Faixas Salariais na Área de Gestão de Projetos

Foi disponibilizado recentemente o Guia Salarial 2020 da Robert Half, a maior empresa de recrutamento especializado do planeta. Nesse post destacamos os cargos que aparecem no mencionado Guia relacionados com a área de projetos.

Os salários estão divididos em faixas, com os números 25, 50, 75 e 95, que dependem de diferentes fatores para encontrar o que foi chamado de nível de remuneração.  

Nível de remuneração	Nível de experiência	Habilidades e conhecimentos	Complexidade do trabalho
25	Menor que a típica.	Necessidade de desenvolvimento do candidato.	Área e/ou segmento com baixa competição por talentos ou uma organização ou departamento menor ou menos complexo.
50	Média.	Necessárias para atender às exigências da vaga.	Complexidade média ou em uma organização onde a competição por talentos é moderada.
75	Maior que a típica.	Forte conjunto de habilidades que pode incluir especializações e certificações.	Bastante complexa ou em um setor razoavelmente competitivo.
95	Significativa e altamente relevante.	Alta especialização, incluindo certificações. Conjunto de habilidades difícil de encontrar.	Mais complexa ou estratégica; em uma indústria competitiva por grande demanda por talentos.

As faixas salarias – em R$ - relacionadas com a área de gerenciamento de projetos estão descritas nas tabelas abaixo:

Gerente de Projetos / PMO	25	50	75	95
Pequena/ média empresa	13.150	17.000	21.250	23.400
Grande empresa	17.050	22.000	27.500	30.250

Engenheiro de Projetos	25	50	75	95
Pequena/ média empresa	8.000	9.000	11.250	12.400
Grande empresa	9.300	12.000	15.000	16.500

Scrum Master	25	50	75	95
Todos os portes (não tem subdivisão pequena/ média e grande empresa)	7.750	10.000	12.950	15.720

Gerente de Projetos (ERPs / CRMs)	25	50	75	95
Todos os portes (não tem subdivisão pequena/ média e grande empresa)	10.050	13.000	16.800	20.450

Além de apresentar faixas de salários, o Guia da Robert Half reforça que:

Quando a tecnologia não anda com o negócio, a empresa fica para trás

“A conexão digital e o conceito de inovação já tomaram conta do mundo, e esse cenário não será revertido. Por isso, salvo alguns casos muito específicos, as organizações que excluírem a área de TI das estratégias do negócio não vão prosperar. Isso deixou de ser uma questão de escolha para se tornar um meio de sobrevivência. A realidade aquece o mercado para os profissionais, com destaque para os que estão inseridos no mundo da Metodologia Ágil e buscam conhecimentos por conta própria. Isso se explica pelo fato de que novas tecnologias e linguagens surgem muito antes das necessidades se instalarem nas empresas e os profissionais têm que se pautar no conhecimento teórico adquirido para se destacarem no dia a dia de trabalho”.

Transformação Digital x Transformação Cultural

“Algumas empresas ainda não entenderam, mas a Transformação Digital está diretamente relacionada à Transformação Cultural da empresa. Ela exige evolução no perfil das pessoas que compõem uma organização e na forma de trabalhar, incluindo Metodologia Ágil, Kanban e Scrum. Se antes, por exemplo, um projeto só demandava reuniões para marcar seu início e fim, hoje a avaliação da mesma ação é fracionada. Ou seja, existe um começo, e a entrega é feita em partes, até a conclusão, com a possibilidade de reavaliar e melhorar a qualidade do trabalho a cada etapa concluída. 
Todo esse processo está muito conectado à TI, uma vez que há soluções de tecnologia que permitem a gestão da produtividade, garantindo processos mais eficazes, alinhados e curtos. Vale ressaltar que essa transformação cultural deve ser entendida por todas as camadas da empresa, da base à alta diretoria. Outro ponto a ser destacado é que, em muitas delas, a Metodologia Ágil, que teve início em TI, se expande para todas as áreas como método eficaz de aumento de produtividade em geral”.

A Robert Half é a primeira e maior empresa de recrutamento especializado no mundo, selecionando profissionais para oportunidades permanentes e projetos. Fundada em 1948 nos Estados Unidos, a empresa opera no Brasil desde 2007, oferecendo profissionais especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas, e cargos de alta gestão. Para mais informações acesse > roberthalf.com.br

É isso aí, até a próxima!

Simplicidade na Gestão

Eu trabalhei muitos anos em serviços. Nessa área é comum adotar como verdade no ataque aos problemas o acrônimo KISS, que nesse caso não significa beijo, mas é formado pelas iniciais da frase “Keep It Simple, Stupid”, ou mantenha isso simples, idiota. 

Aqui a estratégia é não complicar para vencer o desafio. A simplicidade também é usada em serviços quando adotamos a seguinte ideia: “Any action is better than no action”. Isso significa que é melhor tentar alguma coisa para resolver o problema do que não fazer nada, mesmo que essa ação não resolva o problema na primeira tentativa. Em outras palavras, você tenta uma solução que pode funcionar ou não. Se não funciona, você aprende que esse não é o caminho adequado e tenta outra coisa. Sim, é um conceito simples de entender e direto na hora de agir. Com a experiência no trabalho de campo, reparando máquinas e equipamentos, acabei desenvolvendo a habilidade de escolher as melhores soluções para os problemas que enfrentei. A simplicidade é uma benção! 

Com o aumento da complexidade no ambiente de negócios surgem diferentes abordagens e modelos de gestão que o gerente deve buscar compreender. E aqui, quando se fala da gestão de um modo geral, eu poderia abrir uma lista enorme de exemplos, incluindo também exemplos de abordagens relacionadas ao gerenciamento de projetos. Se a sua empresa decide usar um novo método de gestão, você acabará tendo que conhecer esse método em detalhes, pois isso fará parte do seu trabalho. Não há nada de errado em conhecer coisas novas. Afinal de contas, não se deve fechar os olhos para o novo, e sim buscar o seu claro entendimento que nos permita aproveitar o que é bom e inovador.  

Contudo, conhecer o novo não significa deixar de agir com simplicidade na gestão. Esse é um ponto muito importante. Um gerente eficaz deve ter tempo para entender seus colaboradores, definindo para eles, por exemplo, objetivos e metas adequadas e, ao mesmo tempo, desafiadoras. Tais metas devem ser gerenciadas e os colaboradores devem entender que eles (e elas) é que são os responsáveis pelo seu alcance. O gerente deve ter tempo para criar ou manter um ambiente de trabalho que motive os colaboradores. Deve ter tempo para tratar do desenvolvimento profissional e do treinamento dos colaboradores. O gerente deve manter aberto o canal de comunicação com seus colaboradores, e acima de tudo, deve ser justo. Se praticar a simplicidade na gestão nunca terá medo de tomar decisões difíceis, quando necessário. Você gerente, seja simples também, haja com profissionalismo e será respeitado por todos na organização e, o mais importante, não perderá o respeito próprio.