sábado, 23 de fevereiro de 2019

Campus Party #CPBR12: Sentindo o Futuro

Eu caminhava tranquilamente pelo enorme tapete vermelho na área paga da Campus Party – chamada de Arena - e vi dois rapazes e uma moça experimentando um jogo, usando seus próprios movimentos, como numa dança. Sim, eles estavam dançando. Logo um rapaz de camisa branca se aproxima para ver tudo mais de perto.  Eu movi a câmera do meu smartphone, num giro de 360 graus, registrando quem estava passando por ali e observei muitas pessoas, centenas delas, sentadas em bancadas com seus computadores, meio que absorvidas, mergulhadas em seus aplicativos, acessando à Internet de ultra rápida velocidade que tinha sido disponibilizada para os participantes do evento. Aquele era o lugar das chamadas comunidades, reunindo principalmente desenvolvedores, criadores e gamers. Essas comunidades – grupos com interesses em comum – podiam criar ou ampliar suas conexões, compartilhar conhecimento, estimular o espírito colaborativo, impulsionar novas ideias e inspirar outros a se integrarem. Sim, ali podia ser um bom lugar para isso.  

Em pontos estratégicos daquele espaço haviam palcos para apresentações de especialistas, debatendo sobre assuntos relevantes. Eram palcos dedicados, batizados com nomes como Palco Creativity, Palco Makers, Palco Gamers, Palco Entrepreneurship, Palco STEAM, Palco Feel the Future e Palco Coders. Todos escritos em inglês. Por um instante me veio a seguinte questão: Não se pode ser criativo em português? Deixa isso pra lá! Todos os palcos – com seus respectivos lugares para as pessoas assistirem as apresentações devidamente acomodadas - no mesmo espaço aberto, junto com as pessoas nas mesas das comunidades, palestrando e falando ao mesmo tempo. Se você fosse para um dos palcos assistir a uma palestra, poderia acompanhar o som do palestrante perfeitamente, mas aquele ruído sonoro de fundo, excessivo para o meu gosto pessoal, o acompanharia em todos os lugares da Arena. Continuei registrando a Arena na câmera do meu smartphone e quando terminei o giro, duas moças de camiseta branca já estavam na frente do tal jogo, prontas para experimentar alguns passos. Aqui a fila também andava!



Uma outra área chamada Camping estava reservada para a galera que pagou para dormir no evento, para ficar lá todas as horas do dia e da noite. Essa área estava lotada pelos muitos que queriam simplesmente estar ali o máximo de tempo possível, sem ter que ir para casa no final do dia e ter o trabalho de voltar no dia seguinte. Para sentir o futuro – Feel the Future - era preciso estar nele o tempo todo!



Minha missão na CPBR12 foi ministrar uma “Oficina” sobre o microcontrolador Arduino e sua programação no stand do Centro Paula Souza, em parceria com a Módulo Eletrônica de Campinas/SP. Tudo isso rolou no dia 14 de fevereiro de 2019, com o horário das 13:00 horas para começar! A realização foi de responsabilidade da Módulo Eletrônica, empresa fornecedora de componentes eletrônicos, de uma vasta linha de produtos para Arduino e de impressoras 3D.
O stand do Centro Paula Souza estava na área gratuita da Campus Party chamada de Open Campus, onde ficavam os stands dedicados aos simuladores, drones, robôs, a educação do futuro e, não menos importante, aos patrocinadores. Poder contribuir com uma instituição de ensino de vanguarda, que adota metodologias ativas de aprendizagem para motivar os jovens nos seus estudos, foi uma experiência muito gratificante. 



Em todas as áreas da Campus Party o sistema de ar condicionado funcionou perfeitamente. A temperatura era agradável, mas o ruído sonoro me incomodou, devo confessar. O ruído sonoro excessivo é algo que se precisa aprender a conviver quando se decide estar nesse tipo de evento. Fácil para uns e difícil para outros como eu. Eu ainda tinha mais uma dúvida que me acompanhava desde o primeiro momento que entrei no pavilhão da Expo Center Norte em São Paulo: - Será que todo esse pessoal acampado consegue mesmo dormir à noite? Vai saber! Eu acho que, depois de tudo que rolou no evento, muitos estarão determinados a perseguir seus sonhos, cheios de motivação e novas ideias. Mas dormir mesmo, só quando cada um estiver estirado em sua própria cama, no escurinho calmo e seguro de seus quartos. Nessa hora, e só nessa hora, é que, sem se dar conta, cairão no sono profundo e merecido, pois, afinal de contas, a tecnologia é inspiradora, mas o sono é mais que sagrado.

Campus Party Brasil – CPBR12
De 12 à 17 de fevereiro de 2019
Expo Center Norte na cidade de São Paulo

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Os serviços executados pelos PMOs no Brasil


Um esclarecedor artigo de Carlos Magno Xavier (Doutor, PMP), publicado no site da Beware, em 17 de dezembro de 2018, responde a muitas perguntas sobre o que os Escritórios de Gerenciamento de Projetos fazem e como atuam nas organizações brasileiras. Um Escritório de Gerenciamento de Projetos, mais conhecido por PMO, do inglês Project Management Office, tem papel importante na chamada governança corporativa, que considera a gestão dos projetos devidamente alinhados com as estratégias de negócios de uma organização.



O artigo afirma que várias organizações implantaram ou estão considerando implantar PMOs esperando que isso contribua para importantes melhorias como, por exemplo, a entrega de projetos no prazo, a redução de custos e a diminuição no fracasso dos projetos. Entretanto, também menciona estatísticas apresentadas em 2011 que dão conta que 60% dos profissionais seniores de projetos questionam o valor do PMO e 50% do PMOs falham em sua primeira implementação. Bem, mas o que acontece no Brasil? As respostas estão no artigo do autor para o qual apresentamos aqui um resumo.

PMOs no Brasil *****

A pesquisa foi realizada no período de setembro à novembro de 2018, com 241 respondentes.

A grande maioria (75,3%) dos participantes foi de organizações de grande e médio porte, onde presumivelmente estão os projetos mais relevantes para o país.

Verificou-se que 30% das organizações de grande porte pesquisadas não possuem PMO.

É fundamental entender o PMO como um prestador de serviços. De uma lista de 27 serviços identificados como os mais comuns em PMOs no mundo, os serviços mais comuns em mais de 60% dos PMOs pesquisados no Brasil foram os seguintes:
·         No grupo de gestão de portfolio: monitorar e controlar o desempenho de projetos, informar o status dos projetos a alta gerência, e coordenar e integrar projetos de um portfolio.
·      No grupo de desenvolvimento de governança: prover metodologia de gerenciamento de projetos e prover um conjunto de ferramentas para o gerenciamento de projetos.

Com respeito ao nível de satisfação com a qualidade dos serviços dos PMOs, considerando apenas as organizações com PMO, o resultado foi o seguinte: muito satisfeito 13%; satisfeito 45%; nem satisfeito nem insatisfeito 24%; insatisfeito 13% e muito insatisfeito 5%. Desta forma, 58% dos respondentes estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a qualidade dos serviços do Escritório de Gerenciamento de Projetos.

Para mais informações acesse o link >

É isso aí, até a próxima!

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