Dentre os programas de software
de gerenciamento de projetos, o MS Project da Microsoft é o mais conhecido. Segundo
a Wikipédia, a Microsoft lançou a primeira versão desse programa em 1985 e de
lá para cá não parou mais de criar novas versões, cada vez melhores. O MS
Project é um componente do Office, a mesma plataforma que inclui o Word, o
Excel e o Power Point, três dos programas mais conhecidos do planeta, e que,
certamente, 99% dos estudantes de curso superior no Brasil já tiveram acesso e
usaram, tanto no meio acadêmico quanto no ambiente profissional. Já sobre o programa
MS Project, mesmo sendo uma excelente ferramenta de gerenciamento de projetos,
um verdadeiro sucesso de crítica e de público, não se pode garantir que o seu
uso pela maioria dos estudantes tenha sido líquido e certo. Não se trata de
rejeição ou de problemas técnicos. O motivo é bastante simples: - O MS Project
é um produto caro para os padrões brasileiros. Uma rápida visita ao website “Microsoftstore” é
suficiente para confirmar essa afirmação. A versão mais atual - o MS Project
Professional 2013 - custa R$2.199 e antes de adicionar o item ao seu carrinho de
compras (no website da gigante norte-americana), o comprador deve ler com
bastante atenção a seguinte mensagem: “Importante: o preço em REAIS é mera
referência; esta é uma transação internacional e o preço final do produto está
sujeito à variação cambial e inclusão do IOF, sem emissão de nota fiscal
eletrônica”. Bem, é isso aí! Resumindo, apesar de todos os benefícios do MS
Project, ele não é um produto acessível para todos os bolsos. Se você não tem
dinheiro para adquirir o MS Project por conta própria, ou não trabalha em uma
empresa que disponibiliza o produto para os seus funcionários, precisa
encontrar outra ferramenta para os seus projetos.
Uma opção bastante popular de software de gerenciamento de
projetos é o Open Proj, criado pela empresa Projity em 2007. Publiquei em outubro de 2011 nove posts com dicas
de uso do Open Proj. Esses posts estão colocados em sequência, sendo batizados de "Um Roteiro para Usar o Open Proj", podendo o
primeiro deles ser acessado nesse blog clicando aqui (Open Proj)!!!
A leitura atenta dos posts
mencionados possibilita ao estudante aprender o básico sobre o Open Proj. Sim,
e antes que eu me esqueça de mencionar, o Open Proj é gratuito.
O desenvolvimento do Open Proj
ficou meio que congelado por alguns anos até que em 2012, o grupo que criou o
programa lançou o ProjectLibre, que é, na prática, uma versão mais moderna do
Open Proj, com uma interface de usuário nova e algumas correções de antigos problemas.
Sim, a boa notícia é que tudo o que você aprendeu para usar o Open Proj será
muito útil quando for usar o ProjectLibre. O ProjectLibre também é gratuito!
Para baixar o ProjectLibre basta
acessar o site da sourceforge.net/projects/projectlibre
e seguir as instruções de download. É uma operação simples e relativamente
rápida.
Para acessar a um conjunto
interessante de informações sobre o ProjectLibre você pode escolher as
seguintes opções:
Canal ProjectLibre, que é um blog dedicado ao
software, com informações em português sobre as funcionalidades do programa, inovações, versões, teclas de
atalho, interface gráfica, como abrir um arquivo, trabalhar com custo hora,
tipos de dependência, restrições e limites, dentre outras.
Slideshare,
com um livro digital de 132 páginas, em português, sobre o ProjectLibre.
Na figura 1 podemos ver a página
principal do ProjectLibre, com um exemplo.
O ProjectLibre é uma ferramenta
de gerenciamento de projetos, e como tal deve ser usada da melhor forma
possível pelo gerente de projetos, explorando os seus pontos fortes. Se
considerarmos, portanto, as ações do gerente de projetos com relação a um
determinado projeto, os seguintes passos devem ser seguidos:
(i)- Desenvolver
o plano do projeto (EAP, recursos, custos, cronograma, ...);
(ii)- Carregar
o plano do projeto na ferramenta de software (no ProjectLibre e em outras
ferramentas se necessário);
(iii)-
Executar e acompanhar o projeto (usando as ferramentas que precisar, ou seja,
usando o ProjectLibre, o Excel, dentre outras).
Vale mencionar que nem tudo que foi elaborado no plano do projeto pode ser carregado no ProjectLibre. A parte de riscos é um exemplo dessa limitação, também presente em outros pacotes de software, como o próprio MS Project.
As principais facilidades
que o ProjectLibre pode oferecer ao gerente de projetos estão destacadas abaixo.
Na figura 2, temos:
Carregar e visualizar a
estrutura analítica do projeto;
Inclusão de comentários
das atividades, criando um dicionário da EAP;
Desenho do diagrama de
rede com as precedências das atividades;
Alocação de custos das
atividades;
Alocação de recursos;
Apresentação do
cronograma do projeto no formato do gráfico de Gantt;
Visualização das datas
de início e fim do projeto e de cada atividade;
Indicação de marco do
projeto no cronograma;
Indicação do caminho
crítico no cronograma do projeto.
Na figura 3, temos:
Criação da tabela de
recursos
Na figura 4, temos:
Várias opções de ajuste
do calendário
Na figura 5, temos:
Ação de salvar a linha de base do projeto;
Acompanhamento do projeto, verificando a relação entre real versus planejado.
Portanto, nada mal! Do ponto de
vista prático, o software possui a maior parte das funcionalidades usadas no
planejamento, execução e controle de um projeto. Mesmo que seja necessário criar ainda uma planilha de cálculo para suprir alguma coisa que está faltando, ainda vale muito a pena usar o programa. Assim sendo, não há dúvida que temos em mãos uma ferramenta
útil, lembrando ainda, e mais uma vez, que o ProjectLibre é um software gratuito.
Então, está aí uma boa opção de ferramenta de gerenciamento de projetos! Mão a
obra, vamos trabalhar!
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