domingo, 17 de janeiro de 2016

O Método Praxis de Gerenciamento de Projetos

O Praxis é uma estrutura de gestão de projetos, programas e portfólios. Segundo o Praxis não existe essa coisa de projeto, programa ou portfolio típicos e por conta disso a utilização dos seus blocos de construção não é algo predeterminado.  

Existe, portanto, a prática da adaptar e montar esses blocos para atender todos os tipos de projetos em diferentes contextos.
Há uma quantidade enorme de documentação sobre a estrutura Praxis, grande parte em língua inglesa, que pode ser encontrada no website   http://www.praxisframework.org/  

A APM (Association for Project Management ou, em português, Associação para Gerenciamento de Projetos) publica o “Praxis Framework book”, um livro com a estrutura geral do Praxis, incluindo o corpo de conhecimento, a metodologia, o quadro de competências e o modelo de maturidade. A APM é o membro do Reino Unido do IPMA (International Project Management Association ou, em português, Associação Internacional de Gerenciamento de Projetos).
O Praxis publicou um glossário de termos técnicos de gerenciamento de projetos que inclui definições do PMBoK, ISO21500, Prince2 e APMBok. Para receber uma cópia basta enviar a mensagem abaixo para o seguinte endereço de e-mail: h12sblog@gmail.com 

“Por favor, me envie uma copia do PRAXIS FRAMEWOK_PM glossary” 

A norma ISO21500 fornece diretrizes para gerenciamento de projetos e pode ser usada por qualquer tipo de organização, incluindo pública, privada ou organizações comunitárias, e para qualquer tipo de projeto, independentemente de complexidade, tamanho ou duração.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Sobre o Project Builder e o ITM Platform

Muitos dos meus alunos têm dificuldade em compreender por onde começa um projeto e como o mesmo se desenvolve.

Assimilar o que precisa ser entregue como resultado final e a partir dessa compreensão definir o escopo do projeto, decompor as atividades e criar a estrutura analítica de projetos, estimar os recursos envolvidos, os custos, as durações e as precedências, elaborando dessa forma o cronograma do projeto, naturalmente leva um certo tempo. O cronograma, assim elaborado, não mostrará apenas as informações de tempo dentro de um calendário, indo mais além. Teremos, portanto:

·         A sequência de todas as atividades do projeto distribuídas em um calendário, com suas durações, e datas de início e fim (tempo).

·         O esforço necessário para realizar cada atividade ou pacote de trabalho destacado no cronograma, incluindo pessoas, materiais e equipamentos e assim saberemos quando cada atividade ou pacote de trabalho vai custar para o projeto (custo).

·         O resultado esperado de cada atividade ou pacote de trabalho destacado no cronograma, sendo obtido na sequencia estabelecida no cronograma, até a conclusão de todas as entregas do projeto (escopo).

·         O resultado esperado de cada atividade ou pacote de trabalho destacada no cronograma do ponto de vista de função, tamanho, cor, alcance, ou qualquer outra característica ou atributo usado como critério de aceitação (qualidade).

Os programas de software de gerenciamento de projetos são excelentes ferramentas que ajudam a compreender esses conceitos e mostram ações específicas – que formam a base do planejamento e auxiliam o controle do progresso do projeto – e que, portanto, deverão ser cuidadosamente executadas pelo gerente de projetos. Por tudo isso, eu recomendo a todos que desejam aprender sobre gerenciamento de projetos que estudem como esses programas funcionam. Além de programas como o MS Project da Microsoft (certamente o software mais popular dentre todos nessa área), o Open Proj (um software gratuito que tenta se aproximar do MS Project e que na sua versão mais atual passou a se chamar Project Libre), eu sugiro que cada estudante invista um pouco de seu tempo e esforço para aprender sobre o Project Builder e o ITM Platform.

Project Builder
O Project Builder (PB) é um software de gerenciamento de projetos com várias funcionalidades interessantes que incluem:

·         Cadastrar as áreas da organização que participam do ambiente de projetos, além de clientes e fornecedores;

·         Criar um projeto do zero, importar do MS Project ou importar do PM Canvas App;

·         Para um projeto criado do zero, realizar as ações de planejamento do mesmo, com a edição da EAP, digitando as entregas, pacotes de trabalho e atividades correspondentes, a duração de cada atividade, trabalhando com o calendário, definindo as atividades predecessoras e visualizando o gráfico de Gantt;

·         Carregar no software as partes interessadas com suas atribuições específicas, ou seja, quem participa do projeto, seus papéis e responsabilidades;

·         Descrever quem é responsável pela entrega de cada atividade do projeto, com o nome, a quantidade de horas de esforço  (ou trabalho) e o custo correspondente;

·         Liberar o acesso ao projeto carregado no PB para o grupo de pessoas envolvidas no projeto.

O software Project Builder também se aplica a empresas que utilizam os métodos ágeis de gerenciamento de projetos.

O PB é também integrado ao método Project Management Canvas, desenvolvido pelo Prof. José Finocchio. O PM Canvas App é um aplicativo disponível para iphone e Android que pode ser integrado ao Project Builder. Recomendo a todos assistir ao vídeo explicativo sobre o funcionamento do PM Canvas, com o prof. Finocchio, que é muito bom!!!.

Quando se contrata o Project Builder o cliente compra um serviço na modalidade SaaS (“Software as a Service”). O PB é assim acessível para o cliente através de um navegador de Internet (“computação na nuvem” ou “cloud computing”), não sendo necessário, portanto, instalar em um computador da empresa esse software.

O Project Builder conquistou em 2010 o premio Melhor solução Modelo SaaS – ASSESPRO (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação).

