entendimento. Os lados em conflito precisam deixar de se ver como adversários, mas como partes de uma mesma equipe, pois isso aumenta a chance de alcançar um resultado mutuamente benéfico. Isso se tornará particularmente difícil em casos onde existam conflitos repetidos com um ou mais indivíduos ou ainda se uma das partes tiver a certeza de estar absolutamente correta.

Concentrar-se no processo ao invés de culpar as pessoas – Antes de ir logo apontando o dedo para um indivíduo e afirmar que ele (ou ela) é o culpado por um erro cometido, essa técnica considera ser melhor, em primeiro lugar, investigar o processo em que a atividade ou o trabalho é feito. Em outras palavras, o gerente de projetos deve olhar para o ponto no processo em que esse erro foi cometido. Se há um problema aqui, o que deve ser feito para corrigir? O gerente de projetos deve tentar verificar se esse indivíduo teve a informação certa para fazer seu trabalho corretamente ou se houve alguma perda de informações que poderiam levar aquele indivíduo ao erro. A ideia é encontrar a causa raiz do problema e corrigir o processo, deixando a equipe confiante para evitar que erros sejam cometidos no futuro.

Identificar emoções - Somos humanos; imperfeitos e muitas vezes irracionais. Dar um passo atrás para descobrir como estamos realmente nos sentindo é uma das melhores coisas que podemos fazer para lidar com conflitos. Podemos fazer isso individualmente, mas a melhor técnica é conversar com um amigo (ou amiga) que esteja fora do problema e possa nos ajudar com honestidade, sem querer apenas nos agradar.  Um indivíduo irritado ou chateado está mais propenso a entrar em conflito com alguém. Mas o que está no núcleo dessa irritação? Será que o indivíduo se sente excluído ou desapontado por entender que foi deixado de fora de algo que considere importante para o seu trabalho? Identificar as emoções pode nos ajudar a encontrar a causa raiz de um conflito.

Evitar as armadilhas da comunicação - Muitos conflitos no local de trabalho são causados por mal-entendidos devido a diferentes estilos de comunicação. Algo que é dito a um colega de trabalho pode ser interpretado de forma diferente do que se pretendia. Em nosso ambiente digital de trabalho estamos constantemente enviando mensagens por chat e e-mail, produzindo fotos e vídeos com maior facilidade, nos comunicando por audio e vídeo conferência, trabalhando remotamente apoiados na tecnologia. Muitas vezes trabalhamos com pessoas que não conhecemos pessoalmente. As pessoas – colegas próximas que estão em nosso ambiente físico ou aquelas que trabalham remotamente - têm diferentes personalidades e preferências de comunicação e tais diferenças potencializam o surgimento de conflitos. Para minimizar esse problema o gerente de projetos deve abrir um canal de comunicação com a equipe, no ambiente do projeto, tendo o cuidado de deixar claro que esse canal funciona como uma via de mão dupla.  O gerente de projetos precisa estar disposto a ouvir e a oferecer a melhor comunicação possível para que os conflitos com a equipe possam ser solucionados.

Manter-se orientado aos objetivos e metas do projeto – A ideia aqui é tentar usar um conflito como uma ferramenta de alcance dos objetivos e metas do projeto. Será que temos uma diferença de opiniões e de abordagens porque estamos tentando encontrar o melhor caminho para alcançarmos aquele objetivo ou aquela meta? Essa é a pergunta chave dessa técnica. Além disso, será essencial ter as partes envolvidas no conflito com a mente aberta para discutir as causas do conflito e entender como poderão colaborar para que o mesmo seja resolvido. 

Fazer reuniões do tipo cara a cara – Não há nada tão poderoso no gerenciamento de conflitos do que uma reunião onde as partes envolvidas estão presentes, olhando nos olhos umas das outras, e dizendo o que precisa ser dito diretamente, sem intermediários eletrônicos, dialogando cara a cara.  Os e-mails e telefonemas, e outros tipos de mensagens eletrônicas, possibilitam um tempo para que o indivíduo que os recebe fique repassando seu conteúdo e alimentando ressentimentos.  Se o gerente do projeto chama alguém para uma conversa pessoal isso tem sua importância, mas não significa que é fácil. Pode ser complicado lidar com os tímidos ou com a falta de confiança de membros da equipe. A falta de confiança é um obstáculo na resolução de conflitos pois costuma atuar como um inibidor para a abertura de um canal de comunicação mais franco e armar os mecanismos de defesa dos que são chamados para conversar.  A parte convidada para a reunião pode pensar: “- O que eu fiz de tão errado que necessita ser discutido em uma reunião?” Sendo assim, é recomendado usar as técnicas mencionadas anteriormente nesse texto como buscar uma solução em que todos ganhem, concentrar-se no processo ao invés de culpar as pessoas, identificar emoções, evitar as armadilhas da comunicação e manter-se orientado aos objetivos e metas do projeto. 

Reconhecer as fontes causadoras do conflito – Essa técnica compreende a análise do conflito e suas causas e o reconhecimento em voz alta, na presença da outra parte envolvida, para validar o que foi descoberto, confirmando o entendimento do conflito e, ao mesmo tempo, dando a oportunidade para que a outra parte aponte discrepâncias em sua compreensão do problema em questão. Isso mostra que o gerente do projeto não está apenas disposto a ouvir, mas que é um bom ouvinte. Como a comunicação está no centro de todas as técnicas bem-sucedidas de resolução de conflitos, a importância de ouvir e mostrar especificamente que se está ouvindo não apenas ajuda no conflito em questão, mas também cria um espaço mais aberto para lidar com conflitos futuros. 

Voltar-se para si mesmo – A ideia dessa técnica é dar o exemplo, orientando seu esforço na busca de melhorias internas, na equipe ou no próprio gerente de projetos. O mantra aqui é o seguinte: - Nós sempre podemos fazer melhor. Será que eu – como gerente desse projeto – estou fazendo alguma coisa errada? Estou errando na comunicação ou na alocação de recursos? Será que isso (ou outro aspecto causado por mim) está gerando conflitos? Trabalhar para responder a essas perguntas é vital para que essa técnica funcione. Quanto mais o gerente de projetos faz isso, mais forte será esse aspecto da cultura de sua equipe. Se todos se sentirem seguros ao apresentar seus próprios erros, as questões sobre como lidar com conflitos no trabalho tornam-se secundárias, pois os problemas podem ser dissecados em uma zona livre de conflitos.

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De tudo que foi dito até aqui vale o ditado popular que diz que “conversando a gente se entende”. E aqui surge uma importante lição a ser aprendida: Qual é o sentido de todas essas conversas difíceis se não aprendemos alguma coisa que possa nos ajudar e facilitar nossas futuras conversas.  Afinal de contas, são essas conversas que usados para lidar com os conflitos. Não há sentimento pior do que experimentar um diálogo difícil, conflituoso, com alguém na equipe do projeto, para sentir que todo aquele esforço foi em vão. 

Você, como gerente do projeto, agiu de que forma? Você não era o gerente, apenas participou do projeto. Tudo bem, eu entendo. No projeto em que você participou, como o gerente do projeto agiu para lidar com os conflitos da equipe? Se você tiver acesso a essas informações terá em mãos um bom material para usar na sua pesquisa do TCC. Reflita sobre essas questões e veja se isso pode ajudá-lo. Bem, é isso aí. Até a próxima.