sexta-feira, 18 de março de 2016

Nossos Escorpiões e Chipanzés na Internet de cada dia!

Parece que essa turma do mal se aproveita de uma coisa: - A grande maioria prefere ficar nas sombras (curtir, compartilhar e retuitar), numa espécie de “voyer” coletivo. É por isso que posts que começam com “famoso de tal desabafa, se exibe, fala do segredo, flagra, revela, enlouquece fans, aumenta o drama, consegue milagrosamente, ... “, fazem tanto sucesso. O problema é que a lição do tio do homem aranha (sobre os “grandes poderes que são acompanhados de grandes responsabilidades”) parece não valer na Internet, onde as pessoas se sentem como invisíveis e intocáveis. Se eu posso falar o que quiser, mostrar o que quiser, não importa se certo ou errado, não importa se fira o outro, por que devo me preocupar?  Dane-se! O ser humano fofoqueiro, invejoso e que adora ver o outro se dar mal, prefere as manchetes mais sangrentas, com mortes, tragédias e escândalos. Quanta raiva e selvageria!
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O ser humano também adora os sonhos mais loucos, admira o que é impensável ou impossível. Isso vende muito mais jornal e gera muitos “likes”. Sonhar nos mantém com esperança e nos permite rir das nossas próprias desgraças. Se existisse um concurso para duplas de escorpiões e sapos atravessando um rio, não haveria vencedores. Ninguém consegue fugir de sua própria natureza. O escorpião que não ferroa o sapo e assim consegue chegar, em segurança, junto com seu novo amigo, no outro lado da margem do rio, só existe nos contos de fada.  Assim como chipanzés com câimbra morrem, todos os dias, na boca das onças. Os “chipanzés” que sobram, lá no alto de seus galhos, ainda conseguem fazer piada da sorte triste de seus irmãos. E nós, ávidos leitores, consumimos – curtindo, compartilhando e retuitando - dores e sonhos todo o santo dia, sejam verdades ou mentiras, quase como se fossem a mesma coisa.
 
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quarta-feira, 9 de março de 2016

Resolução da Questão 4 sobre o Método do Caminho Crítico

Vamos apresentar nesse post a resolução questão 4, publicada no blog em 10 de fevereiro de 2016, que se refere ao método do caminho crítico.  


Questão 4): Para o diagrama de rede acima, assinale a alternativa que apresente a folga livre da atividade J e a folga livre da atividade K, nessa ordem:

Notação:

PDI: Primeira Data de Início
PDT: Primeira Data de Término
UDI: Ultima Data de Início
UDT: Última Data da Término
 
A)- 0; 0.
B)- 0; 15.
C)- 15; 0.
D)- 15; 15.
E)- 22; 24.  
Solução: Para resolver a questão devemos calcular as datas de início e término de todas as atividades do diagrama de rede. Fazemos isso, em primeiro lugar, seguindo em frente para preencher a parte de cima do diagrama. A atividade X tem PDI igual a zero, com duração 4, e isso nos leva a um PDT de X igual a 4 (=0+4). O PDT de X será igual ao PDI de Y e de J. Vamos seguir o caminho de Y, com duração de 2, resultando em um PDT de Y igual a 6 (=4+2). Se o PDT de Y é igual a 6, esse será o valor do PDI de Z. Como Z tem duração de 6, seu PDT será igual a 12 (=6+6). Seguindo mais um passo, podemos dizer que esse será o PDI de W, que tem duração de 12, levando seu PDT para o valor de 24 (=12+12). 
Bem, agora vamos ver como vai ficar o caminho de J. Já sabemos que o PDI de J é igual a 4. Como a duração de J é 3, seu PDT será igual a 7 (=4+3). Isso faz o PDI de K também igual a 7. Como K te duração de 2, seu PDT será igual a 9. 
Qual deve ser o PDI de T, que é a próxima atividade do diagrama de rede? Ou, em outras palavras, poderíamos perguntar: Seria o PDI de T igual a 24 (= PDT de W) ou igual a 9 (= PDT de K)? Como estamos seguindo em frente, no caminho de ida, devemos escolher o maior valor
Afinal de contas, o PDI é a primeira data de início da atividade, e para iniciar T teremos que esperar que W e K sejam executadas (pois são predecessoras de T). Como o PDT de W é maior, pois levará um tempo maior para ser executada, o PDT de W é o valor que deve ser considerado como PDI de T. Se o PDI de T é igual a 24, tendo essa atividade uma duração de 5, o seu PDT será igual a 29. Finalmente, temos o PDI de V (igual ao PDT de T) igual a 29. Como V tem duração de 10, o seu PDT será igual a 39.
Agora devemos fazer o caminho de volta para calcular a UDT e UDI de cada atividade. Isso começa com o UDT de V, que é igual ao seu PDT, uma vez que V é a última atividade do diagrama de rede. Se o UDT de V é igual a 39, e sua duração 10, o UDI de V é igual a 29 (=39-10). Com isso, temos que a UDT de T é também igual a 29. Como a duração de T é igual a 5, a sua UDI será igual a 24 (=29-5). A UDI de T será igual a UDT das atividades W e K, que são suas predecessoras no diagrama de rede.
Vamos, então, primeiro percorrer o caminho de W. Como a duração de W é 12, a sua UDI será igual a 12 (=24-12). A UDI de W é igual a UDT de Z, portanto, também igual a 12. Como a duração de Z é 6, a sua UDI é igual a 6 (=12-6). Isso nos leva a UDT de Y igual a 6. Se Y tem duração de 2, a sua UDI será igual a 4 (=6-2).
Vejamos agora como fica o caminho através da atividade K. Como a duração de K é 2, a sua UDI será igual a 22 (=24-2). Com isso, temos que a UDT de J é também igual a 22. Se a duração de J é 3, a sua UDI será igual a 19 (=22-3). 
Qual deve ser a UDT de X, que é a atividade que vem antes no diagrama de rede? Ou, em outras palavras, poderíamos perguntar: Seria o UDT de X igual a 4 (= UDI de Y) ou igual a 19 (= UDI de J)? Como estamos no caminho de volta devemos escolher o menor valor. 
Isso nos mostra que o UDT de X é igual a 4. Como a duração de X é igual a 4, o seu UDI será igual a zero (=4-4). Tendo feito isso, teremos todos os valores de PDI, PDT, UDI e UDT das atividades do diagrama de rede, conforme mostrado na figura anterior. O caminho crítico desse diagrama de rede passa pelas atividades X – Y- Z – W – T – V.  
 