No site do Project Builder o estudante não terá dificuldade em acessar e assistir a um vídeo que explica o funcionamento desse software ou mesmo requerer um teste gratuito. O site do PB é muito rico em informações sobre gerenciamento de projetos e vale a pena ser explorado.

ITM Platform
Este software permite ao usuário a edição do gráfico de Gantt do projeto e assim planejar, controlar e seguir os tempos online, sendo possível imprimir, a qualquer momento, a linha de base e o caminho crítico.

O projeto poderá ser criado na própria plataforma ou importado do MS Project. Com o software ITM Platform será possível realizar o controle de tarefas do projeto através das chamadas fichas. Para esse software cada tarefa é uma ficha que recebe vários atributos como a equipe de trabalho, o responsável pela tarefa, a estimativa de horas de esforço, etc. O software permite controlar os custos do projeto possibilitando a comparação entre custos reais e custos estimados. Além disso, será possível selecionar quem será o gerente do projeto e alocar os membros da equipe do projeto, designando suas responsabilidades.

O software ITM Platform também se aplica a empresas que utilizam os métodos ágeis de gerenciamento de projetos.

Quando se contrata o ITM Platform o cliente compra um serviço na modalidade SaaS (“Software as a Service”). O ITM Platform é assim acessível para o cliente através de navegador de Internet (“computação na nuvem” ou “cloud computing”), não sendo necessário, portanto, instalar em um computador da empresa esse software.

No site do ITM Platform o estudante poderá requerer um teste gratuito do software que inclui uma sessão de treinamento online.

Aproveite mais essa oportunidade para aumentar seus conhecimentos em gerenciamento de projetos!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Reflexões para 2016

Nesse post vamos apresentar as previsões de Brad Egeland para 2016, profissional que atua como designer de soluções de negócios, consultor de gestão de projetos de tecnologia da informação e autor, com mais de 25 anos de experiência em desenvolvimento de software e gerenciamento de projetos.
 
 
“O que vai acontecer com o gerenciamento de projetos em 2016? O gerenciamento de projetos está bastante estático desde que se tornou uma disciplina”.

As previsões de Brad Egeland são as seguintes:

·         Surgimento do CPOs

·         Diminuição dos PMOs

·         Certificação sai de foco

·         Gerenciamento de projetos descentralizado

·         Maior confiança em gerentes de projetos e consultores remotos
Surgimento dos CPOs – de acordo com Egeland, esse é o ano que o cargo de CPO (Chief Project Officer), que seria o executivo principal e responsável pelos projetos, começa a ganhar força. Esse movimento estaria alinhado com a ideia do enfraquecimento dos escritórios centralizados de projeto.
Diminuição dos PMOs – parece que existe uma percepção que os PMOs (Project Management Offices, ou escritórios centralizados de projeto) não estão conseguindo servir muito bem suas organizações. Egeland ressalta que as falhas são, geralmente, “atribuídas à falta de liderança do chefe do PMO, ou ao tempo que o líder do PMO gasta gerenciamento projetos ao invés de gerenciar o PMO”. Pode ser também devido a bagunça da própria organização, que acaba contaminando o PMO. As organizações buscam formar PMOs com forte liderança, com processos bem estruturados, práticas, políticas e modelos que funcionem. Mas isso não tem sido suficiente, uma vez que muitas falhas têm sido encontradas. 
Certificação sai de foco“a certificação do gerente de projetos, embora seja ainda solicitada em vários processos seletivos, tende a ganhar menos importância”. Egeland afirma que em 2015, prestou consultoria para duas organizações que estavam procurando gerentes de projeto experientes e com certificação PMP, no entanto, a certificação nunca foi sequer discutida durante qualquer um desses processos. Pessoalmente, acho um pouco demais concluir que a certificação está saindo de foco tendo como base apenas duas consultorias. Talvez existam outras evidências não explicitadas no artigo do autor. Talvez seja a percepção de quem está vendo e ouvindo muitas outras coisas que levam a essa conclusão. De qualquer modo, não devemos esquecer que para obter sua certificação um profissional necessita comprovar experiência, em primeiro lugar. São exigidas 4.500 horas de liderança e direção em projetos, no mínimo. Não é só fazer uma prova e pronto! A certificação continua sendo um passaporte de entrada nos processos seletivos. Depois disso, bem, aí são outras “4.500 horas”.
Gerenciamento de projetos descentralizado – embora isso possa parecer contraditório com a ideia do surgimento dos CPOs, Egeland acredita que “veremos o aumento do uso de gerentes de projeto trabalhando em vários setores e departamentos das organizações, de modo descentralizado”. Em outras palavras, essa ideia está alinhada com a diminuição dos escritórios centralizados de projeto.
Maior confiança em gerentes de projetos e consultores remotos – parece que Brad Egeland aposta no crescimento das equipes virtuais, com gerentes de projetos trabalhando remotamente. Egeland afirma que as “organizações de serviços profissionais que baseiam a maior parte de seus negócios no fornecimento de soluções de projeto estão oferendo seus serviços” em várias regiões do planeta, mesmo aquelas em que não estão fisicamente presentes. São empresas que se orgulham de possuir os melhores dentre os melhores profissionais do mercado. Essas empresas aproveitam as facilidades, cada vez maiores, de comunicação, e isso possibilita que trabalhem para diferentes empresas e com “equipes geograficamente dispersas. A ideia é prestar excelentes serviços remotos por uma fração do custo de um projeto gerenciado localmente".

AGORA, você pode refletir sobre os pontos levantados nesse post e compartilhar as suas próprias conclusões.
O artigo original de Brad Egeland, publicado em dezembro/2015, está disponível em <http://www.cio.com/article/3012273/project-management/top-5-predictions-for-project-management-in-2016.html>
Para mais informações sobre Brad Egeland acesse <http://www.bradegeland.com/blog>

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