Com
a expansão progressiva da Inteligência Artificial (IA), do aprendizado de
máquina (machine learning) e da automação, muito tempo tem sido gasto
contemplando o futuro do trabalho.
Há
um intenso debate sobre os aspectos bons e ruins da aceleração do
desenvolvimento tecnológico na busca de respostas para os problemas que a
sociedade deverá enfrentar. As perguntas que todos precisam responder são as
seguintes: Os empregos recém criados com a IA compensarão os empregos perdidos?
Quantos empregos serão eliminados pela automação e a robótica avançadas com IA?
Em quanto tempo isso vai acontecer?
É interessante notar que – nesse cenário de
acelerada mudança - existem paradoxos que ainda não foram bem explicados. Por
seu lado, os empregadores lutam para encontrar
funcionários com as habilidades certas e – na outra ponta e ao mesmo tempo – parece
que a maioria dos funcionários reclama que seus empregadores subutilizam suas
habilidades. Isso nos leva a crer,
buscando uma explicação lógica para o que ocorre aqui, que as tais habilidades
subutilizadas dos funcionários não são aquelas habilidades certas desejadas
pelos empregadores, pelo menos na maior parte dos casos.
Outro
paradoxo, ainda mais difícil de decifrar, é o que compara o comportamento mais
ansioso e rígido das gerações mais jovens com a necessidade do chamado talento
adaptável e da mente aberta, que surge quase como um pré-requisito da maioria
dos empregos. Esse jovem que não quer esperar e deseja tudo para já e do seu
jeito não combina com essa pessoa flexível e adaptável que as empresas
gostariam de ter em seus quadros, para moldar a sua vontade.
Ninguém
imagina que o avanço tecnológico será desacelerado em nome da proteção dos
empregos. Isso não vai rolar! Talvez seja melhor procurar responder as seguintes
questões: - Como podemos nos preparar melhor e que habilidades são as mais
importantes para o futuro que vem ao nosso encontro?
Tudo leva a crer que
o ensino de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM = Science,
Technology, Engineering and Mathmatics) é cada vez mais importante. Os que se
destacarem nesses assuntos construirão e programarão as máquinas que
automatizarão todos os outros trabalhos. Há uma percepção generalizada de que
os estudantes STEM têm quase garantido salários mais altos e mais opções
profissionais. Será mesmo???
O McKinsey Global Institute estima
que as horas de trabalho dos trabalhadores avançados em TI e programação quase
dobrarão entre 2016 e 2030, e a demanda por todas as habilidades tecnológicas
crescerá cerca de 50%. Mas mesmo em 2030, essas habilidades serão responsáveis por
apenas um sexto das horas de trabalho nos EUA e na Europa.
(Continua --- )
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