A folga livre de J é expressa pela seguinte equação:
Folga livre de J = (PDI de K) – (PDT de J), sendo K a sucessora de J.
Folga livre de J = 7 – 7 = 0
Folga livre de K é expressa pela seguinte equação:
Folga livre de K = (PDI de T) – (PDT de K), sendo T a sucessora de K.
Folga livre de K = 24 – 9 = 15
Isso indica que a alternativa B é a correta.

domingo, 6 de março de 2016

Controle de Projetos com Métricas

Quando olhamos os processos do guia PMBOK, verificamos que são subdivididos em cinco grandes grupos; a saber: iniciação, planejamento, execução, monitoração e controle, e encerramento. Isso mesmo, a monitoração e o controle aparecem como um único grupo apenas. E se o grupo de monitoração e controle fosse subdividido e detalhado ainda mais? Essa foi exatamente a ideia de Eduardo Militão Elias, expressa em seu livro “Controle de Projetos com Métricas: Não deixe que seu projeto vire uma melancia atômica”. Certamente a intenção do autor, ao detalhar ainda mais esse grupo de processos, foi contribuir para a melhoria do trabalho do gerente de projetos. E nesse sentido, o autor afirma que “a separação de Monitoramento e Controle, por exemplo, permitirá analisarmos não só a interação entre eles, como também a interação deles com as demais áreas de conhecimento, ampliando nossas possibilidades de criação e aplicação de ferramentas e boas práticas”.

O autor sugere uma redistribuição e inclusão de novos processos, como os que estão apresentados na tabela abaixo.
Redistribuição e inclusão de novos processos (Fonte: Elias, 2014, p. 14)

Minha suspeita é que a proposição de Eduardo M. Elias teve como fonte de inspiração os diferentes significados do monitoramento e do controle, que no livro são ilustrados na figura abaixo.
Significados definidos e objetivos diferentes (Fonte: Elias, 2014, p. 15)

O monitoramento “observa os desvios        “, enquanto o controle “atua para recuperar as métricas”. O monitoramento ”observa o previsto e o realizado”, enquanto o controle “tem atuação sobre qualquer um dos dois”. O monitoramento “analisa a conformidade entre o planejado e o executado”, enquanto o controle atua “corrigindo ora o planejamento e ora a execução, equilibrando, assim, os parâmetros entre o previsto e o realizado”.

Mas não é só isso. A obra ressalta a importância de analisar um projeto, tanto do ponto vista quantitativo, como do qualitativo. “Quando falamos de resultados, tratamos de parâmetros mensuráveis – por exemplo, quanto um projeto está atrasado ou quanto as pessoas estão produzindo. As respostas, por sua vez, preocupam-se em identificar o porquê de o projeto estar atrasado e o porquê de as pessoas não estarem produzindo”. Em outras palavras, a análise quantitativa apresenta o que acontece no projeto através de números e usa para isso diferentes indicadores. Por sua vez, a análise qualitativa complementa essa informação, explicando o porquê das coisas, tentando conectar os números com as situações e influências do cenário do projeto.

Esse é um livro que deve entrar na sua lista de referências bibliográficas sobre gerenciamento de projetos e, certamente, irá ajudá-lo a aprofundar sua compreensão sobre o assunto. Para saber o que seriam as tais “melancias atômicas” recomendo a leitura do livro.

Fonte: ELIAS, Eduardo Militão. “Controle de Projetos com Métricas: Não deixe que seu projeto vire uma melancia atômica”. Rio de Janeiro: Brasport, 2014.